Saúde

Cientistas acreditam que descobriram “novo órgão” no corpo humano

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Cientistas acreditam que descobriram um novo órgão no corpo humano, e ele pode ser a chave para várias respostas na medicina.

Apesar de todo o conhecimento que temos ao longo da história, nossos sistemas internos continuam nos surpreendendo.

Recentemente, um grupo de pesquisadores relatou ter descoberto acidentalmente um chamado novo órgão. Essa nova estrutura pode oferecer insights sobre a localização predominante dos fluidos em nosso corpo.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Reports, com a colaboração da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.

Segundo os cientistas, a recém-descoberta estrutura influencia o funcionamento de órgãos, tecidos e o mecanismo de propagação de doenças importantes.

Além disso, o estudo revelou que aquilo que se acreditava serem camadas de tecidos conectivos revestindo o trato digestivo, pulmões, sistema urinário, artérias, veias e feixes de músculos são, na realidade, compartimentos interconectados preenchidos por fluidos.

Via Jovem Pan

O que é esse novo órgão?

Essa sequência de compartimentos, sustentada por uma rede de proteínas de tecido conjuntivo resistente (colágeno) e flexível (elastina), desempenha um papel absorvente de choques, prevenindo possíveis rompimentos nos tecidos.

Essa função pode oferecer insights sobre a distribuição dos fluidos corporais. Enquanto a maioria do fluido está nas células e uma parte circula pelo sistema circulatório, aproximadamente um terço dessa substância era anteriormente considerado intersticial, ocupando os espaços entre órgãos e células.

Os cientistas agora propõem que o “interstício” seja reconhecido como um órgão legítimo.

Nesse caso, a consideração seria a mesma que a pele, por exemplo, que é o maior órgão do corpo humano por se estender e cobrir todo o nosso organismo.

Mesmo que o entendimento seja um pouco diferente do habitual, o interstício funcionaria da mesma forma. Assim, sua importância seria verídica no contexto que os cientistas avaliam.

Funções

Os pesquisadores acreditam que o interstício pode ser fundamental para entender por que alguns tipos de câncer se propagam rapidamente entre órgãos não conectados.

Além disso, também pode contribuir para explicar as causas do envelhecimento da pele, como o desenvolvimento de rugas.

A descoberta desse novo órgão ocorreu durante procedimentos de endoscopia de rotina, quando os médicos observaram um padrão peculiar no tecido ao redor do ducto biliar, que deveria ser sólido e denso.

Agora, os pesquisadores estão avançando em suas investigações para convencer a comunidade científica de que identificaram um novo órgão de fato.

Como o corpo humano é formado atualmente

Para entender a importância desse suposto novo órgão, é fundamental entender como o corpo humano é formado atualmente.

Internamente, somos um conjunto de bem mais do que apenas órgãos, células e tecidos. Na verdade, são os sistemas que controlam tudo.

Por exemplo, o sistema nervoso conta com o cérebro, a medula espinhal e os nervos, responsáveis por conectar e comunicar todas as atividades. Enquanto isso, o sistema circulatório tem o coração e os vasos sanguíneos, que transportam oxigênio e nutrientes.

Via UOL

Simultaneamente, também temos o sistema respiratório, com os pulmões, para trocar o dióxido de carbono que exalamos na respiração.

A comida traz os nutrientes de fora, e passa pelo sistema digestivo, com o estômago, intestinos e fígado. Além disso, o sistema endócrino, com as glândulas, regulam os hormônios.

No entanto, tudo isso se sustenta com ossos e cartilagem, além da pele, que recobre e protege dos fatores externos, e o sistema imunológico, que nos protege dos vírus e das bactérias.

E, claro, existe uma forma que todos esses sistemas se organizam, para que funcionem corretamente. Eles não estão apenas dispostos e funcionando, mas encaixados de maneira que operem bem, como correntes e engrenagens.

Antes, a ciência considerava apenas esses sistemas, mas agora, o fluido que existe entre os órgãos e os sistemas se tornou o novo órgão.

Entender como isso funciona permitirá que os médicos e pesquisadores tenham conhecimentos mais específicos sobre como as células se movimentam, e até mesmo como as doenças se desenvolvem nesse “espaço”. Por isso, a descoberta é uma vitória, e mais estudos surgirão dela.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, Jovem Pan

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