Curiosidades

Cientistas criam robô “Exterminador do Futuro” com pele viva feita de fungos

0

Os robôs estão ficando cada vez mais inteligentes conforme a tecnologia avança. Tanto é que hoje eles podem fazer coisas vistas apenas nos filmes de ficção científica. O melhor de tudo é que os robôs ainda não chegaram no seu máximo de evolução possível e mesmo assim já conseguem transformar a vida das pessoas.

Na busca por ampliar as maneiras como eles podem mudar e ajudar na vida das pessoas, os pesquisadores estão sempre criando coisas novas, como por exemplo, esses da Espanha e da Inglaterra que desenvolveram uma pele viva digna de um filme de ficção científica.

A pele desse robô é feita de fungos e consegue sentir a luz e o toque ao mesmo tempo. Ela foi inspirada no filme “O Exterminador do Futuro”, de 1984. O objetivo é que, no futuro, ela seja usada como um sensor sustentável e biodegradável para os mais variados dispositivos eletrônicos.

Robô

Socientifica

Atualmente existem sensores eletrônicos capazes de detectar estímulos como temperatura, luz e umidade, no entanto, eles são feitos de silicone e têm uma produção bastante complexa. Outro ponto é que eles têm limitações para detectar alguns estímulos ao mesmo tempo.

Já no caso de seres vivos como os fungos, é bem fácil fazer o cultivo deles, além de eles conseguirem perceber uma variedade maior de estímulos simultaneamente. Com isso em mente, os pesquisadores fizeram o teste de pele fúngica em um robô inspirado no filme de 1984.

“Há uma cena em ‘O Exterminador do Futuro’ em que eles implantam a pele no robô”, disse Antoni Gandia, da Universidade Politécnica de Valência, na Espanha, coautor de um estudo recente.

Pele

Socientifica

Para fazer a pele do robô, Gandia e Andrew Adamatzky, da Universidade do Oeste da Inglaterra, usaram uma espécie de fungo chamada Ganoderma sessile. Então, eles revestiram o corpo do robô de aproximadamente 18 centímetros com ágar para que o fungo fosse estimulado a crescer.

Como resultado, em cinco dias a pele fúngica já tinha coberto todo ele, e quando eles colocaram eletrodos no robô, a pele conseguiu detectar a luz e o toque. Os pesquisadores o chamaram de “micélio séssil vivo, auto-regenerador e reativo de Ganoderma”. Ele conseguiu transformar uma “estatueta modelo de ciborgue” em uma “entidade biocibernética”.

Uso

robô

This is Finland

Assim como essa pela criada pelos pesquisadores pode ser aplicada no futuro de vários dispositivos, outros usos para os robôs vêm sendo estudados para que a sociedade consiga prosperar. Por exemplo, a startup finlandesa, ZenRobotics, criou um projeto voltado para a proteção do meio ambiente. Nele, a empresa produz robôs para impedir que os humanos se afundem no lixo.

A startup fica em Helsinque e está atraindo cada vez mais olhares da mídia do mundo todo desde que ela foi fundada em 2007. O produto principal da empresa é um robô inteligente, que tem seu “cérebro” inspirado no dos humanos, que faz o processo de reciclagem de lixo ser mais eficiente do que alguém já imaginou ser possível.

“Sabemos que o mundo está afundando em lixo e que os recursos estão se esgotando. Por que não dispensamos a mesma parcela de dedicação e expertise que investimos na fabricação de um produto à logística do fim de sua vida útil? Por que o ciclo de vida útil dos produtos é linear em vez de circular? As fábricas lançam inúmeros produtos novos a cada dia, e 98% deles acabam em aterros sanitários em questão de seis meses após serem comprados. A maioria dos materiais – como o metal, por exemplo – poderia ser redirecionada de volta para a produção”, disse Jufo Peltomaa, diretor de marketing da ZenRobotics.

De acordo com Peltomaa, com um prazo de cinco anos de desenvolvimento e testes bastante rigorosos, os robôs da ZenRobotics podem fazer com que o mundo dominado pelas máquinas esteja cada vez mais próximo. “Os robôs já não são mais o futuro – eles já chegaram”, pontuou.

Esse projeto está crescendo cada vez mais com mais pessoas importantes se juntando a ele. A adição mais recente foi Juho Malmberg, diretor de experiência do cliente da Kone Corporation. Além de grandes nomes, a empresa também já assinou os seus primeiros grandes contratos. Com tudo isso acontecendo, a visão de Peltomaa pode ser que realmente vire realidade o quanto antes.

Os robôs que foram projetados até o momento têm foco nos resíduos de construção e demolição. No entanto, a empresa tem planos de que eles funcionem para os mais variados tipos de lixo sólido, como resíduos metálicos comerciais e resíduos perigosos.

Os robôs convencionais costumam ter poucos sensores e trabalham em condições simples e pré-determinadas. Já os robôs da ZenRobotics usam um sistema de controle “bioinspirado” que tem várias entradas de sensor. Na prática, isso quer dizer que ele funciona de maneira parecida com o cérebro humano, tendo capacidade para aprender com seus erros e melhorar a execução.

Por conta disso, o “cérebro” desses robôs pode, a longo prazo, construir uma visão geral coerente de uma situação, e com isso tirar os materiais do fluxo de resíduos de acordo com o necessário.

Fonte: Socientifica, This is Finland

Imagens: Socientifica,This is Finland

Saiba como foi a captura de Danilo Cavalcante, brasileiro que estava foragido nos EUA

Artigo anterior

Jovens que usam vape são mais suscetíveis a desenvolver estresse crônico

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido