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Cientistas descobrem nova espécie de aranha assassina

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Aranhas, normalmente, não são um dos animais mais queridos das pessoas. Existem aqueles que são tão traumatizados com o animal que a palavra medo é bastante simplória para descrever o que sentem. E para quem não gosta dos aracnídeos, essa não é uma notícia muito boa. Isso porque um grupo de cientistas descobriu uma nova espécie de aranha pelicano.

A nova espécie de aranha pelicano foi descoberta em Whitsunday, Queensland. Ela foi identificada pelos cientistas como Austrarchaea andersoni, mais conhecida como aranha pelicano da selva de Whitsunday.

Essa espécie é uma predadora especializada e caça outras aranhas com seus apêndices longos que tem o formato de lança. Por conta deles que a espécie foi chamada de aranha assassina.

Descoberta

Gazeta Brasil

No caso das aranhas pelicano, do gênero Austrarchaea, elas são conhecidas por conta da sua morfologia estranha e pelo seu comportamento predatório. Entre 2023 e 2024, os cientistas fizeram várias expedições ao parque de Whitsunday em Queensland para estudar a fauna local. Nelas, eles encontraram oito aranhas que não tinham sido documentadas até então. E através de uma análise detalhada eles descobriram que elas eram, na realidade, uma nova espécie de aranha.

A Austrarchaea andersoni tem um pouco mais de 2,5 mm de comprimento e tem um forma corporal fora do comum. Isso porque sua cabeça é alta e tem dois pares de chifres rudimentares, já seu abdômen tem várias protuberâncias em forma de corcova. Com suas pernas recolhidas, o corpo dela parece bem compacto, mas quando as pernas estão estendidas, dá a impressão que a aranha é bem maior.

Os cientistas principais por descobrirem essa nova espécie de aranha foram Michael Rix e Mark Harvey. “Nosso achado destaca a importância de explorar áreas subdocumentadas. Essas aranhas são endêmicas de áreas tropicais e seu estudo é crucial para entender a biodiversidade da região”, disse Rix.

Essa nova espécie foi vista na serapilheira da floresta tropical, o que dá a elas a possibilidade de se camuflarem quase que de forma perfeita no meio das folhas secas do solo da floresta.

Nova espécie de aranha

Species new to science

O nome dessa nova espécie foi dado como uma homenagem a Greg Anderson, um aracnólogo do Museu de Queensland, que coletou os espécimes iniciais em 2023. “Andersoni foi fundamental em nossa identificação inicial”, explicou um dos autores do estudo.

O que fez com que essa nova espécie de aranha fosse identificada foram fatores como sua forma corporal, genitália e outras características físicas sutis. A área onde ela foi descoberta, Whitsunday, fica na costa nordeste da Austrália, cerca de 2.400 km a noroeste de Sydney, e é conhecida pela sua biodiversidade. Ela é o lar de vários habitats únicos, como florestas tropicais e costas marítimas. E, até agora, essa aranha pelicano de Whitsunday é exclusiva da região.

Embora novas espécies de aranhas já tenham sido descobertas anteriormente, na visão dos cientistas “numerosas espécies adicionais provavelmente ainda não foram nomeadas”. Por isso que a descrição de novas espécies como a Austrarchaea andersoni são um passo importante no entendimento completo da biodiversidade dessa família de aranhas.

“Nosso trabalho é um lembrete de quantas espécies ainda aguardam ser descobertas e o papel crítico que a taxonomia desempenha na conservação da biodiversidade”, afirmou Mark.

Diversidade

Tempo

Como dito, as aranhas são vistas em praticamente todos os lugares. Justamente por isso que novas espécies são sempre descobertas. Uma outra nova espécie de aranha foi descoberta por cientistas da Universidade Murdoch, na Austrália, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A nova espécie foi chamada de “Venomius tomhardyi” em homenagem a Tom Hardy, o ator que interpreta Eddie Brock e seu alter ego, Venom, nos filmes da Marvel.

Essa aranha faz parte do gênero Venomius, que é monoespecífico, isso quer dizer que ele tem somente uma espécie: justamente a Venomius tomhardyi. Essa espécie tecedora de teias foi encontrada em uma expedição à Tasmânia e a outros lugares da Austrália.

O nome da aranha veio por conta das suas manchas pretas no abdômen, que se parece com a cabeça do Venom nos filmes. Além disso, o comportamento dessa aranha também intrigou os cientistas, já que ela faz buracos forrados de seda nos galhos das árvores para ir se abrigar. É justamente esse comportamento que faz com que o gênero Venomius seja diferente dos outros.

De acordo com Pedro Castanheira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, essa descoberta é parte de um esforço de longo prazo para conseguir documentar a diversidade de aranhas na Austrália.

Além disso, a descoberta também é bastante importante para os planos de conservação da biodiversidade para o estudo da taxonomia e da biossistemática na Austrália e na Nova Zelândia.

De acordo com Giulia Rossi, a autora líder do estudo, é importante que se continue a descobrir e descrever novas espécies de aranhas para que se avalie a biodiversidade desses predadores na Austrália.

Esse estudo feito mostrou a diversidade incrível da vida selvagem que ainda não foi totalmente explorada e entendida, além de também mostrar que é possível combinar a ficção científica com a realidade.

Fonte: Gazeta Brasil,  Tempo

Imagens: Gazeta Brasil, Species new to science, Tempo

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