Por As Pirâmides de Gizé, no Egito, representam um importante marco na história da civilização humana.
O complexo compreende três pirâmides distintas: a Pirâmide de Quéops (conhecida como a Grande Pirâmide), a Pirâmide de Quéfren e a Pirâmide de Menkaure.
Localizadas nos arredores da capital Cairo, essas estruturas existem há cerca de 4.500 anos por três faraós do Antigo Egito.
Famosas como obras arquitetônicas impressionantes, as pirâmides se tornaram uma das Sete Maravilhas do Mundo e permanecem como a única maravilha do mundo antigo que ainda está de pé.
A Pirâmide de Quéops, a mais antiga e imponente das três, surgiu por meio dos mandos do faraó Quéops por volta de 2560 a.C. Durante mais de 3800 anos, foi o edifício mais alto do mundo.
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Estas pirâmides fazem parte do complexo funerário denominado Necrópole de Gizé, uma espécie de cemitério que abriga numerosas tumbas e locais de sepultamento, incluindo os túmulos dos três faraós responsáveis por sua construção.
Uma descoberta recente e intrigante surgiu da pesquisa arqueológica: uma estrutura misteriosa em formato de “L” foi encontrada no subsolo do cemitério ocidental de Gizé, deixando os arqueólogos bastante perplexos.
Este achado foi detalhado em um artigo publicado na revista Archaeological Prospection.
A descoberta misteriosa
Os arqueólogos conseguiram identificar a enigmática estrutura por meio de técnicas avançadas de sensoriamento remoto.
Utilizaram a tomografia de resistividade elétrica (ERT, em inglês), na qual correntes elétricas são aplicadas ao solo e sua resistência é medida para detectar vestígios subterrâneos, além do ‘radar de penetração no solo’ (GPR, em inglês), que emite ondas de radar para o solo e, ao retornarem, fornecem um mapeamento das estruturas subjacentes.
Por meio desses métodos, identificaram uma anomalia situada a aproximadamente 2 metros abaixo da superfície do solo, na região central do cemitério.
A estrutura, em formato de “L” no plano horizontal, possui dimensões de 10 metros de comprimento por 10 metros de largura e, segundo o estudo, aparenta ter sido preenchida com areia, sugerindo que isso ocorreu após a sua construção.
Conexão
Além disso, descobriu-se que essa estrutura estava conectada a uma outra em todas as Pirâmides de Gizé, tendo tamanho similar, porém com localização em uma profundidade mais significativa, entre 5 a 10 metros abaixo da superfície.
Esta segunda estrutura parece consistir em uma combinação de areia e cascalho, ou possivelmente espaços vazios. Entretanto, as técnicas utilizadas não foram capazes de identificar com precisão as propriedades dessa anomalia.
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Os pesquisadores especulam que a estrutura em forma de “L”, mais superficial, pode ter sido construída deliberadamente para bloquear o acesso à outra “câmara” abaixo dela.
Motoyuki Sato, professor da Universidade de Tohoku, no Japão, e principal autor do estudo, expressou confiança de que a estrutura não é um fenômeno natural, argumentando que “o formato é muito nítido e acentuado”.
Atualmente, os arqueólogos continuam suas escavações no local, em busca de desvendar o mistério por trás da estrutura recém-descoberta.
Uma das teorias em consideração é que esta pode ser uma capela de oferendas. Motoyuki Sato menciona que existem capelas de oferendas em formato de “L” em Gizé, embora geralmente se localizem acima do solo.
Ele expressa cautela ao afirmar que ainda não tem certeza do que esta anomalia representa, mas certamente merece uma exploração mais profunda nas Pirâmides de Gizé.
Embora o trabalho de campo tenha ocorrido entre 2021 e 2023, os resultados só foram publicados recentemente, em 5 de maio.
Ou seja, mostra que ainda sabemos pouco sobre a história, especialmente do Egito, e as construções monumentais que ele carrega. Além disso, essas passagens podem dar vida à uma série de teorias sobre faraós e como eles viviam.
Assim, mais cientistas e arqueólogos buscarão saber sobre as Pirâmides de Gizé e sua construção misteriosa.
Fonte: Tempo
