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Cientistas dizem que o ser humano não está no topo da cadeia alimentar

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É inegável que, por muitas vezes, se não o tempo todo, o homem se sinta como o dono do mundo. O rei, em seu trono observando os demais animais, como se de fato estivéssemos no topo da cadeia alimentar. Mas aqui vai uma má notícia: não estamos! Para classificar um animal dentro da cadeia alimentar, os ecologistas calculam seu nível trófico.

Basicamente, esse ranking é organizado se baseando em quais organismos esses animais comem e por quem eles podem ser comidos. Um peixinho-dourado é menor na escala do que um tubarão, por exemplo. O lugar que esse animal está desde o início é a medida do seu nível trófico. Existem 5 níveis tróficos e eles são mais ou menos assim:

Níveis tróficos

Nível 1: Plantas e algas produzem seus próprios alimentos e por isso são chamados de produtores.

Nível 2: Herbívoros podem comer plantas e são chamados de consumidores primários.

Nível 3: Carnívoros que comeriam herbívoros são chamados de consumidores secundários.

Nível 4: Carnívoros que comeriam outros carnívoros são chamados de consumidores terciários.

Nível 5: Superpredadores, que não possuem outros predadores, estão no topo da cadeia alimentar.

Somente depois de 2013 é que esse método foi aplicado aos seres humanos, de forma que pudéssemos ter uma noção de onde nos encaixaríamos. Combinando teoria ecológica, demografia e socioeconomia, uma organização francesa calculou o nível trófico humano, o NTH, para nos posicionar dentro da cadeia alimentar de forma precisa.

Os resultados deste experimento foram publicados no periódico científico Proceedings of the Natural Academy of Sciences. Usando dados da Organização das Nações Unidas sobre Agricultura e Alimentação, os pesquisadores calcularam o NTH pela primeira vez. O que eles descobriram pode ser desanimador e um verdadeiro banho de água fria sobre nosso ego: os humanos não são tão superiores quanto imaginávamos.

Qual é o nosso lugar?

O nível trófico humano seria de cerca de 2,21 baseado em nossa dieta. E isso nos coloca, dentro da escala, próximo aos porcos e as anchovas. Entretanto, esse resultado pode sofrer algumas pequenas alterações entre regiões. De acordo com o estudo, Burundi, um pequeno país no continente africano, devido a sua dieta 96,7% composta basicamente de plantas teve a pontuação mais baixa: 2,04.

Já a Islândia, com uma dieta composta de mais carne do que plantas, teve a maior pontuação entre os países, recebendo uma pontuação de 2,54. No geral, o NTH mundial aumentou com o passar do tempo. Fomos de 2,15 em 1961 para 2,21 em 2013. Além de desinflar um pouco o ego humano, esse estudo pode nos ajudar de diversas outras formas.

“NTH pode ser usado por educadores para ilustrar a posição ecológica dos seres humanos na cadeia alimentar, monitorar a transição nutricional em escala global e para nos ajudar a analisar os efeitos do desenvolvimento sobre as tendências dietéticas e avaliar os impactos da atividade humana no uso dos recursos”, afirmou o estudo.

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