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Cientistas encontram artrópode de três metros

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Fósseis encontrados em Northumberland, na Inglaterra, divulgaram a existência de uma espécie ancestral de uma centopeia que habitou a Terra há 100 milhões de anos. O comprimento desse artrópode pode chegar a até três metros.

Acredita-se que milípede existiu no período Carbonífero, há cerca de 360 milhões e 290 milhões de anos. Este seria o maior artrópode identificado em toda a história. Por isso, para a comunidade científica, ele é considerado como um achado raro.

Conforme um estudo publicado no Journal of the Geological Society, em 2021, o espécime de Arthropleura fossilizado pesaria aproximadamente 50 quilos. O animal bateu o recorde do caranguejo-dos-coqueiros (Birgus latro), que antes era o maior artrópode conhecido, com um metro de comprimento.

Mesmo que a espécie de milípede gigante seja uma grande conhecida dos cientistas, esta foi a primeira vez que um fóssil apresentou um exoesqueleto retido. Isso facilitou a datação do animal, assim como a interpretação de sua estrutura corporal enquanto vivo.

O espécime apresentou ser maior que os dois encontrados anteriormente, na Alemanha. Além disso, mantinha hábitos de sobrevivência em bosques pantanosos.

“Encontrar esses fósseis de milípedes gigantes é raro, porque uma vez que eles morrem, seus corpos tendem a se desarticular. Então, é provável que o fóssil seja uma carapaça em muda que o animal eliminou enquanto crescia”, afirmou Neil Davies, líder da pesquisa. “Ainda não encontramos uma cabeça fossilizada, então é difícil saber tudo sobre eles”, acrescentou.

“Foi uma descoberta completa por acaso”, informou. “A maneira como a pedra caiu, ela se abriu e expôs perfeitamente o fóssil que um de nossos ex-alunos de doutorado viu ao passar. Foi um achado incrivelmente empolgante, mas o fóssil é tão grande que precisou de quatro de nós para carregá-lo até a face do penhasco”, explicou o pesquisador.

Adaptação pré-histórica do artrópode

Technische Universität Bergakademie Freiberg

Através de nota, o pesquisador Neil Davies divulgou que o fóssil guardava um animal com cerca de 2,63 metros de comprimento e 55 centímetros de largura. Por isso, ele é considerado a maior espécie terrestre existente no Carbonífero. De acordo com a pesquisa, atingir esse tamanho foi possível devido ao aumento nos níveis de oxigênio atmosférico na época, que era de  23%, sendo 2% maior do que nos dias atuais. Assim como também se sustentava por meio de uma dieta especializada com muitos materiais nutritivos.

“Embora não possamos saber com certeza o que eles comiam, havia muitas nozes e sementes nutritivas disponíveis na serapilheira na época, e eles podem até ter sido predadores que se alimentavam de outros invertebrados, como anfíbios”, declarou Davies.

Ainda não foi informado se a espécie tinha 342 ou 64 patas, no entanto, os fósseis mais completos tinham registrado 32 segmentos. Em relação à sobrevivência do animal, estima-se que o Arthropleura tenha vivido por cerca de 45 milhões de anos. A sua extinção teria sido no período Permiano, 290 milhões e 248 milhões de anos atrás, com a origem dos répteis.

Caranguejo-dos-coqueiros

Brocken Inaglory via Wikimedia Commons

O caranguejo-dos-coqueiros era antes considerado o maior artrópode terrestre, com até um metro de comprimento. Nomeado cientificamente como Birgus latro, ele pode pesar até 4 quilos, o peso aproximado de um gato doméstico.

Além disso, esse animal possui pernas que se estendem por quase um metro de comprimento. Essa característica ajuda eles a escalarem os coqueiros, o que explica o seu nome popular.

O habitat natural desse animal são os atóis nos oceanos Índico e Pacífico. Eles vivem principalmente em tocas subterrâneas e as forram com as fibras da casca de coco que comeram para protegê-las.

No mar, eles depositam os seus ovos. Outra característica é a sua alimentação diversificada, visto que eles podem comer frutas e carnes.

Fonte: Mega Curioso, Aventuras na História

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