Mundo Animal

Cientistas encontram fósseis de baleia de 4 patas

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Uma equipe de cientistas escavou fósseis de uma baleia de quatro patas que habitava a terra e o mar há cerca de 43 milhões de anos. A descoberta foi encontrada em um deserto do litoral sul do Peru.

De acordo com os cientistas, o mamífero de 4 metros de comprimento, nomeado como “Peregocetus pacificus”, representa uma etapa intermediária antes das baleias se adaptarem totalmente ao mar.

Os quatro membros da baleia eram capazes de suportar o peso na terra, o que significa que o “Peregocetus” podia voltar ao litoral rochoso para descansar e talvez dar à luz. No entanto, o animal passava a maior parte do tempo no mar.

Os pés e as mãos do animal tinham pequenos cascos, e possíveis membranas, para ajudá-los a nadar. Além disso, como possuíam dedos longos e membros relativamente esguios, pode não ter sido fácil para eles andarem na terra.

A baleia também tinha focinho alongado e dentes robustos, com incisivos e caninos grandes para agarrar e molares que rasgavam a carne. Essas características tornava o “Peregocetus” hábil a apanhar presas de tamanho médio, como peixes.

“Achamos que ele se alimentava na água, e que sua locomoção submarina era mais fácil do que na terra”, afirmou Olivier Lambert, paleontólogo do Instituto de Ciências Naturais Real Belga e líder da pesquisa publicada no periódico científico Current Biology.

Lembrando que as origens evolucionárias das baleias eram pouco conhecidas até os anos 1990, época em que foram descobertos os fósseis dos exemplares mais antigos.

O “Peregocetus” representa o esqueleto de baleia quadrúpede mais completo fora da Índia e do Paquistão. Ele também é o primeiro encontrado na região do Pacífico e do Hemisfério Sul.

Baleia-jubarte é vista saltando no litoral paulista

Foto: Heitor Crespo/Projeto Baleia a Vista

Nessa semana, outra notícia que chamou a atenção envolvendo baleias foi o salto de uma jubarte, de aproximadamente três ou quatro anos de vida e oito metros de comprimento, no litoral paulista.

O flagrante foi no dia 26 de maio, no canal entre as cidades de São Sebastião e Ilhabela. É comum encontrar jubartes no local, já que todos os anos elas saem das águas geladas da Antártica e sobem pelo litoral brasileiro. A viagem é à procura de águas quentes e de um parceiro.

“Os filhotes nascem com uma camada de gordura muito fina, e não aguentariam nascer com a água gelada da antártica. Costumam dar à luz aqui no Brasil, do sudeste para cima”, explicou Marcel Morais, autor do vídeo, pesquisador voluntário do projeto Baleia À Vista, de Ilhabela, em entrevista à CNN.

“Eu estava pegando a balsa que faz a travessia até a ilha, umas 9h da manhã, e já me avisaram que tinha uma baleia no canal. Logo fomos para a água e ficamos observando. Ela saltou três vezes! É fantástico!”.

Por causa disso, os navios do porto de São Sebastião são avisados da presença do animal para que as manobras sejam feitas de forma mais cuidadosa para não machucar as baleias. “Já teve caso da baleia passar pertinho da balsa e o pessoal ficar olhando de perto.”

Por que elas ficam paradas no local?

Foto: Jonathan Wilkins/ Wikimedia Commons

“Ainda não sabemos o motivo, talvez à procura de alimento, por isso observamos muito para entender o comportamento delas”, informa Marcel.

As baleias adultas podem pesar entre 30 e 40 toneladas e se alimentam de um animal chamado Krill, parecido com um camarão. Elas precisam de toneladas para se sentirem satisfeitas, mas não existe aqui no Brasil.

“E os juvenis, acredita-se, como ainda não possuem uma condição corpórea adequada para suportarem meses sem se alimentar, eventualmente buscam alimentos nas regiões costeiras”, disse Marce à CNN.

Por que as baleias saltam?

Baleia saltando no México (Foto: Marcel Morais/CNN)

“Elas fazem isso por prazer. Imaginamos que estão se divertindo. E esse movimento tem outras consequências. Eventualmente se limpar, se alongar. O salto faz um ruído enorme, e isso também pode ser uma comunicação entre as baleias. Quando uma salta, é comum ver outra saltando à distância”, explica Julio Cardoso, coordenador do projeto Baleia à Vista, de acordo com a CNN.

As baleias também trocam a pele e o salto pode ajudar para que isso aconteça.

“Além de saltar elas também batem cauda, batem as nadadeiras, e o salto é o mais lindo de todos. É fantástico!”

Fonte: Exame, CNN

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