Ciência e Tecnologia

Cientistas indicam que universo pode ter a forma de rosquinha

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Muitos estudos e mistérios cercam a forma do universo. Até recentemente, a teoria mais aceita afirmava que o universo era plano, como uma panqueca.

No entanto, uma nova pesquisa sugere que o universo pode ter a forma de uma enorme rosquinha.

Alguns dos vestígios do Big Bang indicam que o universo pode ter uma forma mais complexa e que os astrônomos não exploraram completamente a planicidade do universo.

Quando os cientistas afirmam que o universo é plano, eles utilizam o conceito de geometria de linhas paralelas que se estendem até o infinito, sem se cruzar.

É como em uma mesa cujas linhas começam paralelas e permanecem assim ao longo de sua extensão.

Topografia 3D e geometria plana

Via Olhar Digital

Ao contrário da Terra, cujas linhas de longitude começam paralelas próximas ao Equador e convergem nos polos, tornando-a não plana, o universo pode ser descrito de forma tridimensional usando um modelo semelhante.

Quando ocorreu a liberação da radiação cósmica de fundo (CMB), o universo não era tão velho, com apenas 380 mil anos. No entanto, agora está a cerca de 42 bilhões de anos-luz de distância. Mas ele ainda conta com alterações de temperatura mínimas.

Para determinar a planicidade do universo, os astrônomos calcularam o tamanho esperado dessas flutuações em comparação com as observações do espaço.

Se as observações apresentassem resultados diferentes do previsto, isso indicaria que os raios de luz começaram planos e mudaram de direção, sugerindo que o universo poderia ser curvo.

No entanto, as medições indicam que o universo é de fato plano. A nova pesquisa sugere que o universo pode ter diferentes formas de planicidade.

Por exemplo, ao desenhar linhas paralelas em um pedaço de papel e enrolá-lo em um cilindro, essas linhas permanecem paralelas.

Forma matemática

Via Engenharia 360

Matematicamente, um cilindro é geometricamente plano, mas com uma topografia diferente.

A mesma planicidade surge ao fechar os dois lados do papel e formar um toro, que tem a forma de uma rosquinha.

O estudo apontou 18 topologias 3D diferentes com geometrias planas que correspondem com a teoria. Cada modelo possui ao menos uma dimensão em desenvolvimento sobre si mesmo, ou com rotações parciais.

Em um universo que tem uma forma 3D, mas é geometricamente plano, poderíamos observar uma cópia de nós mesmos em um passado distante.

Por exemplo, se o nosso universo fosse velho na medida de 1 bilhão de anos, os astrônomos conseguiriam visualizar uma versão de 1 bilhão de anos atrás da Via Láctea. E atrás dela, uma versão ainda mais antiga de 2 bilhões de anos atrás, e assim por diante.

A teoria é complexa, mesmo para estudiosos. Por esse motivo, não existem conclusões definitivas sobre a forma do universo, ao menos por enquanto. Cientistas querem estudar mais essa nova possibilidade antes de qualquer conclusão.

Forma do universo

Medições anteriores da topologia da forma do universo foram baseadas na busca por duplicatas de galáxias e círculos correspondentes no CMB.

Os resultados de medição provam que a forma do universo não é exatamente plana, e não conta com topografia enrolada também.

No entanto, a nova pesquisa sugere que essas medições foram limitadas e que o universo pode ter uma topologia enrolada em apenas uma dimensão, em vez de ser completamente plano.

Via Globo

Além disso, anomalias na CMB foram detectadas pelos astrônomos, que podem ser explicadas por uma topologia não plana.

Embora uma topologia com apenas uma dimensão enrolada possa explicar muitos aspectos do universo, os pesquisadores oferecem ideias mais sofisticadas.

Por exemplo, o rastreamento desses raios de luz para compreender melhor a topologia do universo.

É possível que, no futuro, tecnologias e métodos de observação mais avançados possam confirmar ou refutar as teorias atuais sobre a topologia do universo.

Por exemplo, uma possibilidade seria detectar as assinaturas da topologia enrolada nas flutuações do CMB em escalas muito grandes.

Além disso, há muitos projetos de pesquisa em andamento, como o Telescópio Espacial James Webb. Ele poderia ajudar a obter mais informações sobre a história e a estrutura.

Portanto, é possível que novas descobertas e avanços tecnológicos possam permitir que os cientistas compreendam melhor a topologia do universo e confirmem ou refutem as teorias atuais.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Olhar Digital, Engenharia 360, Globo

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