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Colapso de campo magnético pode ter favorecido vida na Terra

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Falar de como surgiu a vida na Terra pode ser uma questão difícil. Por essa razão, o mistério de como surgiu a vida no nosso planeta rendeu vários estudos científicos para achar uma resposta definitiva. No entanto, até o momento a resposta definitiva ainda não foi encontrada. Apesar disso, nada impediu que estudos fossem feitos para tentar achá-la.

Como no caso dos pesquisadores da Universidade de Rochester, que descobriram que o campo magnético do nosso planeta estava alterado no período Ediacarano, que aconteceu de 635 a 541 milhões de anos atrás, com uma concentração grande de oxigênio.

Então, essa composição pode ter ajudado para que organismos multicelulares complexos começassem a surgir. Essa descoberta feita por eles ajuda a entender a formação do interior da Terra e também nos estudos a respeito de uma possível vida extraterrestre.

Estudo

CNN

Um destaque da fauna edicardiana é a semelhança com os primeiros animais. Isso porque os organismos chegavam a ter mais de um metro e tinham sinais de mobilidade. Isso pode ser um sinal de que eles precisavam de mais oxigênio do que os que vieram antes deles.

Com relação ao campo magnético da Terra, ele é composto por ferro líquido que fica a 4.500 quilômetros abaixo da superfície. Esse campo magnético é quem protege nosso planeta do vento solar e que permite que a vida se mantenha aqui.

No período Ediacarano, esse campo magnético era 30 vezes mais fraco do que hoje em dia. Com isso, as partículas do sol conseguiam tirar o hidrogênio da superfície e aumentar a concentração de oxigênio.

Isso foi mantido por 26 milhões de anos até a chegada do período Cambriano. Segundo John A. Tarduno, professor do Departamento de Ciências da Terra e Ambientais da Universidade de Rochester, “se o campo extraordinariamente fraco tivesse permanecido após o Ediacarano, a Terra poderia ter uma aparência muito diferente do que tem hoje, um planeta rico em água. A perda dela poderia ter gradualmente secado a Terra”.

Vida na Terra

Vidraria de laboratório

Ao longo dos séculos, várias hipóteses foram postuladas e testadas, mas o mistério ainda continua. A primeira coisa para entender a origem da vida na Terra é saber o contexto em que ela surgiu. Nosso planeta, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos, passou por várias mudanças significativas na sua história. De acordo com estudos, por volta dos 4,3 bilhões de anos atrás, a Terra começou a desenvolver condições que poderiam sustentar as formas de vida primitivas.

Nesse período, a atmosfera era bem diferente da vista hoje. Ela era composta principalmente de gases como metano, amônia e vapor d’água. Outro ponto eram as descargas elétricas, que pareciam relâmpagos e que ajudavam na formação dos compostos orgânicos.

Teoria da Abiogênese

Essa foi uma das primeiras teorias a respeito da origem da vida no nosso planeta. De acordo com a abiogênese, ou geração espontânea, a vida surgiu de maneira espontânea a partir da matéria inanimada. Durante séculos essa teoria foi aceita, tendo grandes nomes como Aristóteles a defendendo.

Contudo, conforme a biologia foi avançando, os experimentos feitos por cientistas como Louis Pasteur contradisseram a teoria da abiogênese. Conforme Pasteur demonstrou, os seres vivos surgem somente de outros seres vivos preexistentes através da reprodução. Isso foi essencial para que essa hipótese fosse descartada.

Panspermia – a vida do espaço

Depois da teoria da abiogênese ser refutada, várias outras apareceram, como por exemplo, a panspermia. De acordo com ela, as moléculas orgânicas essenciais para a vida no nosso planeta podem ter origem fora da Terra e ter chegado até aqui através de meteoritos ou cometas.

Segundo estudos feitos em meteoritos como o Murchison, que caiu em 1969 na Austrália, foram vistos a presença de aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas. Além dessa, outras evidências mais recentes, no caso as amostras do asteroide Ryugu trazidas à Terra pela missão Hayabusa 2, também mostraram a presença de compostos orgânicos complexos.

Todas essas descobertas levantam a hipótese de que a vida pode ser mais disseminada pelo universo do que se imaginava anteriormente. Consequentemente, isso abre a possibilidade de que existam formas de vida fora do nosso planeta.

Sopa primordial e a química da vida

Dentre todas as teorias, uma das mais aceitas na atualidade para explicar a origem da vida no nosso planeta é a teoria da sopa primordial. Segundo ela, as condições da Terra primitiva deram a possibilidade de moléculas orgânicas se formarem através de processos químicos.

Em 1953, Stanley Miller e Harold Urey fizeram experimentos que simularam as condições da Terra primitiva que gerou vários compostos orgânicos, como os aminoácidos, graças às descargas elétricas.

Por mais que a composição atmosférica usada nos experimentos não tenha sido exatamente igual a vista no nosso planeta primitivo, os estudos mais recentes também confirmam essa capacidade de produção de moléculas orgânicas essenciais para a vida em ambientes parecidos.

Mesmo com todas essas hipóteses, a origem da vida na Terra continua sendo um dos grandes mistérios. O mais provável é que novas descobertas e teorias continuem surgindo conforme os entendimentos do universo se ampliam.

Fonte: CNN,  Olhar digital

Imagens: CNN, Vidraria de laboratório

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