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Colegas de Pietra Medeiros descobrem sua morte após jogo, ainda em quadra

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O mundo do esporte sofreu uma perda na última semana com a morte da jogadora de futsal Pietra Medeiros, aos 20 anos. A notícia triste de sua partida foi descoberta pelas colegas de clube ainda em quadra, logo após a partida da equipe do Taboão Magnus (SP), onde ela jogava.

A partida se deu contra a Female Unochapecó, na noite de sexta-feira (19), pela Liga Nacional de Futebol, em Chapecó, no oeste de Santa Catarina. Assim sendo, quando o jogo terminou, por volta das 21h30, as jogadores estavam ainda presentes, inclusive concedendo entrevistas.

Então, as jogadoras do Taboão receberam a notícia e se desesperaram, ficando em choque e consolando uma as outras. A transmissão do final da partida ocorria no Facebook e mostrou o sofrimento das atletas após o apito final.

Sentadas na quadra, as atletas também receberam apoio das adversárias e dos integrantes da comissão técnica. Vale destacar que o momento foi transmitido porque a notícia surpreendeu a todos, incluindo os responsáveis pela transmissão.

Campeã e atleta revelação

pietra medeiros

Reprodução

Pi Medeiros, como era conhecida, foi campeã da Copa Libertadores da América de Futsal de 2022. Assim, ela era considerada uma das maiores revelações da categoria do Brasil.

Pi estava internada em estado grave desde o início de agosto com um diagnóstico de hepatite autoimune. Então, na quarta-feira, seu quadro piorou e ela fez um transplante de fígado, mas não resistiu e sua morte foi confirmada.

Como forma de homenagem, o clube fez uma postagem nas redes sociais lamentando a morte da atleta. “É com muito pesar que comunicamos o falecimento da nossa atleta Pietra. Agradecemos a todos que se uniram nesses últimos dias desafiadores e oraram por ela”.

O técnico da seleção brasileira de Futsal, Marquinhos Xavier, também lamentou. “Sinto muito, em meu nome e da Seleção Brasileira de Futsal externo os sentimentos aos familiares, amigos e amantes do futsal pela perda de uma grande guerreira da nossa modalidade”.

Hepatite autoimune

A doença que foi responsável pela morte de Pietra Medeiros foi a hepatite autoimune, condição crônica rara que atinge o fígado, não sendo contagiosa. Desse modo, a hepatite autoimune pode ocorrer em qualquer idade, porém, segundo o Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG), ela afeta, em maiores proporções, mulheres na faixa dos 30 anos.

O sistema imunológico dessas pessoas reconhece as células do fígado como objetos estranhos, resultando em seu ataque. As consequências são a inflamação crônica do órgão, desenvolvimento de fibrose hepática (cicatrizes no fígado) e cirrose.

A hepatite autoimune se desenvolve em pessoas com predisposição genética e pode se manifestar com o contato com bactérias, vírus, medicamentos ou outros fatores externos. Ainda assim, segundo o IBRAFIG, não é comum que pessoas de uma mesma família desenvolvam a doença.

Entre os sintomas mais recorrentes, há fraqueza, cansaço, mal-estar, dores no abdômen e olhos amarelados. Um terço dos casos da hepatite autoimune são da forma aguda, com mal-estar, náuseas, vômitos e dores abdominais. Além disso, pode levar à parada súbita do funcionamento do fígado, sendo necessário um transplante urgente. Formas assintomáticas, diagnosticadas em exames de check-up, são pouco frequentes.

Tratamento

Há tratamento para a hepatite autoimune por meio de medicamentos imunossupressores, que diminuem a atividade do sistema autoimune e combatem a inflamação do fígado. “As drogas mais comumente utilizadas são azatioprina e prednisona, que são fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O manejo dos pacientes que não responde ao tratamento deve ser individualizado”, segundo o órgão especializado.

No caso das mulheres, aquelas que desejam ter filhos podem tê-los, desde que estejam com a doença controlada e façam acompanhamento médico rigoroso durante a gravidez e pós-parto. “A Hepatite autoimune costuma ficar fora de atividade durante a gestação e piorar no puerpério. A paciente e seu médico devem discutir o risco-benefício do uso de imunossupressores durante gravidez e lactação.”

Fonte: G1

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