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Como era a vida sexual dos dinossauros?

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Os avanços científicos das últimas décadas tornou possível a análise mais apurada de como era a Terra na época dos dinossauros e como eram essas criaturas incríveis que não existem mais. Sabemos que os tricerátops e os esegossauros tinham sangue frio enquanto a maior parte dos outros dinossauros não, por exemplo.

Também sabemos que os espinossauros, conhecidos pela enorme “vela” em suas costas, caçavam em águas profundas com seus dentes de 15 centímetros e mandíbulas de crocodilo. Portanto, sabemos muito sobre os dinossauros, mas não falamos sobre como eles faziam sexo.

Pode parecer simples, mas até pouco tempo, nem sabíamos a textura deles, imagine como copulavam. Além disso, é difícil identificar fósseis de machos e fêmeas com precisão.

O sexo dos dinossauros

De acordo com Jakob Vinther, professor de macroevolução da Universidade de Bristol, no Reino Unido, em matéria da BBC, parte da resposta pode estar no Fosso de Messel, na Alemanha. O local é um rico sítio arqueológico onde pesquisadores encontraram diversos fósseis de animais com o estômago cheio, como um besouro que estava na barriga de um lagarto, que estava na barriga de uma cobra.

Além disso, o local abrigou diversas tartarugas de água doce, sendo que alguns casais parecem ter morrido enquanto faziam o ato. Isso é essencial para a teoria de Vinther.

Desse modo, de acordo com os pesquisadores, o Fosso de Messel abriga tantos fósseis intactos porque, antigamente, já foi uma armadilha tóxica da natureza. Durante o eoceno, entre 36 e 57 milhões de anos atrás, o local teria sido uma cratera vulcânica repleta de água e com as encostas inclinadas.

No entanto, eventualmente, por ainda estar geologicamente ativa, a formação liberava nuvens de dióxido de carbono, o que sufocava seres vivos à sua volta. Isso deve ter acontecido com as pobres tartarugas.

Assim, o que torna a descoberta mais estranha é que elas não estavam em uma posição mais comum, uma em cima da outra. Na verdade, era o contrário. Elas estavam de costas, como se estivessem se distanciando. Porém, elas permaneceram ligadas pelos seus genitais, principalmente pelo órgão reprodutor do parceiro.

“Eles estão de costas um para o outro, mas com suas caudas sobrepostas”, aponta Vinther. “Acredito que eles tenham sido pegos no ato”. Sua teoria é altamente especulativa, mas não seria impossível, de acordo com o professor. Isso porque os tiranossauros fossilizados, por exemplo, possuem paralelos indiscutíveis com as tartarugas.

Outras espécies

dinossauro

Divulgação/ Zaira Gorvett

Existem versões menos ambíguas sobre como os dinossauros se reproduziam. Por exemplo, Jakob possui uma representação de um psitacossauro, em seu escritório. Não é um fóssil real, mas ela foi feita para ser da forma mais parecida possível com o dinossauro.

Então, o que chama a atenção é a parte traseira, que provavelmente tinha uma cloaca, presente nas aves, sendo uma abertura no corpo para diferentes fins, como urinar, defecar, fazer sexo e até dar à luz. Essa abertura é extremamente comum em vertebrados terrestres, exceto os mamíferos.

“Você pode então ver, se olhar aqui embaixo [ele aponta para a cloaca do psitacossauro, sob a sua cauda], que existem muitos pigmentos”, aponta Vinther. Segundo o pesquisador, aquilo é melanina.

A melamina é muito mais que apenas um composto que confere cor à pele. Isso porque ela também oferece uma camada protetora no fundo dos nossos olhos, por exemplo. Além disso, é uma importante agente antimicrobiana.

“Os insetos, por exemplo… eles usam a melamina como um tipo de sistema imunológico de proteção contra infecções. Se você perfurar em uma traça com uma agulha, por exemplo [o que não recomendamos], haverá secreção de melamina na área em volta do buraco”, explica o professor.

Por essa razão, muitos animais possuem uma concentração maior de melamina por volta dos genitais, o que escurece a região, o que também acontece nos dinossauros.

“Podemos agora reconstruir a morfologia da cloaca e afirmar que ela tinha como que dois lábios que se projetavam desta forma [fazendo um ‘V’ com os dedos]”, aponta Jakob. “E, do lado de fora, eles eram pigmentados. Mas aqui está o interessante, porque não era em volta da abertura, [como seria o lógico] para combater infecções microbianas. Era para chamar atenção”.

Desse modo, o professor levanta a hipótese de que alguns dinossauros expunham suas partes traseiras, como os babuínos, para chamar os parceiros.

Fonte: Aventuras na História

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