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Como funcionam os aviões solares?

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Apesar de parecer algo que só aconteceria em filmes futuristas, atualmente, já existe um projeto que conseguiu colocar um avião para voar usando energia solar como combustível.

O projeto Solar Impulse foi o responsável por realizar o voo, que foi considerado bem sucedido.

Além disso, essa foi uma das experiências mais ousadas envolvendo a energia proveniente do sol. Continue lendo para conhecer mais sobre o projeto responsável pelo avião voando com energia solar.

O Solar Impulse 

Foto: Laurent Gillieron/ EFE/ VEJA

O Solar Impulse é o primeiro avião projetado para voar dia e noite sem emissões poluentes. Isso é possível por meio do uso de energia renovável.

O projeto suíço tem alguns objetivos. O principal é conseguir um feito inédito, dar a volta no planeta Terra sem usar combustível. Essa meta foi conseguida com o projeto Solar Impulse e Solar Impulse 2.

O avião movido à energia solar conseguiu dar a volta ao planeta e também quebrou 19 recordes de aviação. Um dos recordes foi realizar um voo de cinco dias e cinco noites cruzando o oeste do oceano Pacífico. Esse foi o voo mais longo, em duração, já feito por qualquer tipo de avião. 

De acordo com a empresa, essas ações tinham o objetivo de provar que o mundo está vivendo o momento ideal para investir em energia solar e outras tecnologias limpas.

Apesar de só conseguir levar uma pessoa, o avião já é um grande avanço para a utilização de voos com energia solar como combustível.

Devido aos recordes quebrados pelo avião, os suíços decidiram reinventar a primeira versão do avião, usando tecnologias mais avançadas, e batizaram a nova aeronave de Solar Impulse 2, que decolou em março de 2015.

O Solar Impulse 2

Foto: Jean Revillard/Solar Impulse 2/Getty Images

O Solar Impulse 2 consegue permanecer no ar por tempo indeterminado. Uma das diferenças em relação ao primeiro avião são referentes à eficiência e autonomia.

Outra mudança foi o número de células solares localizadas nas asas e no teto do avião, que aumentaram de 12 mil para quase 18 mil. Essas células são responsáveis por alimentar quatro motores elétricos, cada um com 17,5 cavalos. 

Além disso, a envergadura do avião passou de 63,4 metros para 72 metros, e a fuselagem de fibra de carbono ficou mais leve. Apesar disso, o peso total do Solar Impulse 2 não passa de 2,5 toneladas.

Em julho de 2016, esse avião completou sua volta ao mundo, aterrissando no aeroporto internacional de Abu Dhabi, o mesmo ponto que partiu em março de 2015.

Nova versão

Foto: Skydweller Aero Inc.

No ano de 2019, o avião foi comprado pela Skydweller Aero, uma startup que busca torná-lo o primeiro “pseudosatélite” comercialmente viável do mundo. O objetivo é que ele seja capaz de realizar o trabalho de um satélite em órbita, no entanto, com uma maior flexibilidade e menos impacto ambiental.

“O pseudosatélite é uma aeronave que fica no ar, podemos dizer, indefinitivamente”, disse o CEO da Skydweller, Robert Miller. “Isso significa 30, 60, 90 dias – talvez um ano. E dessa forma, pode fazer basicamente qualquer coisa que você imaginaria que um satélite pode fazer.”

Isso incluiria prover telecomunicação e imagens da Terra, bem como informações sobre desastres e monitoramento de recursos naturais.

Após comprar o Solar Impulse 2, a Skydweller passou meses o modificando para voar novamente em novembro de 2020. Após isso, o avião já realizou 12 voos de teste, no ensolarado sudeste da Espanha. “Estamos no processo de torná-lo um drone”, disse Miller. “O piloto ainda está lá por segurança, mas nós temos a habilidade de pilotar a aeronave de forma totalmente autônoma.”

Decolagens e pousos ainda são feitos pelo piloto, no entanto, Miller afirma que o próximo passo é acrescentar sistemas que tornarão esses processos automáticos. “Depois disso, poderemos remover o piloto da aeronave. Estamos no processo de começar a construção de uma segunda aeronave, que não tenha cabine de comando.”

De acordo com Miller, a aeronave pode ser implantada no início de 2023.

Veja abaixo um vídeo mostrando o avião movido à energia solar:

Fonte: Portal Solar, CNN

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