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Como protesto, ativistas invadem propriedade do rei Charles III e roubam seus cordeiros

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Três ativistas do grupo Animal Rising realizaram o roubo de cordeiros da família real, como protesto pelo consumo de carne.

Elas entraram furtivamente em uma propriedade do rei Charles 3º, localizada em Sandringham, no nordeste da Inglaterra.

As imagens saíram no Twitter do grupo, e mostra as três mulheres correndo com os cordeiros, para colocá-los em liberdade.

Elas afirmam querer voltar na propriedade de Sandringham para evitar que mais animais sigam para o matadouro.

Em um comunicado, o Animal Rising afirmou que essa operação ocorreu na noite de quarta-feira, por volta das 20h (16h em Brasília), e que as três ativistas se entregaram posteriormente à polícia.

A polícia local confirmou que as três compareceram voluntariamente a uma delegacia e foram detidas por suspeita de roubo.

Essa ação pode ser o começo de uma série de resgastes que o grupo se propõe. Eles querem, até o verão, salvar o máximo de animais reais, como forma de chamar atenção para mudanças na alimentação com base animal.

Quem é o grupo Animal Rising

Animal Rising, anteriormente com o nome de Animal Rebellion, é um movimento britânico de ativistas pelos direitos dos animais com o objetivo declarado de promover mudanças sociais em prol dos direitos animais e de um sistema alimentar baseado em vegetais.

Eles justificam suas ações com base no impacto da agricultura animal nas mudanças climáticas, na extinção de espécies e na degradação dos ecossistemas.

A Animal Rising utiliza métodos de desobediência civil que frequentemente resultam na prisão de seus membros.

Dessa forma, suas táticas incluem grafites, destruição de propriedade, bloqueio e interrupção da distribuição de alimentos, invasão de instalações da indústria pecuária e bloqueio de ruas.

O movimento declara em seu site que é não violento e concentra suas ações nos sistemas, não em indivíduos.

Via Globo

Os alvos de suas ações incluem empresas de laticínios e outras criações de animais, hipódromos, a família real britânica, órgãos governamentais, supermercados e restaurantes.

A organização surgiu em junho de 2019, como uma organização associado ao Extinction Rebellion, um movimento emergente que ganhou destaque na época.

Em abril de 2023, a Animal Rebellion mudou seu nome para Animal Rising para se distanciar do movimento original. Com isso, passaram a priorizar questões de direitos dos animais.

A Animal Rising se comprometeu a tomar ações para acabar com o sofrimento animal de todas as formas.

Propriedade do Rei

Via Globo

Enquanto isso, a propriedade de Sandringham, que engloba várias milhares de acres de florestas, cultivos e jardins, está na posse da família real britânica há cinco gerações.

Charles III herdou a propriedade junto com a coroa quando Elizabeth II morreu, em setembro do ano passado.

O lugar serve como campo de criação de diversos animais, como bovinos, caprinos e aves. Além do consumo, também se direcionam para produção de alimentos, como leite.

Além disso, na quinta-feira, mais três ativistas do grupo ambientalista Just Stop Oil também acabaram presos em Londres após movimentos contra a família imperial.

Diversos grupos realizaram ações de impacto nos últimos meses, a ponto de o governo conservador britânico aprovar uma lei para fortalecer os poderes da polícia no combate a essas operações.

Ainda, vários ativistas foram detidos durante a coroação de Charles 3º, em 6 de maio, em Londres.

Quanto ao roubo dos cordeiros, as ativistas do Animal Rising podem ser liberadas após algumas horas e registro de queixa. No entanto, a segurança na propriedade terá reforço externo, para evitar esse tipo de mídia e atenção.

 

Fonte: UOL

Imagens: Globo, G1

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