Quando pensamos em música não associamos a Thomas Edison. Mas o que o vinil e o inventor norte-americano têm em comum? Em 1877, entendendo que o som é a vibração de partículas que se propagam através de um meio, como por exemplo, as ondas de ar, ele desenvolveu uma técnica para que essas ondas pudessem ser gravadas. Como resultado, surgiu o fonógrafo. Ele foi o primeiro aparelho a usar uma agulha e um amplificador para reproduzir som.
Na década de 1940, depois de alguns anos, o disco de vinil nasceu usando praticamente quase a mesma técnica que a do seu antecessor. Hoje, a música é uma das formas de arte mais difundidas do mundo. Tanto que é basicamente impossível imaginar um mundo em que não existe músicas.
Contudo, mesmo que a maior parte das pessoas escute música todos os dias, existem variadas formas de escutá-la. Dentre elas, o disco de vinil. E você já se perguntou como o disco de vinil funciona?
Vinil
Primeiro, para que um disco de vinil seja produzido é preciso várias etapas. A primeira delas é a gravação da música feita em estúdio ser armazenada analogicamente em fita, ou digitalmente em um HD. Depois disso, na fábrica de vinis, uma máquina grava esse conteúdo em um disco de alumínio polido, revestido com uma resina chamada laca. Essa “gravação” faz ranhuras nesse material.
Essas ranhuras, na realidade, são ondas sonoras impressas. A priori, pode parecer estranho que uma música toda caiba em uma única onda. Contudo, a impressão de duas ondas separadas que se complementam é mais comum. Elas são chamadas de estéreo. Como as ranhuras vistas no vinil são em V, cada onda é impressa de um lado.
Depois disso, o disco de alumínio é banhado com prata e níquel para formar uma camada metálica que fica separada do disco original. Essa camada se chama máster metálico. Ela funciona como um molde para produzir os discos de vinil em escala industrial.
Para isso, ele é colocado em máquinas que aplicam uma força de 100 toneladas sobre discos de PVC derretido, gravando os vinis. Isso leva menos de 30 segundos para ser feito.
Funcionamento
Com o vinil em mãos, é preciso de um toca discos, também chamado de vitrola, para reproduzi-lo. Ela tem uma base com um prato circular e um pino no centro para segurar o vinil. Essa base gira através de uma correia propulsora e um motor elétrico que faz o disco rodar em sentido horário.
A agulha que se coloca em cima do vinil é feita de um material bem resistente, podendo ser safira ou diamante, por exemplo. Ela tem o formato de um cone e é ela que “lê” as ranhuras no vinil.
Conforme o vinil vai girando, a ponta da agulha vai percorrendo essas ranhuras gravadas nele e vibrando de acordo com o relevo microscópico. Nisso, as vibrações feitas pela agulha vão até a cápsula fonocaptora, na ponta do braço que a segura.
Música
Nesse local existe um imã e um bobina. Assim, quando as vibrações fazem o ímã se mover, elas interferem no campo magnético gerado por ele, transformando a energia mecânica em sinais elétricos, que passam pela bobina e viajam pelos fios ao longo do braço.
Por fim, quando a música vai sair no alto-falante o processo é o contrário. Ou seja, o sinal elétrico passa pela bobina em corrente alternada, gerando um campo magnético que é atraído e repelido pelo ímã muitas vezes por segundo.
Como resultado, o movimento faz com que o diafragma, uma estrutura côncava de plástico ou papel, vibre. Por sua vez, ele faz vibrar o ar e cria as ondas de som. Assim o vinil funciona.
Fonte: Superinteressante
Imagens: Amino apps, Revista Pepper, Tecmundo,