Ciência e Tecnologia

Criar buracos negros em laboratório mudaria tudo na ciência – e é possível!

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Criar buracos negros em laboratório representaria uma revolução na ciência, oferecendo respostas fundamentais sobre gravidade e mecânica quântica, e, acredite se quiser, isso já pode ser possível.

Além da inovação revolucionária, também poderia servir como evidência empírica da existência de dimensões além das percebidas.

Essa façanha é considerada possível, conforme indica Óscar del Barco Novillo, professor do departamento de Física da Universidade de Múrcia (Espanha), em seu artigo no The Conversation.

Possibilidade de criar buracos negros

Via Reddit

O professor Óscar del Barco Novillo, da Universidade de Múrcia (Espanha), abordou a possibilidade teórica de criar buracos negros em laboratório, destacando sua potencial revolução no entendimento da gravidade e da mecânica quântica, bem como na comprovação de dimensões além das conhecidas.

Ele aponta o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do CERN como a máquina adequada para simular e possivelmente criar microburacos negros por meio de colisões de partículas subatômicas.

Novillo ressalta que, segundo suas análises, qualquer microburaco negro produzido pelo LHC seria insignificante em comparação com um átomo de hidrogênio e se desintegraria quase instantaneamente.

Sobre as controvérsias e temores apocalípticos associados ao experimento, o professor afirma que a criação de buracos negros ofereceria insights valiosos sobre o Universo sem representar ameaças à humanidade.

Ele enfatiza que o LHC é a máquina teoricamente capaz de realizar tal feito, sendo o maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo, operado pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN).

O CERN conduz simulações de buracos negros com base em colisões entre partículas subatômicas, o que poderia eventualmente resultar na geração de um microburaco negro real.

O que os cientistas sabem

O professor explica em seu artigo que as simulações de buracos negros em laboratório geralmente replicam alguma característica de um buraco negro por meio de sistemas físicos conhecidos.

Ele esclarece que essas simulações são úteis em termos experimentais, pois reproduzem uma qualidade específica do buraco negro, mas não são buracos negros genuínos.

Quando o LHC foi ativado, surgiram controvérsias sobre a segurança dos testes a serem realizados. Os principais argumentos sugeriam que o colisor poderia criar microburacos negros que poderiam crescer às custas da massa do nosso planeta.

Expectativas reais

Via Unsplash

Apesar de mencionar que a criação de buracos negros no LHC é teoricamente possível, o professor adiciona que essa possibilidade é altamente remota.

Ele esclarece que esses buracos negros seriam muito pequenos, conhecidos como microburacos negros. No caso, seriam menores do que o tamanho de um átomo de hidrogênio, ao contrário dos supermaciços com milhões de massas solares.

No entanto, ele reforça que o dispositivo não iria criar buracos negros no sentido literal e cósmico. Afinal, é impossível ter um objeto astronômico tão denso e perigoso em uma pequena sala científica.

Por outro lado, segundo o professor, existem teorias de que é possível ter miniaturas quânticas desses elementos. Ou seja, pequenos buracos que surgem a partir da análise de partículas com alta energia concentrada. No caso, é o que acontece no Cern, simulações controladas e pequenas amostras.

Dados divulgados pelo especialista indicam que esses microburacos negros que o Cern desenvolve teriam apenas 0,00001 grama. Na prática, é trilhões de vezes menor do que uma molécula de próton. Com isso, as chances de se desintegram quase instantaneamente são altas.

Por isso, apenas a observação desse experimento é empolgante para os cientistas, que conseguirão ter uma pequena compreensão do Universo, e com segurança.

Essa teoria já estava em teste desde 2015, quando a diretora geral do Cern na época afirmou que criar buracos negros era inofensivo.

O mesmo é reforçado por Novillo agora, visto que mesmo a colisão de partículas não traria uma interação sólida entre os elementos. Ou seja, sem crescimento de massa, sendo mais seguro para os pesquisadores no local.

Mesmo assim, a possibilidade é única, e cientistas agora esperam conhecer mais sobre essa parte tão misteriosa do Universo.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Reddit, Unsplash

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