Curiosidades sobre a vitória-régia

A vitória-régia, cujo nome científico é Victoria amazonica, é uma planta encontrada no Brasil, na Bolívia e nas Guianas. O ciclo de vida da planta é perene, ou seja, ela apresenta um ciclo de vida longo, que dura mais de dois anos. No nosso país, a vitória-régia, que é exclusivamente aquática, é típica da região norte, na bacia do Rio Amazonas.

Essa planta possui folhas flutuantes e circulares que podem atingir 2,5 metros de diâmetro quando adultas. As bordas são de aproximadamente 10 centímetros e, aliadas aos compartimentos de ar localizados na região inferior da planta, fazem com que as folhas não afundem, mesmo que estejam em constante contato com a água. Quando jovem, a folha da planta apresenta formato de coração.

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Por apresentar uma estrutura chamada rizoma, que é um reservatório rico em amido, ferro e sais minerais, a planta pode ser utilizada como alimento (mesmo que não seja comum consumi-la). As flores da vitória-régia vivem apenas 48 horas. Nos primeiros momentos, ela apresenta coloração branca e bordas esverdeadas.

Já no segundo, e último, dia de vida, as flores estão aptas para polinização e adquirem coloração rosada. Apesar da grande quantidade de características apresentadas sobre a vitória-régia, muitas outras curiosidades permeiam a existência da planta. Descubra, abaixo, quais são elas:

Nome da planta

A vitória-régia recebeu esse nome em homenagem à rainha Vitória, que governou a Grã-Bretanha entre 1837 e 1901. A palavra “régia” vem de “regina” que, em latim, quer dizer “rainha”. Essa planta também é conhecida em algumas regiões do Brasil como rainha-dos-lagos, forno-d’água e jaçanã.

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Recordes quebrados

A vitória-régia tem a maior folha flutuante do mundo, com até 2,5 metros de diâmetro. Com todo esse tamanho, a folha consegue sustentar até 45 quilos distribuídos em sua superfície sem afundar.

Proteção natural

Para se proteger e não virar comida de peixes e mamíferos aquáticos, a vitória-régia conta com hastes compridas e cheias de espinhos que saem do caule. Isso faz com que nenhum animal ouse mordê-la e, se isso acontecer, provavelmente o invasor sairá machucado.

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A planta não acumula água da chuva

Para não acumular água de chuva e apodrecer, as folhas da vitória-régia têm minúsculos tubinhos que funcionam como canais de escoamento, além de duas fendas laterais. A água da chuva passa pelos tubos e escorre até as fendas que ficam na borda da folha, caindo no rio.

Quando a vitória-régia afunda?

A vitória-régia flutua porque é formada por uma estrutura cheia de espaços de ar entre suas células. No entanto, se as folhas rasgarem, a água entra nos espaços onde está o ar e a planta vai para o fundo.

Atração de insetos para polinização

Quando a vitória-régia está pronta para ser polinizada, é comum que as flores se abram apenas ao entardecer. Elas costumam ser grandes e perfumadas para atrair insetos de hábitos noturnos, que são responsáveis pela polinização da planta.

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Sustentada por raízes

A planta parece boiar, mas fica presa por grossas raízes enterradas no fundo, que sustentam o caule. Ela só cresce onde quase não há correnteza já que, em águas agitadas, o caule e a raiz seriam arrancados.

A lenda da vitória-régia

Existem algumas lendas contadas pelos indígenas para explicar a origem da vitória-régia. A mais conhecida delas fala sobre uma menina que teria se apaixonado pela Lua e pelas estrelas, tentando de toda maneira se aproximar delas. Um dia, em uma noite de lua cheia, a menina teria visto o reflexo das estrelas e da lua na superfície de um lago.

Com isso, ela mergulhou para tentar encontrar as estrelas que tanto adorava e acabou se afogando. A Lua teria ficado com pena da menina, transformando-a na mais linda planta amazônica. Segundo a lenda, essa é a explicação para que a flor da vitória-régia só se abra quando chega a noite, como se fosse uma estrela.

Fontes: Recreio Uol e Mundo Educação