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Daxxify, o primeiro concorrente do Botox, é aprovado nos EUA

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Nos últimos 20 anos, o Botox foi considerado a única tecnologia disponível para suavizar linhas de expressão. Apesar de diversas marcas estarem no mercado, todas usam basicamente a mesma tecnologia e ainda assim não ultrapassaram as vendas do produto original. Porém, após anos de pesquisas clínicas, os Estados Unidos aprovaram o primeiro concorrente do injetável, o Daxxify.

O produto foi autorizado somente para o uso na área entre as sobrancelhas, para diminuir as marcas verticais que podem aparecer com a idade. No entanto, o produto promete durar entre seis e nove meses, muito mais do que os três do Botox.

Na terceira fase do estudo clínico aprovado pelo FDA, a Revance Therapeutics declarou que dos 2.700 participantes, 98% tiveram uma redução significativa das rugas nas quatro primeiras semanas após a injeção. Em geral, os resultados apareceram nos primeiros dois dias e duraram seis meses.

Diferenças entre o Botox e o Daxxify

Foto: Getty Images

O Botox e o Daxxify usam a toxina botulínica para paralisar alguns nervos responsáveis por mover os músculos da face. No entanto, enquanto o Botox usa proteínas acopladas à molécula da toxina, o Daxxify utiliza peptídeos, por isso não precisam ser usadas substâncias de origem animal.

“Os estudos mostraram que o Daxxify inova porque ‘troca’ proteínas por peptídeos. Essas moléculas alertam sobre perdas de colágeno e elastina (fibras de sustentação da pele). E como é uma substância que o organismo reconhece, não leva à produção de anticorpos e, portanto, não há risco de intolerância. Essa é uma das razões para que os peptídeos tenham efeitos mais duradouros”, explica a dermatologista Karina Cade, da Clínica Otávio Macedo.

Karina aponta que o produto usa nanotecnologia. Isso permite que a fórmula tenha maior chance de entrar nas terminações nervosas, aumentando o tempo de duração do procedimento.

“Assim como o Botox, o Daxxify também é uma toxina injetável do tipo A que causa a paralisação (relaxamento) da musculatura na região em que é aplicada”, acrescenta o dermatologista Alessandro Alarcão, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Em relação à maior duração, explica Thiago Cunha, dermatologista de São Paulo: “a nova toxina botulínica também é derivada de uma bactéria. Então, o mecanismo de ação é o mesmo, não se trata de uma nova molécula, mas de um novo arranjo químico que promete maior duração”, conta Thiago Cunha, dermatologista de São Paulo.

Toxina que dura! 

Foto: Getty Images

Os resultados do estudo foram publicados no “Jornal Americano de Dermatologia” pelo Revance Therapeutics, fabricante do novo tratamento, após aprovação da substância pelo FDA. 

“Este novo procedimento poderá ser utilizado em diferentes áreas para frisar o tecido e dar o tônus que o paciente procura, suavizando as marcas de expressão associadas ao envelhecimento”, afirma a dermatologista Valéria Campos, especialista pela Harvard Medical School.

Além disso, o estudo relata que a aplicação será realizada por região, e não por picadas. 

“Então, provavelmente o halo de ação será maior. Ainda não existe nada publicado que fale das técnicas, mas provavelmente terá que haver um refinamento, porque se acontecer uma intercorrência, o efeito irá durar muito mais tempo, mesmo que se tente reverter com eletroestimulação”, explica Alessandro.

Menos picadas no procedimento é uma ótima notícia para quem tem pânico de agulha. “A toxina de duração mais longa tende a ter menos chance de problemas de resistência”, diz Alessandro.

Além disso, o Daxxify apresenta uma diferença no intervalo entre as aplicações. “Deve ser de, no mínimo, quatro meses, porque os retoques podem desencadear um efeito vacina que faz com que o tratamento perca o efeito”, alerta Valéria.

No entanto, Thiago ressalta: “segundo o estudo clínico, a dose utilizada foi superior à habitual, que a gente usa com as outras toxinas. Então, ela dura mais, mas também a dose foi aumentada. A ação da toxina é dose dependente. Quanto mais toxina você aplica, maior será a duração”.

Chegada ao Brasil

Apesar da novidade, o fabricante do Daxxify ainda não pediu registro no Brasil, por isso ainda não existe previsão para o procedimento começar a ser comercializado nacionalmente.

Fonte: Metrópoles, Universa

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