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Desafios da internet podem levar à morte. Como tratar o assunto?

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A internet é um lugar vasto, onde podemos fazer quase tudo e acessar os mais diversos conteúdos rapidamente. Tornou-se um lugar para encontrar debates políticos, informações científicas, buscar conteúdo de entretenimento e, é claro, se divertir. Além do mais, ela é o lugar perfeito para desafios de todas as formas e jeitos.

Contudo, esses desafios nem sempre são aconselháveis e alguns deles podem até acabar em tragédia. Por exemplo, na última semana, um menino de 10 anos morreu em Belo Horizonte depois de entrar em um guarda-roupas e inalar desodorante. A causa da morte de  João Victor Santos Mapa, de acordo com a própria família, foi por conta do “desafio do desodorante”.

Mesmo vários deles tendo perigos eminentes, por que os desafios chamam tanto a atenção de crianças e adolescentes?

“Crianças e adolescentes estão influenciados com a necessidade de popularidade, mostrarem que são competentes, produtivos. Pela imaturidade, eles já têm tendência de se envolverem em atividades mais excitantes, que envolvam a parte mais emocional. É um risco usar a internet com esse objetivo”, explicou a psicóloga Danielle Matos.

Desafios

Boa vontade

Como explica a psicóloga, o cérebro de um adulto tem mais “freio” quando comparado com os mais novos. E durante o processo de desenvolvimento, os menores de idade podem ficar mais impulsivos.

“Não há a dimensão das consequências, os adolescentes têm um pensamento bem onipotente, eles acreditam que nada de mal pode acontecer”, pontuou Danielle.

Claro que isso pode ser difícil de ser notado, mas alguns sinais, como por exemplo, mudanças de comportamento, podem ser um alerta para pais ou responsáveis. Alguns desses sinais podem ser: baixa autoestima, falta de cuidado, submissão da criança e do adolescente e comportamento depressivo.

Um ponto importante que a psicóloga destaca é que, na sua visão, proibir o acesso à internet não é o melhor caminho para evitar que as crianças e os adolescentes participem de algum tipo de desafio.

“A tecnologia faz parte do cotidiano de todos. Para uma criança de 0 a 3 anos, nenhum profissional concorda que a internet faz bem. Ela pode causar atrasos no desenvolvimento da linguagem e do pensamento. A partir dos 3 anos deve haver restrição, cada família tem que colocar o limite que achar necessário”, ressaltou.

Contudo, Danielle alerta que não adianta restringir esse acesso sem oferecer um tempo de qualidade para as crianças e adolescentes. “Estamos preocupados com as intoxicações tecnológicas: em que a pessoa só sente prazer em situação que a tecnologia está presente. É necessário conversar com os filhos, não de uma forma grosseira, mas dialogando, colocando os valores de cada família”, pontuou.

Dicas para falar sobre os desafios da internet

Escola da inteligência

Por mais que falar sobre esses desafios e os perigos que eles potencialmente podem trazer não seja uma coisa fácil, existem algumas dicas para começar esse tipo de conversa.

Primeiro, pergunte às crianças e aos adolescentes o que eles acham do assunto. Depois fale sobre os riscos que eles representam e os oriente. Além disso, monitore o conteúdo assistido pelos menores e também procure ajuda da escola. O mais importante não é ficar apenas nos discursos moralistas. O mais recomendado é que exista um diálogo aberto.

“Caso seja necessário, procure ajuda de um profissional. A psicoterapia, por exemplo, tem efeitos muito positivos. Até mais rápidos que se procurado quando adultos”, finalizou Danielle.

Investigação

O documento

O caso do menino João Victor Santos Mapa trouxe de volta o assunto e o perigo dos desafios online. No caso dele, a Polícia Civil de Minas Gerais informou, através de nota, que as oitivas dos familiares do menino estão sendo agendadas e que a causa e as circunstâncias da morte da criança estão sendo investigadas.

Fonte: G1

Imagens: Boa vontade, Escola da inteligência, O documento

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