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Dirigir um carro novo pode ter uma implicação na sua saúde

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Os carros se popularizaram em um nível global no século XX, e as economias foram desenvolvidas com bastante dependência deles. Não é à toa que até hoje ele é um dos bens de consumo mais desejados pelas pessoas. E é praticamente impossível encontrar alguém que não goste do característico cheiro de carro novo.

Assim como outros aromas, o cheiro de carro novo é composto de várias coisas. Ele é uma mistura de vapores voláteis que são produzidos pelas superfícies e estofados que foram mexidos recentemente. Contudo, por mais que as pessoas gostem desse cheiro, quando elas são expostas por longos períodos de tempo e em temperaturas altas, o cheiro pode ter uma implicação na saúde.

De acordo com um estudo feito por pesquisadores chineses e norte-americanos, quando um carro novo fica estacionado do lado de fora por 12 dias, os níveis dos produtos químicos dele que causam câncer passam dos limites de segurança.

Carro novo

Science alert

Por exemplo, o formaldeído, que é visto também em desinfetantes, germicidas e nos fogões a gás, excedeu em 35% os padrões de segurança nacionais chineses. Além dele, o acetaldeído, que é um possível carcinógeno classe II, também foi visto em concentrações bem maiores do que o limite de segurança, nesse caso, 61%.

E eles não foram os únicos encontrados em um carro novo. Um carcinógeno visto na gasolina, cigarros e tintas, o benzeno, ultrapassou os níveis que são seguros para os motoristas que ficam muitas horas dentro do carro, mas não os níveis seguros para os passageiros.

No todo, o tempo de vida incremental de risco de câncer (ILCR) dos vários compostos orgânicos voláteis que existiam dentro do carro novo no qual o estudo foi feito atingiu níveis altos o bastante para representar “alto risco à saúde dos motoristas”.

“Geralmente, um ILCR de 10 -6 ou menos é considerado seguro, entre 10 -6 e 10 -4 indica um risco potencial e superior a 10 -4 indica um alto risco potencial à saúde”, explicaram os pesquisadores.

Estudo

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O estudo feito em um carro de verdade mostrou que tanto os níveis dos carcinógenos conhecidos como os dos que existem provavelmente dentro de um carro novo mudaram com o tempo variando entre dias ensolarados e nublados.

Além de ver quais eram esses compostos, o estudo também fez uma estimativa da exposição tanto dos motoristas como dos passageiros, sendo que eles ficam expostos por 11 horas e 1,5 horas respectivamente por dia. Nesse tempo, esses compostos voláteis podem ser absorvidos através da pele, ingeridos, mas o mais comum é que eles sejam inalados.

O carro usado no estudo foi um SUV de tamanho médio que tinha plástico, uma imitação de couro, tecido e feltro. Assim que o veículo fica pronto, esses materiais liberam vários compostos voláteis no ar. Esse processo é conhecido como desgaseificação.

E para saber a concentração de 20 produtos químicos em momentos diferentes, eles usaram a cromatografia gasosa e a espectroscopia de massa depois de terem pegado amostras de ar do carro.

Com isso foi visto que, conforme o carro esquentava com o passar do dia, a temperatura dele variava entre 21°C e 63°C. E as concentrações dos produtos químicos também foram vistas em um padrão cíclico que seguia a temperatura da superfície.

Observações

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Esse não foi o único estudo a notar isso. Estudos anteriores da Califórnia disseram que dirigindo um carro novo por somente 20 minutos pode ser o suficiente para que as pessoas fiquem expostas a quantidades prejudiciais de benzeno e formaldeído. Por conta disso, quanto maior for o tempo dentro do veículo, maior será o risco.

Claro que essas descobertas merecem ser levadas em consideração. No entanto, isso não impede que as pessoas comprem carros novos. Felizmente existem formas de se evitar essa exposição aos produtos químicos.

Fonte: Science alert

Imagens: Science alert

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