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“Doença do Nobel”: Por que alguns dos maiores cientistas ficam malucos?

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Você já ouviu falar sobre a doença do Nobel? Esse prêmio é um dos mais almejados entre gênios e cientistas de todo o mundo, mas nem todas as coisas que vêm com ele são boas.

Obter reconhecimento e respeito por parte da comunidade é um objetivo de ouro. Para alguns dos candidatos mais brilhantes, a consagração máxima vem com a vitória, a mais prestigiada honraria que um cientista pode alcançar.

Afinal, ela reconhece não apenas suas realizações excepcionais, mas também suas contribuições cruciais para resolver questões cruciais para a humanidade, fruto de esforços incansáveis.

No entanto, é importante ressaltar que toda essa notoriedade pode trazer consequências indesejáveis.

Muitos dos premiados, ao atingirem o ápice de suas carreiras, acabam fazendo comentários, no mínimo, questionáveis sobre uma variedade de assuntos, muitas vezes distantes de suas áreas de expertise.

Foi assim que surgiu o termo doença de Nobel, descrevendo um fenômeno em que indivíduos, uma vez agraciados com o Prêmio, manifestam uma atitude de arrogância e presunção.

Via Globo

Doença de Nobel acontece em todo o mundo

Exemplos infelizes desse fenômeno incluem o caso de Tim Hunt, laureado que fez uma declaração sexista durante a Conferência Mundial de Jornalistas Científicos em Seul, na Coreia do Sul, em 2015.

O bioquímico britânico afirmou que as mulheres causam problemas no ambiente de trabalho, alegando que “fazem os homens se apaixonarem por elas e choram quando são criticadas”.

William Bradford Shockley Jr., vencedor do Nobel de Física em 1956 por seus estudos sobre semicondutores, declarou à revista New Scientist, em 1973, que acreditava “sinceramente” que a Academia Nacional de Ciências deveria apoiar pesquisas sobre eugenia racial.

Outro caso notável é o de Brian Josephson, físico britânico laureado com o Nobel aos 22 anos de idade. No entanto, apesar de seu inquestionável talento, Josephson passou a se interessar por áreas pseudocientíficas, como telepatia, psicocinese e parapsicologia.

Possíveis causas

A doença do Nobel é um termo que não se refere a uma condição médica real, mas sim a um conjunto de características que podem levar mentes brilhantes a enfrentar desafios.

Existem algumas características que podem prejudicar a reputação dos cientistas.

Por exemplo, é comum que os candidatos com o Nobel desenvolvam a crença de que são mais inteligentes ou importantes do que outras pessoas.

Eles podem se tornar excessivamente obcecados por suas próprias pesquisas e realizações em suas áreas de expertise.

Além disso, muitos gênios preferem evitar o contato com outras pessoas para se concentrarem em suas tarefas de acordo com suas próprias preferências, sem interrupções.

Embora isso não seja necessariamente problemático, a falta de perspectivas externas pode tornar os cientistas insensíveis a diferentes pontos de vista.

Ainda, os elogios excessivos também podem ser uma causa. Saudações extremamente positivas de seus colega podem levar alguns a acreditar que estão “acima do bem e do mal”, resultando em comentários impróprios.

E claro, alguns ganhadores simplesmente não se preocupam com os sentimentos dos outros e fazem declarações prejudiciais sem remorso, ferindo grupos específicos, apenas como parte da personalidade.

Alguns se salvam

Via Só Científica

É importante lembrar que o Prêmio é apenas um reconhecimento, e nem todos os laureados sucumbem à Doença do Nobel. No entanto, é inegável que um número considerável de estudiosos de renome enfrenta esses desafios, o que levou à criação do termo, inclusive.

Em geral, as pessoas dotadas de genialidade tendem a ser mais introspectivas e excêntricas.

Por exemplo, Albert Einstein recorria ao fumo para se concentrar com tranquilidade em seus estudos, enquanto Nikola Tesla realizava exercícios incomuns, como movimentar os dedos dos pés todas as noites, com o objetivo de estimular as células cerebrais.

Esses hábitos podem parecer pouco convencionais, mas são inofensivos à integridade de seus autores.

No entanto, é importante reconhecer que nem todas as mentes brilhantes da história possuem personalidades humildes ou discretas, e compreender que a arrogância pode afetar tanto os sábios quanto os ignorantes é fundamental para lembrar que ninguém está acima do bem e do mal.

 

Fonte: Só Científica

Imagens: Só Científica, Globo

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