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Donna Langley, a executiva britânica quer mandar Tom Cruise para o espaço

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Donna Langley, presidente do Universal Filmed Entertainment Group, é a primeira britânica a dirigir um grande estúdio de cinema americano. A executiva, considerada uma das pessoas mais poderosas de Hollywood,  possui planos ambiciosos, inclusive enviar Tom Cruise ao espaço.

Ela chegou a Los Angeles com 20 e poucos anos sem nenhum contato no ramo. Trinta anos depois, Langley afirma que ainda se sente “culturalmente muito inglesa, mesmo que meu sotaque varie um pouco”.

Langley está dirigindo a Universal em meio às dificuldades de uma pandemia e da ascensão das plataformas de streaming. Apesar de ser pé no chão, para o projeto de estúdio com Tom Cruise, os planos são bem ambiciosos.

Em entrevista à BBC, Donna Langley disse que Cruise planeja levar um foguete até a Estação Espacial Internacional. A trama do filme, que Tom Cruise e o diretor Doug Liman apresentaram a ela, “na verdade, acontece na Terra, e, então, o personagem precisa ir ao espaço para salvar o dia”.

De acordo com ela, a esperança é que Tom Cruise seja “o primeiro civil a fazer uma caminhada espacial fora da estação”.

Para a Universal, o filme espacial é uma aspiração neste estágio. No entanto, é definitiva a lista de 44 filmes anunciados para 2022/23. Haverá continuações de franquias lucrativas (entre elas, outro filme dos Trolls; o 10º Velozes e Furiosos; e 4º Meu Malvado Favorito). Mas também há uma gama mais criativa.

Instinto para o sucesso

Foto: Universal

De acordo com Donna Langley, escolher filmes com potencial de sucesso é “instinto”. A ação trata de “sentir a história em um nível muito humano”, diz ela.

Seu ponto de vista é devido ao aprendizado no começo de sua carreira sobre “fazer filmes voltados para um público específico”, muitas vezes pessoas ignoradas por Hollywood

Com isso, ela descobriu que filmes atrativos para mulheres ou minorias étnicas, por exemplo, eram “um bom negócio”. “A quantidade de dinheiro que [os filmes] ganham é relativa ao que eles custam, então eles são extremamente lucrativos.”

Além disso, Donna Langley aponta que os filmes que defende retratam histórias universais com as quais o público poderia se identificar.

Phyllida Lloyd, diretora de Mamma Mia!, elogia a “clareza e calma” de Langley. Ela afirma que a executiva da Universal tinha “uma abordagem de negócios”. “Ela realmente não se preocupava com as pequenas coisas.”

Sharon Waxman, editora-chefe do site The Wrap, uma das publicações mais influentes de Hollywood, afirma que Langley é “muito respeitada”.

Infância

Foto: Getty Images

Donna Langley afirma que contar histórias, e o Abba, foi uma parte importante de sua infância. Seu pai biológico era egípcio, e ela foi adotada ainda bebê. Sua mãe era uma ativista e seu pai trabalhava para a Autoridade de Aviação Civil, órgão que regula o setor no Reino Unido.

Apesar de ir ao cinema não ser um evento comum na sua família, ela se lembra de sua irmã levá-la para ver um filme do show do Abba na década de 1970. Em vez de assistir filmes, a família lia muito, e talvez isso a atraiu para o cinema.

Livre para passear na Ilha de Wight, onde cresceu, “minha imaginação corria solta com a história do lugar, fosse contrabandistas ou aristocracia”.

Na ilha, sua descendência a fazia ser vista como exótica. Ela relata que foi “um pouco perseguida” na escola e encontrou no humor uma forma de lidar com os “momentos mais difíceis”.

Donna Langley também relatou que “não via futuro” para si mesma no Reino Unido no início dos anos 1990, mesmo que “não tivesse ideia de que eu iria trabalhar no cinema”. 

Hollywood

Foto: Universal

A executiva da Universal tinha apenas 22 anos quando chegou a Los Angeles com uma carta de apresentação para um agente literário. Ela planejava ficar apenas alguns meses, mas acabou ficando mais tempo.

Donna Langley achou os Estados Unidos “menos restritivos”. Enquanto a Grã-Bretanha era muito hierárquica, na América, “se você tem uma ideia, uma ética de trabalho, você pode fazê-lo”.

Ela teve sua primeira chance enquanto trabalhava em uma boate no Sunset Boulevard de Hollywood. Um dos frequentadores a contratou para o estúdio New Line Cinema. Donna Langley afirma que seu sucesso é devido à “autoconfiança delirante” e muito trabalho duro.

Apesar de morar há muito tempo nos Estados Unidos, a profissional está comprometida com o cinema britânico. Jurassic World: Domínio (2022), da Universal, foi filmado nos arredores de Londres. Além disso, em breve, começará a produção de Wicked no Reino Unido.

De acordo com Ben Roberts, presidente do British Film Institute, organização que promove a indústria cinematográfica britânica, Donna Langley é “uma das executivas britânicas de maior sucesso no ramo – e estamos muito satisfeitos que a Universal tenha decidido produzir tantos de seus filmes aqui no Reino Unido”.

Fonte: BBC

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