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Eletricidade vs. Hidrogênio: qual forma de energia é mais sustentável?

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Com a poluição, contaminação e demais destruições que o homem fez no planeta ao longo dos anos, a qualidade de vida que temos no mundo foi se modificando. E um fator seriamente atingido, e que pode ser mais afetado ainda se o ritmo continuar, é o fornecimento de energia e a forma como a conseguimos.

Por isso, formas alternativas à energia hidrelétrica são estudas e já colocadas em prática em alguns lugares. Dentre as alternativas de fontes sustentáveis, a eletricidade e o hidrogênio são duas opções que têm se destacado e chamado atenção.

Tanto é que um novo estudo foi o primeiro a fazer a análise dos impactos que essas duas fontes de energia têm em alcançar a neutralidade climática e nas possibilidades de elas serem implantadas, até mesmo nos setores que se beneficiam e seus custos.

Por mais que o hidrogênio seja mais promissor comparado à eletrificação, por enquanto, ela é mais barata e beneficia mais setores com emissão de carbono elevada.

Eletrificação vs. Hidrogênio

Olhar digital

O estudo fez a análise de como a eletricidade e o hidrogênio podem ser usados como substituição para o uso de combustíveis fósseis. Para fazer isso eles usaram um modelo de economia energética chamado REMIND e fizeram a investigação de combinações das duas opções para mudar o cenário de energia visto atualmente na União Europeia.

Como resultado, os pesquisadores descobriram que em todas as combinações que eles analisaram, a eletrificação foi a melhor estratégia para o setor de transporte, aquecimento de casas e prédios e na indústria.

Enquanto isso, o hidrogênio foi a melhor alternativa no setor de aviação, transporte marítimo, indústria química e armazenamento de eletricidade.

Isso mostrou que as duas opções são complementares, até porque são usadas em setores diferentes. Segundo o TechXplore, somente nos setores de transporte por caminhão e aquecimento de processos industriais que as duas alternativas de energia competem entre si. Contudo, mesmo assim, isso representa somente 15% do total.

A eletricidade tem a vantagem de ter uma disponibilidade maior, ser mais rápida de ser implementada, mais barata e eficiente.

Já no caso do hidrogênio, ele necessita de um processo de conversão que precisa ter uma infraestrutura construída, além de ter perdas de energia bem significativas no processo.

Qual forma de energia é mais eficiente?

Olhar digital

Ainda conforme o estudo, a eletrificação é melhor nos carros elétricos, nas bombas de calor e numa gama vasta de produtos e indústria, enquanto que o hidrogênio é “importante apenas para algumas aplicações”.

Na visão de Gunnar Luderer, coautor do estudo, o esperado é que a cota de eletricidade aumente entre 20 e 60%. A estimativa até 2050 é que a procura por energia elétrica aumente entre 80 a 160% no mundo todo. Por conta disso será preciso produzir o dobro de energia que é produzido hoje.

Os pesquisadores dizem que para isso dar certo é preciso que as políticas públicas de energia sustentável priorizem a eletricidade e o hidrogênio, nessa ordem, a outras alternativas. Além de retirar as barreiras de expansão para esses tipos de energia e incentivar a expansão das cadeias de abastecimento de hidrogênio.

Alternativas

Brasil escola

Muitos países já reconheceram essa necessidade de fazer a mudança de combustíveis fósseis para energia renovável ou “verde”.

Além disso, grandes empresas também já estão caminhando para essa direção. Por exemplo, o Google fechou seu maior acordo por energia eólica offshore depois de comprar joint ventures entre a Shell e a concessionária holandesa Eneco, da Crosswind & Ecowende Consortia, 478 megawatts (MW) de dois parques eólicos novos.

De acordo com a Reuters, essa negociação é parte dos esforços que o Google está fazendo para fazer com que seu fornecimento de energia seja mais ecológico para que a empresa possa atingir suas metas climáticas.

Até agora, esse é o maior acordo que a big tech fechou. Além dele, o Google também anunciou um Contrato de Aquisição de Energia (CAE) renovável para a Itália, Polônia e Bélgica, no entanto, nenhum detalhe financeiro foi divulgado a respeito desses negócios.

Com isso, a big tech está tentando igualar cada hora de eletricidade usada com a mesma hora de produção de energia limpa. Na visão de quem defende esse método, ele tem uma reflexão melhor sobre o uso real da energia pelas empresas.

“Nossa ambição de operar com energia livre de carbono 24 horas por dia até 2030 exige soluções limpas em todas as redes onde operamos”, disse Matt Brittin, presidente do Google sobre a região da Europa, Oriente Médio e África.

De acordo com um relatório feito pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA (EIA), nos próximos dois anos, quem irá liderar a produção de energia limpa nos EUA será a solar e a eólica.

Além disso, os projetos de geração de energia solar também devem aumentar essa produção em 75% até 2025. Com isso, ela irá de 163 bilhões de quilowatts-hora (kWh), vistos em 2023, para 286 bilhões de kWh.

Com relação à eólica, o crescimento esperado é de 11%. Então, ela passará dos 430 bilhões de kWh, em 2023, para 476 bilhões de kWh em 2025. Para esse ano, ela deve se manter estável em 156 GW.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital, Brasil escola

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