Inovação

Elon Musk anuncia 1º implante de chip cerebral da Neuralink em ser humano

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Elon Musk, o bilionário CEO do X, antigo Twitter, anunciou hoje o primeiro implante humano bem-sucedido do chip cerebral da Neuralink.

Este dispositivo de Interface Cérebro-Computador (BCI) tem como objetivo permitir que pessoas com paralisia controlem dispositivos externos apenas com seus pensamentos.

De acordo com Elon Musk, o paciente está se recuperando bem após o procedimento. O empresário não forneceu muitos detalhes sobre a cirurgia, limitando-se a mencionar que o implante ocorreu ontem (28) e que o paciente está progredindo bem. Musk também expressou que análises preliminares revelaram sinais de atividade neural “promissores”.

O implante humano aconteceu cirurgicamente com a ajuda de um robô. A Neuralink explicou anteriormente que o chip foi colocado em uma área do cérebro associada à intenção de movimento.

O objetivo inicial deste avanço é capacitar as pessoas a controlarem um cursor de computador ou um teclado, por exemplo, unicamente com seus pensamentos.

Primeiro teste

Em 2023, a Neuralink recebeu autorização para iniciar testes do seu chip em seres humanos. Em setembro, a startup anunciou que pessoas com paralisia devido a lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA) poderiam ser candidatas para participar do estudo.

Contudo, a Neuralink não divulgou o número exato de participantes nos testes, os quais estão previstos para durar cerca de seis anos até sua conclusão.

Via El Español

Sobre a Neuralink

A Neuralink é uma empresa fundada em 2016 com o objetivo de desenvolver mais da neurotecnologia, especialmente com ativações humanas.

A visão por trás da companhia é criar uma conexão direta entre o cérebro humano e os dispositivos digitais, possibilitando uma variedade de aplicações médicas e tecnológicas inovadoras.

O principal produto da Neuralink é um minúsculo chip implantável, que é inserido no cérebro por meio de uma intervenção cirúrgica. Este chip é projetado para registrar a atividade neural e também para estimular o cérebro de forma elétrica, permitindo a comunicação bidirecional entre o cérebro e um computador ou outro dispositivo externo.

A empresa busca utilizar essa tecnologia para tratar uma variedade de condições médicas, como paralisia, doenças neurológicas e transtornos mentais.

Além das aplicações médicas, Elon Musk também expressou ambições mais amplas para a Neuralink, incluindo a possibilidade de melhorar a capacidade cognitiva humana e até mesmo permitir a fusão entre humanos e inteligência artificial.

Desde sua fundação, a Neuralink tem avançado rapidamente em suas pesquisas e desenvolvimento. A companhia tem atraído alguns dos principais especialistas em neurociência, engenharia e tecnologia para sua equipe e tem realizado testes em animais para validar a eficácia e segurança de suas tecnologias.

Além disso, Elon Musk nutre grandes ambições para a Neuralink. O bilionário afirmou anteriormente que a startup poderia facilitar a inserção de seus chips para tratar condições como obesidade, autismo, depressão e esquizofrenia.

No entanto, o processo é longo: mesmo se o dispositivo demonstrar segurança em seres humanos, especialistas apontam que ainda levaria mais de uma década para que a Neuralink obtivesse autorização para uso comercial.

Críticos ao implante humano

Via Flickr

Ainda, é importante ressaltar que, apesar do entusiasmo em torno das possíveis aplicações e do primeiro implante humano, muitos especialistas e internautas também expressaram preocupações sobre os riscos e desafios éticos associados a essa tecnologia.

Algumas das críticas mais comuns incluem preocupações com a privacidade e segurança dos dados neurais dos pacientes, o potencial para abuso ou manipulação dessa tecnologia.

Além disso, é comum falarem sobre os riscos de efeitos adversos, como infecções ou danos cerebrais durante a cirurgia de implante. Afinal, os testes com macacos não foram os mais promissores, embora a Neuralink tenha autorização de cirurgias para ensaio clínico.

E, claro, existem as preocupações sobre as desigualdades sociais que podem surgir se a tecnologia se tornar disponível apenas para os mais privilegiados.

O debate ético, por outro lado, questiona questões mais amplas para a identidade e a integridade do ser humano. Nesse caso, trata-se dos limites éticos e até onde seria aceitável ter uma intervenção tecnológica no cérebro humano.

Inicialmente, o objetivo seria auxiliar pessoas com paralisia, mas Musk já causou polêmica ao afirmar que tentaria, por exemplo, criar uma conexão musical diretamente no cérebro, com controle de pensamentos.

Ou seja, esse acesso íntimo abriria as portas para várias possibilidades da neurotecnologia, e nem todas éticas ou com foco na saúde. Por isso, alguns críticos ainda parecem céticos, e esperam mais resultados positivos antes de comemorar esse avanço.

 

Fonte: UOL

Imagens: El Español, Flickr

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