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Empresa quer enterrar corpos em caixão de cogumelo orgânico e biodegradável de R$ 5.000

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A única certeza da vida é a morte. Algumas pessoas acreditam que quando ela chega tudo acabou e não tem nada além, enquanto outras acreditam que estamos em um grande ciclo que nunca acaba de fato. Seja como for, uma startup quer dar um outro significado para os corpos dos entes queridos que se vão e fazer com que eles fiquem presentes.

A ideia de Lonneke Westhoff e Bob Hendrikx, uma dupla de cientistas da Holanda formados pela Universidade de Tecnologia de Delft, veio da observação da habilidade dos cogumelos em transformar árvores mortas em uma nova vida. “Isso nos levou a reconhecer o papel significativo que esses organismos desempenham no ciclo natural da vida”, disseram os cientistas.

Com isso em mente, eles fundaram a Loop Biotech e criaram produtos a partir dos cogumelos. Esses produtos têm o objetivo de proporcionar uma relação mais sustentável dos corpos enterrados com a natureza, principalmente o caixão Loop Living Cocoon. Esse caixão é feito a partir do micélio, que é uma rede de raízes subterrâneas dos cogumelos.

Nova forma de enterrar corpos

Galileu

De acordo com a empresa, essa matéria-prima pode ser cultivada em sete dias na fábrica deles com cogumelos locais e cânhamo reciclado. “Na natureza, o micélio é a força motriz por trás do ciclo natural da vida, transformando continuamente a matéria orgânica morta em nutrientes essenciais para o crescimento de novas mudas. Esse poder único permite que o Loop Living Cocoon™ rapidamente se torne um com a natureza, transformando nossos nutrientes humanos em uma fonte para uma nova vida prosperar”, explicou a empresa.

Isso é uma preocupação porque a maneira como nós enterramos os corpos dos entes que se foram tem um grande impacto no meio ambiente. Usando esse caixão biodegradável, segundo a Loop Biotech, em 45 dias ele se desintegra.

Mesmo que ele seja um caixão fora do comum, ele tem a certificação para ser usado em enterros tradicionais e até mesmo em cremações. Ainda conforme informa a empresa, seu material é hidrofóbico, o que faz com que ele possa ser usado em um funeral na chuva ou em refrigeradores funerários sem nenhum problema.

Empresa

Ele tem internamente 1.95 metros de comprimento, 58 centímetros de largura, 35 centímetros de altura, pesa 30 quilos e custa 995 euros, cerca de 5,3 mil reais. As medidas externas são: 2,16 metros de comprimento, 75 centímetros de largura, 45 centímetros de altura. O produto é entregue em toda Europa, mas também existe a possibilidade de ele ser enviado para outros continentes.

Preocupação com meio ambiente

Pop time

Como dito, a forma atual como enterramos os corpos dos nossos entes queridos é bem prejudicial para o meio ambiente. Por conta disso, não é apenas a Loop Biotech que está pensando em novas maneiras de enterrar alguém.

Um outro exemplo é o projeto Capsula Mundi criado pelos designers italianos Anna Citelli e Raol Bretzel, Na visão deles, os corpos ficariam em um receptáculo, que seria uma espécie de ovo biodegradável feito a partir de bioplástico. Nele, os corpos seriam colocados em posição fetal e enterrados como se fossem sementes.

Além disso, em cima desse receptáculo seria colocada uma árvore ainda jovem. Dessa forma, à medida que o corpo vai se decompondo, ele dá à árvore os nutrientes necessários para que ela se desenvolva. Nesse tempo, a planta pode ser cuidada pela família de quem se tornou a semente.

Com essa iniciativa, o projeto apresenta uma alternativa aos caixões de madeira que são feitos de árvores que demoram até 40 anos para crescerem. Além disso, ele também tem a capacidade de lidar com outros problemas, como por exemplo, a falta de espaço nos cemitérios e contaminações do solo e também do lençol freático.

O Capsula Mundi foi apresentado pela primeira vez em 2013 na exposição “Feira Internacional de Móveis” em Milão, na Itália. Desde essa época ele vem recebendo cada vez mais atenção e gerando interesse no mundo todo. Mesmo assim, o projeto não é uma opção legal para os funerais em nenhum país.

Claro que por envolver morte e formas de se enterrar uma pessoa, o projeto recebeu algumas críticas. Contudo, ele também levantou várias discussões e, na visão de quem o apoia, ele é uma alternativa ótima para que os impactos negativos que os cemitérios causam no meio ambiente sejam evitados. E várias pessoas também enxergam essa ideia de transformar os corpos em árvores como algo sagrado e que cultiva e incentiva o ciclo da vida.

Fonte: Galileu,Pop time

Imagens: YouTube, Galileu,Pop time

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