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Última parada do caixão de Pelé foi na casa da mãe; conheça ela

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O Rei Pelé começou a sonhar cedo demais, mas sempre realizou os próprios sonhos e também das pessoas que o cercavam. Com um futebol mágico, em que parecia dançar uma bela música com a bola, ele encantou torcedores do mundo inteiro. Pelé sempre disse que ao completar 100 anos, daria o primeiro pontapé em um jogo no Maracanã. No entanto, a morte reservou um espalho para ele mais cedo.

Sua mãe, a icônica Celeste Arantes do Nascimento, ou “só” Dona Celeste, porém, alcançou essa idade no último dia 20 de novembro. Ela inclusive foi homenageada nas redes sociais do filho Pelé. E não podia ser diferente a despedida do rei.

O Velório de Pelé

O velório do rei Pelé terminou às 10h na terça-feira, dia 3 de janeiro. Depois disso, seguiu um cortejo que passou pela Avenida Bernadinho de Campos, o Canal 2, em direção à orla até chegar a Avenida Joaquim Montenegro, o Canal 6, na Ponta da Praia, onde já estava perto da casa de dona Celeste.

Celeste é mineira, nascida em Três Corações, onde também nasceu o filho. Depois vieram mais dois filhos: Jair, o Zoca, que também chegou a jogar futebol pelo Santos, mas morreu em 2020 aos 77 anos, e Maria Lúcia, que é a responsável pelos cuidados com a mãe. Um deles, inclusive, era o de que sua mãe fosse informada da morte de Edson.

A passagem do cortejo, portanto, não descumpriu a recomendação. No momento, dona Celeste, que já não tem lucidez e vive acamada, estava dormindo. Todos seus filhos foram fruto do seu amor com João Ramos do Nascimento, mais conhecido como Dondinho, com quem foi casada até 1996, quando a morte os separou.

Ele era a inspiração do rei Pelé, pois também jogou futebol. Dondinho marcou sua carreira fazendo cinco gols de cabeça em uma única partida quando defendia o Yuracan, de Itajubá (MG). Isso resultou na vitória por 6 a 3 sobre o Smart, em 1939.

Dona Celeste contra o futebol do filho

Embora tenha passado por diversos clubes, a carreira de jogador do pai de Pelé não foi tão longa em razão das contusões. E justamente por esse motivo, além de acreditar que futebol não dava futuro, dona Celeste não queria que o filho seguisse essa carreira. No entanto, ela sabia, lá no fundo, que essa era sua real vocação desde as brincadeiras na rua. Ela chegou a impedir que o Bangu, do Rio de Janeiro, o contratasse.

Para conseguir convencê-la, foi preciso muito trabalho por parte do pai de Edson e, mais ainda, Waldemar de Brito, que foi um atacante famoso nos ano 1930 e 1940, responsável por levar o rei para o Santos em 1956. Mas a família só deixou Bauru, interior de São Paulo, para morar em Santos no final de 1964.

“Ele falava que não era fácil ficar longe, sofria de saudade da família. Mas que deveria continuar para chegar ao seu objetivo de vencer. Não queria voltar. Meu coração ficava apertado, mas eu tinha que apoiá-lo”, disse dona Celeste durante uma entrevista para A Tribuna em 2012.

O desejo da mãe era que Pelé fosse um bom filho e uma boa pessoa, com um pequeno e fundamental conselho: que ele tivesse muita fé, um sentimento que Pelé carregou a vida inteira e levará contigo por onde for. Depois de passar pela casa da mãe, o cortejo seguiu pela praia até a Avenida Pinheiro Machada, o Canal 1, em direção ao cemitério Memorial Necrópole, em Marapé, para o sepultamento restrito à família.

O mausoléu que fica no primeiro andar do local, onde ficará o corpo de Pelé, será aberto ao público em breve.

Fonte: G1

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