A empresária Daniele Aguiar, de Belo Horizonte, devolveu uma transferência de quase R$ 30 mil que recebeu por engano. A transação foi realizada via PIX no dia 05 de agosto.
A transação repercutiu nas redes sociais após a filha da empresária, a influenciadora digital Vivi Wanderley, compartilhar o caso no Twitter.
“Uma pessoa depositou R$ 30 mil sem querer na conta da minha mãe. Ela foi na delegacia para devolver e falaram que ela não era obrigada. Eu não sabia disso, fiquei chocada, no final deu certo e ela devolveu”, escreveu a influenciadora
Vivi ainda questionou aos seguidores o que eles fariam caso recebessem o valor por engano. Já a mãe da influenciadora afirmou: “Minha consciência não tem preço”
Mesmo número
Daniele contou que recebeu várias ligações enquanto trabalhava na manhã do dia 05 de setembro. Mas como ela evita atender ligações durante o processo de criação, o número enviou uma mensagem por aplicativo.
Um fato que chamou a atenção da empresária era que o telefone era idêntico ao dela, com exceção do código de área, equivalente ao interior do estado. Após isso, Danielle resolveu responder.
Durante a conversa, a empresária descobriu que havia recebido o PIX com R$ 30 mil.
“A filha de uma senhora com 67 anos me mandou mensagem e ligou, me contando que a mãe fez uma transferência de forma equivocada para mim. Ela digitou o número e não conferiu o nome do destinatário. Como o número era o mesmo, ela concluiu a transação”, contou ao G1.
Daniele afirmou que ficou insegura porque acreditou que poderia estar sendo vítima de um golpe. Por isso, a empresária conferiu a conta bancária e não percebeu um valor a mais. Foi quando a destinatária do dinheiro informou para qual instituição bancária o valor foi enviado.
A conta é pouco utilizada pela empresária. No entanto, assim que conferiu o saldo notou um aumento de quase R$ 30 mil.
Com medo de ser envolvida em uma transação ilegal, a empresária foi para uma delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), onde conferiu a autenticidade da origem do dinheiro.
Empresária não era obrigada a devolver
Os servidores da Polícia Civil consultaram o banco de dados da corporação e descobriram que nenhuma das pessoas envolvidas na transação tinham registro criminal.
De acordo com Daniele, quando relatou o caso para os agentes da PCMG, foi informada de que não era obrigada a devolver o dinheiro.
“A primeira coisa que passou pela minha cabeça é que Deus está vendo. A gente acha que as pessoas não estão sabendo, mas Ele está. Minha consciência não tem preço”, disse.
A empresária afirmou que combinou a devolução do dinheiro conforme o limite praticado pela instituição bancária.
Pagar contas
A verdadeira destinatária da transferência contou que a mãe dela usaria o dinheiro, transferido sem querer para a empresária, para pagar algumas contas.
“A gente trocou na pressa de fazer o pagamento. Não nos atentamos para o nome e passou”, afirmou a mulher, que preferiu não ser identificada.
O susto aconteceu logo depois que o erro foi descoberto.
“No primeiro momento foi péssimo. Hoje, através do PIX, o banco não pode fazer mais nada. A gente se sente meio impotente, dependendo da boa vontade e índole da outra pessoa que recebeu”, contou.
A mulher ainda contou que tem esperança de que o número de pessoas boas no mundo seja maior que o de ruins.
“Falei com ela que esperava ter encontrado uma pessoa boa. A gente, infelizmente, não quer passar por isso. Acho que ninguém quer. Na minha opinião, é muito dinheiro”, contou.
Fonte: G1
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