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Entenda como surgem marcas ‘misteriosas’ em plantações de SC

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Quem já viu o filme “Sinais” deve saber o que são agroglifos. São marcas misteriosas que aparecem em plantações, como por exemplo, essa que foi encontrada na terça-feira dessa semana em uma plantação de trigo em Ipuaçu, no Oeste catarinense.

Claro que marcas que surgem do nada sempre chamam atenção das pessoas, e essa não foi diferente. Várias discussões a respeito do seu surgimento foram levantadas.

De acordo com o servidor da Epagri/Ciram, Sydney Kavalco, não existe uma certeza de como essa marca foi feita na propriedade. Mas ele afirmou que objetos simples podem amassar as plantas. “Existem equipamentos que podem amassar o trigo dessa forma. A grande questão é porque não deixa rastro, como é que entra na lavoura”, disse.

Marcas

G1

Segundo o professor Adolfo Stotz Neto, presidente do Grupo de Estudos de Astronomia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além dessas marcas serem feitas de uma maneira “bastante simples”, “as pegadas são facilmente desfeitas” por quem quer que seja que as fizeram, além é claro de as pessoas poderem andar pelas próprias riscas.

Por conta disso que Adolfo descarta a possibilidade de essas marcas terem sido feitas por seres extraterrestres, mesmo não excluindo a possibilidade de que eles existam.

“Uma corda comprida, uma tábua bem lisa e duas pessoas fazem aquilo. Um fica segurando na ponta da corda e outro caminha, fazendo o círculo do tamanho que quiser”, disse ele.

Essa prática ficou bastante conhecida na Escócia na década de 1980 quando, conforme explica Adolfo, os moradores faziam essas marcas na vegetação por “pura brincadeira”. Hoje, elas são consideradas expressões artísticas. “Dá para fazer obras lindíssimas”, afirmou ele.

De acordo com o proprietário da plantação de Ipuaçu, Sérgio Girotto, 62 anos, essa não é a primeira vez que as marcas enigmáticas aparecem em seu terreno. Conforme lembra o agricultor, há sete anos aconteceu uma situação parecida em que uma imagem foi feita aproximadamente 200 metros de onde o desenho atual foi visto.

“Hoje, nos deparamos pela segunda vez na nossa propriedade. A gente estava tomando café e vimos esses negócios misteriosos que a gente não sabe explicar de onde vêm”, afirmou ele.

Marcas extraterrestres

G1

Na visão dos especialistas em ufologia, os agroglifos são ligados a entidades extraterrestres. De acordo com Luiz Prestes, responsável pelo Grupo de Pesquisa Ufológica de Santa Catarina, um agroglifo é qualquer figura encontrada no meio da plantação, mesmo que não exista suspeita de ela ter sido feita por alienígenas.

Contudo, o ufólogo destaca que as marcas consideradas “verdadeiras” são sinais emitidos por seres de outros planetas. Mas os seres humanos também são capazes de construir essas figuras.

No caso da imagem em Ipuaçu, Prestes diz que não há vegetação erguida nas áreas mais baixas da imagem. Por conta disso ele acredita que se trata de uma figura de origem desconhecida.

“Quando é feita por homens, a vegetação amassada não fica linear. Diferente deste caso, onde a vegetação está completamente amassada nas áreas mais baixas. Resumindo, na minha análise, é um agroglifo verdadeiro”, informou.

Entretanto, na visão do professor da UFSC Adolfo Stotz Neto, a ufologia não pode ser considerada uma ciência. “Ciência é um método. E métodos científicos exigem a repetição do fenômeno, sempre que as condições forem as mesmas, e também alteração da teoria. Uma ciência só é ciência se não for dogmática, se permitir que você faça novas descobertas”, explicou.

“Pessoas acreditam no que quiserem, a crença é uma possibilidade humana. Mas a ciência, essa que nós tratamos na medicina, na engenharia, não se trata de crença. Quando você dá um remédio ao doente, você não está acreditando que o remédio faz efeito, você sabe que ele faz efeito”, finalizou.

Frequência de agroglifos

History

O interessante é que esse agroglifo não foi o único encontrado na região. Em 2020, essas marcas misteriosas foram encontradas em plantações de trigo em Entre Rios, no Oeste de Santa Catarina.

De acordo com moradores da região, nenhuma movimentação que pudesse ter algum tipo de relação com as marcas misteriosas foi percebida. Para Claudecir Pavan, produtor rural da região, foi uma grande surpresa encontrar os desenhos.

E antes do agroglifo encontrado em Entre Rios, o último caso é de 2018. Na época, o ufólogo Ademar Jose Gevaerd descreveu melhor a natureza dos desenhos. “É uma figura enorme. Impossível ter sido feita por um ser humano”, afirmou Gevaerd.

Fonte: G1

Imagens: G1, History

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