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Entenda o caso da brasileira que acusou a Netflix de plágio pela série 1899

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Mais uma estreia da Netflix está dando o que falar, e essa semana foi a vez da série 1899. Após o lançamento, a produção foi acusada de plágio pela ilustradora e quadrinista brasileira Mary Cagnin.

Segundo a desenhista, a plataforma de streaming teria copiado diversas partes do seu trabalho ilustrativo Black Silence. Inicialmente, o quadrinho foi lançado em 2017, quatro anos antes de 1899. O tweet de acusação na conta da quadrinista alcançou mais de 300 mil curtidas e compartilhamentos.

Netflix

A princípio, o post apontou as semelhanças entre o visual da série e a sua obra. “Está tudo lá: A pirâmide negra, as mortes dentro do navio/nave, a tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e sem explicação, os símbolos nos olhos e quando eles aparecem, as escritas em códigos, as vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas”, escreveu em sua rede social.

Depois que apontou os elementos parecidos entre seu quadrinho e a série 1899, da Netflix, Cagnin também explicou sobre suas suspeitas. Em 2017, a autora participou da Feira do Livro de Gotemburgo. Na ocasião, ela distribuiu exemplares de Black Silence para divulgar seu trabalho.

“Não é difícil de imaginar o meu trabalho chegando neles. Eu não só entreguei o quadrinho físico como disponibilizei a versão traduzida para o inglês”, postou em sua conta.

Agora, a autora que acusa a Netflix de plágio diz que irá procurar orientações sobre quais as ações cabíveis.

A resposta dos criadores de 1899

Uol

Por outro lado, os roteiristas alemães Jantje Friese e Baran bo Odar se manifestaram e negaram que a série 1899 tenha qualquer elemento plagiado de outras obras.

A criadora da obra, Jantje Friese usou suas redes sociais para se pronunciar. Na publicação, afirma que “acha as redes sociais tóxicas, e as últimas 24 horas provaram isso”, como manifestou. Além disso, ela explicou o contexto para seus fãs e seguidores, e reforçou que nada foi plagiado.

Segundo a roteirista, os produtores sequer sabiam da existência dos quadrinhos até esse acontecimento, e estão planejando o roteiro da série há dois anos.

Logo depois, indo mais além, a criadora de 1899 publicou algumas declarações mais fortes contra a quadrinista brasileira. “Alguém levanta um alarme falso e todo mundo cai nessa, nem mesmo checando se as alegações fazem sentido. Claro, se isso for um esquema para vender mais quadrinhos: jogou bem”, escreveu na legenda da sua publicação.

Até o momento, a Netflix não se manifestou sobre a polêmica, e ambas as postagens seguem no ar.

O que dizem os internautas?

Twitter

Enquanto isso, nas redes sociais, os internautas dividem opiniões sobre o acontecimento. De um lado, fãs e colegas da autora brasileira fizeram sugestões e análises sobre as obras.

Inclusive advogados manifestaram seu apoio à quadrinista. Simultaneamente, é possível encontrar diversas threads feitas por usuários mostrando os elementos parecidos, e quase idênticos, em diversos pontos da história.

Por outro lado, outras pessoas apontaram semelhanças entre as duas obras com outros conteúdos ainda mais antigos, como o filme The Void (2016) e o jogo Control (2019). Nesse caso, as inspirações seriam as mesmas, com base no escritor de terror cósmico H. P. Lovecraft.

No entanto, na maioria das análises, os usuários recomendam consumir as duas obras para tirar as próprias conclusões.

A série 1899, de produção original da Netflix, estreou na quinta-feira, dia 17 de novembro. Segundo a sinopse da plataforma, um grupo de exploradores descobre um navio em mar aberto, que desapareceu há meses, e embarcam em uma jornada sci-fi com mistérios e pesadelos. A obra é dos mesmos criadores de Dark.

Enquanto isso, Black Silence, de Mary Cagnin, é um quadrinho de ficção científica ambientada num futuro distópico pós-apocalíptico, como descreve em seu blog, onde é possível comprar a versão física ou online para conferir.

 

Fonte: PublishNews, Twitter

Imagens: TecMundo, Twitter, UOL

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