Ciência e Tecnologia

Erupção solar gigante atinge Terra, Lua e Marte

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No dia 28 de outubro de 2021, um fenômeno astronômico significativo ocorreu: uma poderosa ejeção de massa coronal, também conhecida como erupção solar. Ela atingiu simultaneamente a Terra, Marte e a Lua.

No entanto, a magnitude do evento saiu apenas nesta terça-feira (2). A publicação está em um artigo publicado na Geographical Research Letters, que utilizou dados fornecidos pela Agência Espacial Europeia (ESA).

Essa foi a primeira vez que registraram um evento dessa natureza de forma tão ampla. Assim, demonstra a intensidade e o impacto da erupção solar nesse dia específico.

Registrar um evento tão grandioso fora do nosso planeta é um desafio, razão pela qual a medição foi possível, graças a uma colaboração entre diversas espaçonaves internacionais.

Entre elas estavam o ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) da ESA, o rover Curiosity Mars da NASA, o módulo de pouso Chang’e-4 da CNSA, o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da NASA e o orbitador terrestre Eu:CROPIS da DLR.

Via Wikimedia

Massa coronal

A ejeção de massa coronal (EMC), também conhecida como “massa coronal” ou “CME” (do inglês, Coronal Mass Ejection), é um fenômeno astronômico que ocorre no Sol.

Ela é caracterizada pelo lançamento de enormes quantidades de partículas carregadas, principalmente prótons e elétrons, e campos magnéticos na coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol.

A coroa solar é uma região muito quente e tênue que rodeia o Sol, e é onde as EMCs têm origem.

Essas ejeções podem ser desencadeadas por eventos como erupções solares ou de filamentos solares, que liberam repentinamente uma grande quantidade de energia magnética acumulada na atmosfera solar.

A liberação de energia resulta na expulsão de bilhões de toneladas de matéria solar para o espaço.

As EMCs têm um grande impacto no ambiente espacial ao redor do Sol e além dele.

Quando uma EMC segue para a Terra, ela pode interagir com o campo magnético do nosso planeta, provocando tempestades geomagnéticas e afetando as comunicações de rádio, sistemas de navegação por satélite e redes elétricas.

No entanto, a atmosfera e o campo magnético da Terra proporcionam proteção contra a maior parte dos efeitos nocivos dessas ejeções.

Além disso, as EMCs também podem atingir outros planetas do sistema solar, como Marte e a Lua.

Registro importante

A obtenção de medidas simultâneas em diferentes corpos celestes é de suma importância para aprofundar nosso conhecimento sobre o impacto das erupções solares.

Também verifica como os campos magnéticos e as atmosferas dos planetas podem proteger os astronautas contra esses eventos.

Com a Lua e Marte sendo alvos de futuras explorações humanas, é crucial compreender essas erupções solares e seu potencial impacto no corpo humano.

Os astronautas estão expostos ao risco de radiopatia, e uma dose de radiação acima de 700 miligrays pode causar danos à medula óssea. Isso resulta em sintomas como infecção e sangramento interno.

Além disso, o estudo das erupções solares também é essencial para preparar missões espaciais tripuladas de longa duração.

Via UFMG

A coleta de informações se dá por meio de missões robóticas, como a ExoMars TGO. Elas permitem que os cientistas planejem a melhor forma de proteger os exploradores humanos durante suas jornadas pelo sistema solar.

Medir o ambiente de radiação no espaço é fundamental para proteger infraestruturas críticas, como satélites e astronautas.

No âmbito do programa Artemis, que enviará astronautas à Lua, está prevista a criação de uma estação espacial em órbita lunar chamada Gateway, equipada com três conjuntos de instrumentos que monitorarão o ambiente de radiação ao redor da Lua e dentro da estação.

Essa abordagem visa garantir a segurança dos astronautas em missões futuras e, ao mesmo tempo, aprofundar nossa compreensão sobre os fenômenos solares que podem impactar o espaço sideral e nossas futuras explorações espaciais.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: UFMG, Wikipedia

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