O nosso planeta esconde segredos que nem mesmo os maiores cientistas conseguiram compreender. Por causa de sua imensidão e tempo de vida, diversas coisas ainda são segredos para nós. Cientistas descobrem, diariamente, diversas coisas. Como por exemplo, novas espécies de animais, plantas e outras coisas. Os arqueólogos buscam objetos perdidos que possam ajudar a decifrar o passado. Com isso, o mundo segue e vez ou outra, grandes notícias chocam todos.
A imensidão dos oceanos abriga um número incontável de criaturas de todos os tipos. Além de fenômenos curiosos. Esse lugar tem chance de ser uma das partes mais inexploradas e, por isso, surpreendentes do planeta Terra.
Acredita-se que os oceanos tenham uma profundidade média quatro mil metros. O que é um dos motivos de o ser humano ainda não conhecer todas as partes desse lugar. Além de serem comuns as recorrentes descobertas de novas espécies de animais que habitam os oceanos. E, inclusive, a redescoberta de animais pré-históricos até então considerados extintos.
E às vezes, a exploração do oceano nos dá a imagem de criaturas que não sabemos ao certo o que são. Como por exemplo essa imagem de uma faixa de clones com tentáculos unidos se movimentando pela costa da Austrália.
Check out this beautiful *giant* siphonophore Apolemia recorded on #NingalooCanyons expedition. It seems likely that this specimen is the largest ever recorded, and in strange UFO-like feeding posture. Thanks @Caseywdunn for info @wamuseum @GeoscienceAus @CurtinUni @Scripps_Ocean pic.twitter.com/QirkIWDu6S
— Schmidt Ocean (@SchmidtOcean) April 6, 2020
Os chamados sifonóforos conseguem borrar a linha entre órgão e organismo. Isso porque, de alguma forma, eles são os dois ao mesmo tempo.
“A coisa toda parece um animal, mas muitos milhares de indivíduos formam uma entidade em um nível superior”, explicou o biólogo marinho Stefan Siebert.
Recentemente uma equipe de pesquisadores internacionais de institutos como o Western Australia Museum, o Schmidt Ocean Institute e o Scripps Institution of Oceanography se deparou com esses verdadeiros alienígenas do fundo do mar.
Quando eles viram o sifonóforo estavam explorando uma parte pouco estudada e biologicamente rica do oceano na costa da Austrália Ocidental. Eles estavam fazendo essa exploração como ROVs e sonar e a criatura apareceu no caminho de volta.
“Todo mundo ficou impressionado quando apareceu. Havia muita empolgação. As pessoas chegaram à sala de controle de todo o navio. Sifonóforos são comumente vistos, mas este era grande e de aparência incomum”, disseram os biólogos Nerida Wilson e Lisa Kirkendale, do Western Australian Museum.
“Embora os pilotos de ROV tenham feito uma estimativa de seu comprimento, ele ainda precisa ser medido formalmente. No entanto, parece ser mais longo do que qualquer outro animal do planeta”, continuaram.
Some of the clones specialize in catching prey. Their slender bodies hang with a single long tentacle dangling like a hook-studded fishing line. Like the frilled tentacles of another siphonophore pictured below…
(pic: @SchmidtOcean https://t.co/UIJt6aLSNn) pic.twitter.com/7nDOKFqSUZ— Open Ocean Exploration (@RebeccaRHelm) April 6, 2020
Eles estimaram que o anel externo tenha cerca de 47 metros de comprimento. Essa criatura gigante é composta de indivíduos minúsculos chamados zooóides. Eles se clonam milhares de vezes em uma de suas várias formas. Alguns deles tem tentáculos e outros iscas vermelhas para atrair comida. Outros são especializados em reprodução ou movimento. Cada um deles age como um órgão no corpo sifonóforo maior.
O sifonóforo que foi capturado em vídeo “parece ter assumido uma postura de alimentação plana, o que faz parecer um OVNI em espiral”, explicam Wilson e Kirkendale.
Para uma colônia ser tão grande assim tem que haver, pelo menos, milhões desses órgãos-indivíduos trabalhando juntos para conseguir alimento. Eles compartilham o alimento passando os nutrientes ao longo de um caule pelo qual estão conectados. Esse ramo vertical também serve de passagem para os sinais nervosos.
A bióloga Rebecca Helm, da Universidade da Carolina do Norte Asheville, acredita que existem milhões desses sifonóforos flutuando pelo oceano. Juntamente com outras criaturas estranhas que eles interagem.