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Essa é a cidade brasileira que está entre as cidades “menos amigáveis” do mundo para estrangeiros

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Um ranking inusitado colocou as cidades menos amigáveis do mundo, e temos representantes brasileiros na lista.

Experiências turísticas são sempre únicas e subjetivas, mas há alguns lugares que ganharam fama por serem considerados pouco acolhedores aos visitantes devido ao grande número de turistas.

Em um novo estudo realizado pela Preply, uma plataforma ucraniana de aprendizado de idiomas, foi calculado o ‘índice de espírito comunitário’ das cidades que são destinos turísticos globais.

Com base em seis indicadores, as cidades foram classificadas como mais ou menos receptivas aos turistas, e uma lista foi divulgada em abril.

De acordo com a lista, o Rio de Janeiro recebeu uma pontuação baixa em uma das avaliações, encontrando-se próximo ao final de uma lista que incluía 53 destinos ao redor do mundo.

Via Outlook

Critérios avaliativos

A Preply utilizou seis critérios de avaliação para calcular o “índice de espírito comunitário”.

Embora sejam em sua maioria subjetivos, a plataforma se esforçou para aumentar o nível de objetividade ao utilizar índices e dados. Os tópicos considerados na avaliação são:

  1. Taxa de retorno de visitantes (porcentagem de turistas que retornam à cidade após a primeira visita);
  2. Acomodações amigáveis (porcentagem de avaliações de hotéis e acomodações que mencionam o termo “amigável” em resenhas e comentários);
  3. Respeito da comunidade (índice de segurança da cidade para moradores e visitantes);
  4. Aceitação da diversidade (índice de igualdade para a população LGBTQIA+ na cidade);
  5. Felicidade (índice de felicidade dos residentes);
  6. Facilidade de comunicação (proficiência e conhecimento da língua inglesa pela população local).

Dessa forma, com base nesses critérios, o ranking colocou as cidades menos amigáveis em todo o mundo.

Cidades menos amigáveis

Via Limber

Entre as 53 cidades avaliadas pela Preply, oito das dez primeiras estão localizadas em países onde o inglês é a língua nativa, o que pode indicar uma clara vantagem no critério de “facilidade de comunicação” na avaliação da plataforma.

No entanto, duas cidades fogem dessa tendência: Copenhague, na Dinamarca, e Montréal, no Canadá. Esta última é uma cidade bilíngue, onde a maioria dos habitantes fala francês e inglês.

A cidade canadense de Toronto ocupou o primeiro lugar no ranking. O Brasil ficou na 49ª posição, com o Rio de Janeiro, entre Délhi (48º) e Mumbai (50º), ambas na Índia.

O Rio de Janeiro recebeu uma pontuação baixa no quesito de acomodações amigáveis, assim como Lyon, na França. Além disso, a cidade carioca teve a pior avaliação em termos de segurança, de acordo com o ranking.

Via UOL

Críticas

O ranking das cidades mais amigáveis para estrangeiros divulgado pela Preply tem sido alvo de críticas por parte de muitos usuários nas redes sociais.

Diversos apontamentos foram feitos, sugerindo que as cidades consideradas mais amigáveis são aquelas que são convenientes e mais bem desenvolvidas.

Enquanto isso, as cidades menos amigáveis, em sua maioria, seriam vistas como subdesenvolvidas ou fora do eixo europeu.

Essas críticas levantam preocupações sobre a validade e a objetividade dos critérios utilizados na avaliação.

Alguns usuários argumentam que os índices utilizados na pesquisa podem estar enviesados em favor de cidades com maior infraestrutura e desenvolvimento econômico. Isso acaba favorecendo as cidades mais prósperas e populares entre os turistas.

No entanto, é importante considerar que os critérios de avaliação podem ter uma influência significativa nos resultados finais.

Por exemplo, ao enfatizar a “facilidade de comunicação”, onde o inglês é a língua predominante, há uma tendência de beneficiar países de língua inglesa.

Isso pode excluir muitas cidades e destinos turísticos ao redor do mundo, que podem oferecer experiências culturais ricas, mas possuem barreiras linguísticas mais acentuadas.

Além disso, as críticas também ressaltam a falta de representatividade global na lista.

Ao focar principalmente em países europeus e privilegiar destinos considerados mais tradicionais, o ranking pode deixar de fora cidades vibrantes e acolhedoras em outras partes do mundo.

Estereótipos

Essa visão limitada pode reforçar estereótipos e preconceitos, marginalizando destinos menos explorados e subestimando sua hospitalidade e atratividade turística.

Diante dessas críticas, é necessário refletir sobre a importância de abordar a diversidade cultural, social e econômica ao avaliar a amigabilidade de uma cidade para estrangeiros.

Por fim, é fundamental considerar um conjunto mais amplo de critérios que reflitam a realidade e as peculiaridades de cada local, evitando vieses e estereótipos que possam distorcer a percepção e valorização de diferentes destinos turísticos.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, Outlook

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