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Médico polonês salvou várias pessoas dos nazistas com diagnóstico falso

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Entre 1939 e 1945 aconteceu um dos períodos mais violentos e perturbadores da nossa história, a Segunda Guerra Mundial. E quem foi mais afetado nessa época foram os civis dos países em guerra. Contudo, nem todos eles concordavam com o que seus representantes estavam fazendo, como por exemplo, o médico polonês Eugene Lazowski.

Posteriormente o médico ficou conhecido como o “Schindler Polonês”. Na época em que a Alemanha invadiu a Polônia, ele tinha somente 26 anos e já era formado em medicina. O homem serviu como segundo-tenente do exército de seu país. No entanto, ele acabou sendo pego e preso em um campo de prisioneiros, do qual Lazowski conseguiu fugir.

De acordo com o The Times of Israel, depois que Lazowski escapou, ele foi morar em um subúrbio de Stalowa Wola, na Polônia, e começou na Cruz Vermelha Polonesa. Nessa época estava acontecendo o holocausto, e por conta disso os judeus eram perseguidos e precisavam fugir constantemente. Por conta disso, na Polônia tinham se formado vários guetos judeus, sendo um deles do lado do quintal de Lazowski.

Nesse local tinham, pelo menos, 400 judeus. Antes de eles serem dizimados pelos nazistas, o médico tratou alguns deles secretamente e lhes deu suprimentos médicos.

Plano do médico

Aventuras na história

O médico era um membro ativo do chamado Exército da Pátria, que era um movimento polonês de resistência aos alemães. Por conta disso, ele pensou em formas de ajudar os judeus.

Na época existia um medo muito grande das tropas nazistas ao tifo, que era uma doença transmitida pelos piolhos e que até dizimou regimentos inteiros. E como o povo perseguido eram os judeus, os alemães disseram que a doença vinha deles. Tanto é que as propagandas antissemitas mostravam os judeus como sendo as pessoas que tinham os piolhos infectados com a doença.

Logo que o gueto judeu foi dizimado, em julho de 1942, Stanislaw Matulewicz, também médico e amigo de Lazowski, descobriu que era possível fazer uma pessoa testar positivo para tifo mesmo que ela não estivesse realmente com a doença. Isso era possível graças à injeção de um tifo epidêmico “morto”.

Por conta de todo o medo em relação a ela, quando os nazistas viam alguém infectado a pessoa era mandada para uma quarentena. Contudo, se a pessoa fosse um judeu ela era baleada no mesmo lugar onde foi encontrada e sua casa era incendiada.

Então, depois que os médicos descobriram que era possível fazer com que alguém testasse positivo, eles começaram a ajudar os judeus que estavam perto deles. Com isso, eles injetaram o vírus morto tanto nos aldeões poloneses como nos judeus. Quando eles testaram positivo, os nazistas pensaram que todos eram poloneses e os mandaram para uma zona de quarentena.

Depois de dois meses, 12 aldeias vizinhas foram colocadas na zona de quarentena. A iniciativa do médico fez com que efetivamente oito mil habitantes, dentre eles judeus, fossem salvos.

Problemas

Aventuras na história

Mesmo essa iniciativa sendo boa, o tifo morto que era injetado não fazia com que as pessoas tivessem sintomas. Por isso que a falta de pessoas morrendo por conta da doença, que os nazistas acreditavam ser letal, começou a chamar atenção.

Por conta disso, a Gestapo, que era a polícia secreta nazista, mandou uma comissão para investigar aquela zona de quarentena. Mas o médico tinha pensado em um plano. Quando a polícia ia, ele sempre deixava a vodka, música e uma linguiça polonesa sendo servidas para distrair os agentes.

Mesmo o plano dando parcialmente certo, no fim da ocupação da Polônia, um soldado alemão disse ao médico que ele iria ser preso porque tinham visto ele cuidando de membros do Exército da Pátria. Por conta disso, Lazowski, sua esposa e filha fugiram da cidade.

Fonte: Aventuras na história

Imagens: Aventuras na história

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