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Essa família vive e viaja o Brasil em um ônibus de linha

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Embarcar em uma aventura é o sonho de muita gente, mas não a realidade de todos. No entanto, existem aquelas pessoas que realizam esse sonho, como por exemplo, essa família que fez de um ônibus de linha a sua casa.

As pessoas que decidem se mudar para um motorhome para viver e viajar em um só lugar geralmente acabam transformando kombis ou carros comuns em suas casas. Contudo, nesses veículos é difícil ter o espaço para todas as coisas que se precisa na estrada.

Entretanto, nem todas as pessoas que vivem em um motorhome têm esses veículos “comuns”. Esse casal de músicos brasileiros encontrou uma solução perfeita para conseguirem morar em um veículo sem passar nenhum aperto.

Motorhome no ônibus

Eles são conhecidos por seus nomes artísticos de Bardo e Fada e ficaram anos viajando em uma kombi com uma barraca no teto. Eles viviam no veículo enquanto viajavam o país fazendo suas apresentações musicais. Entretanto, há cerca de dois anos eles descobriram que era possível, e relativamente barato, comprar um ônibus de linha, desses que roda na cidade, quando acontece a troca da frota.

Vendo isso, o casal comprou o veículo. “Pagamos incríveis R$ 24 mil no ônibus. E estava tudo certo com ele. Isso nos levou a um outro nível de conforto na estrada. Hoje, vivemos em um belo apartamento móvel. É uma casa completa, com cozinha, três quartos, banheira, banheiro seco e uma sala, em espaços construídos por nós mesmos. Tudo muito simples e rústico, mas funcional”, disse Fada.

O casal precisava desse espaço, até porque o ônibus não é apenas para os dois. Na estrada, junto com eles, estão as duas filhas do casal e o cachorro. Com seu motorhome gigante, a família passou, somente nos últimos dois anos, por aproximadamente 50 cidades do Brasil. Eles conheceram as diversas paisagens e belezas desses lugares enquanto levavam sua música para os moradores locais e turistas.

Sem rotina

UOL

“Se tem uma coisa que não conhecemos é rotina. Vivendo na estrada, perdemos as contas dos dias da semana ou do mês. Às vezes, descobrimos que é domingo porque chegamos em alguma cidade e encontramos o lugar vazio. Gostamos muito dessa liberdade”, pontuou Fada.

Quando estão na estrada, normalmente a família estaciona o ônibus em postos de combustíveis que dão uma segurança maior para eles passarem a noite. Contudo, quando eles estão em alguma cidade pequena, eles estacionam sua casa na rua mesmo.

Além disso, a rua também é o palco para esse casal de músicos. “Carregamos uma pequena caixa de som, uma guitarra e um microfone. E tocamos em lugares públicos para quem quiser ouvir. Tocamos rock internacional e algumas canções autorais que podem ser encontradas no Spotify ou YouTube, procurando por ‘Bardo e Fada’. Vivemos do dinheiro arrecadado com o público durante esses shows”, explicou.

Por se apresentarem tanto nas capitais do país como em pequenos municípios no interior é normal eles terem um público de dezenas, ou até mesmo centenas, de pessoas por onde passam.

E claro que além de eles compartilharem sua música com as pessoas, esse estilo de vida rendeu ao casal várias histórias, sejam elas boas ou não. “Em Tiradentes, Minas Gerais, fiscais vieram pedir para que parássemos um show, porque o público lotou a rua e os carros não conseguiam passar. O problema é que nosso espetáculo ocorria no meio de um encontro de motociclistas, que ficaram furiosos com os fiscais que queriam acabar com a música. Tivemos que pedir para que as pessoas se acalmassem e liberassem a passagem da rua. Acabamos indo tocar em outro lugar. Rimos muito depois, mas na hora foi assustador”, lembrou ela.

Na estrada

Mesmo com algumas histórias não tão boas, a vida nômade a bordo do ônibus, e antes da kombi, proporcionou ao casal e às suas filhas verem os mais diferentes lugares do Brasil, seja as cachoeiras de Minas Gerais, rafting no interior de São Paulo, até as trilhas de montanhas, praias e por aí vai.

E o destino da família é incerto. Eles deixam que a música e o vento os levem para seu próximo lugar.

“Nunca planejamos para onde ir. As coisas simplesmente acontecem. Basta um convite que queremos aceitar, um amigo de quem sentimos falta ou alguma coisa da qual não gostamos e vamos embora. É muito raro a gente ficar mais de um mês no mesmo local, a não ser que seja um lugar muito bom”, concluiu Fada.

Fonte: UOL

Imagens: UOL, YouTube, Instagram 

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