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Essas 15 séries definem o século 21

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Quando pensamos na mídia do século 20, alguns exemplos específicos vêm em mente, como “Tempos Modernos”, com Charlie Chaplin, e “Os Homens Preferem as Loiras”, com Marilyn Monroe. Então, quais são os exemplos do século 21? No mundo das séries, podemos destacar as 15 produções que definem esse século.

“A televisão sempre revela algo a respeito de quem somos”, diz o crítico Caryn James. No ano de 2022, a BBC Culture relacionou as 100 melhores séries da televisão do século 21, de acordo com críticos da TV e jornalistas internacionais.

Sendo assim, existem aquelas séries que mais definem o século 21, a forma como vivemos e como pensamos, indicando como as próximas décadas podem ser. Em nenhuma ordem específica, as seguintes séries romperam limites, foram influentes e mostram como é a vida especificamente no século 21.

No futuro, quando as crianças acessarem seus dispositivos na aula de história para refletir sobre este século, elas provavelmente irão assistir alguns episódios das seguintes produções da TV.

Pose

pose séries

Copyright 2016, FXX Networks

“Pose é mais que apenas um programa de TV. Como a primeira série a verdadeiramente celebrar mulheres trans negras, apenas sua existência faz dela uma declaração vital, que tem mais poder de mudar o mundo que talvez qualquer outro programa desta lista”, defende David Opie, jornalista da área de TV, Digital Spy (Reino Unido).

“Pose nos ensinou como fazer exatamente isso: viver nossa verdade, triunfar como pessoas queer, porque o tipo certo de representação não apenas ajuda grupos marginalizados a se sentir vistos. Pode inspirar pessoas a viver suas próprias verdades, mesmo diante de esmagadora adversidade. E, nas circunstâncias corretas, séries como Pose podem até mesmo salvar vidas.”

The Office (Reino Unido e EUA)

“É possível se identificar com The Office, já que muitos de seus personagens nos lembram pessoas com quem já trabalhamos ou chefes que já tivemos. É por isso que a considero uma grande série. O estilo de ‘documentário-gozação’ adiciona uma dose extra de realismo que nos atrai ao mundo da empresa de papel Wernham Hogg – e sua versão dos Estados Unidos tornou-se um dos melhores programas da TV americana de todos os tempos”, conta Ayomide Tayo, jornalista da área de TV, Opera News (Nigéria).

RuPaul’s Drag Race

“A competição conseguiu subverter o espaço heteronormativo dos realities, enquanto inspirava suas legiões de fãs a ter orgulho de sua individualidade. Onde mais, no mundo da TV popular, você poderia encontrar discussões dolorosamente honestas sobre crescer sendo homossexual, terapia de conversão, direitos das pessoas trans, racismo, imagem corporal, moradores de rua, serviços de saúde e homofobia? Drag Race ofereceu uma visibilidade muito necessária, no meio de seu humor e sua vivacidade”, explica Jennifer Gannon, jornalista e apresentadora freelancer (Irlanda).

Planeta Terra

“A deslumbrante narração de David Attenborough captura o espírito de Planeta Terra, uma série épica com toda a brincadeira, curiosidade e seriedade desse grande apresentador britânico de programas sobre a natureza. Com a ameaça da crise climática e a extinção em massa de muitas espécies, Planeta Terra nos mostra por que vale a pena salvar a natureza, com o público gritando em apoio a uma iguana que tenta fugir de cobras ou uma morsa protegendo seu filhote de um faminto urso polar”, conforme Leila Latif, jornalista da área de TV (Reino Unido).

BoJack Horseman

“Goste ou não, BoJack Horseman força você a questionar sua própria moralidade com o tocante cuidado de uma ex”, destacou Daniel Tihn, jornalista da área de TV, jornal The Times of Malta (Malta).

“BoJack me lembrou minha experiência numa montanha-russa: eu, sem saber o que estava para vir, escolhi entrar, e assim que começou, gritar ou chorar, não importa quanto, não me tiraria dali antes do fim. E então eu comprei outro ingresso.”

Fleabag

Reprodução

“Baseada num monólogo que Phoebe Waller-Bridge apresentou pela primeira vez no palco, a série de TV Fleabag pegou as melhores partes do conceito original – uma mulher com todos os seus defeitos e falhas à mostra – e as ampliou”, explica Nadia Neophytou, jornalista freelancer (Estados Unidos).

Small Axe

“A série antológica de filmes de Steve McQueen, sobre os esforços e as celebrações dentro da comunidade negra das Índias Ocidentais em Londres, entre 1962 e 1981, já era necessária havia muito tempo. Mas chegou no final de 2020 como um estudo histórico sensorial e produzido com respeito”, disse Beth Webb, jornalista da área de TV, de Empire, Pilot TV e NME (Reino Unido)

The Thick of It

“O começo do novo século foi marcado por uma hedionda tendência de “novo otimismo” na comédia americana, em que uma redenção espiritual estava disponível até mesmo àqueles que menos mereciam. No lado oposto do espectro estava The Thick Of It, a sátira britânica ácida de Armando Iannucci, cuja premissa central era de que todos envolvidos no governo eram idiotas desprezíveis interessados apenas em sua própria preservação”, disse Ali Arikan, crítico de cinema freelancer (Turquia).

Girls

“Girls nunca teve como objetivo ser um retrato amplo de mulheres millennials. Era uma sátira sobre o privilégio branco e o egotismo do século 21. Mas, porque também era uma das poucas descrições semirrealistas da vida urbana da geração Y, os espectadores esperavam algo que a série nunca esteve disposta a oferecer. Essa falha de comunicação, exacerbada por várias artigos de opinião instantâneos, manchou o legado de Girls injustamente”, defende Anton Vanha-Majamaa, jornalista da área de TV freelancer (Finlândia).

Black Mirror

“Black Mirror tornou-se um fenômeno cultural mundial numa era dominada por dramas em série que nos fazem assistir um episódio atrás do outro por horas – um feito significativo para um programa antológico definido por temas, em vez de arcos narrativos contínuos”, conta José Gonzalez Vargas, jornalista de TV freelancer (Espanha).

“As tramas especulativas e provocativas da criação de Charles Brooker, juntamente com interpretações fantásticas, fizeram do programa um sinônimo das ansiedades ligadas ao progresso tecnológico – e sublinhando a série está sempre presenta a pergunta: ‘Será que fomos longe demais?'”.

Game of Thrones

Trono de Ferro

Reprodução/HBO

“Game of Thrones redefiniu a televisão, aparecendo depois de várias incríveis séries de prestígio. Mas tinha algo a mais. Tinha peso. Tinha seriedade. Era épica, espetacular e grandiosa. Como uma crônica de nobres e pessoas comuns, lealdade cega e trapaças, ambições alardeadas e fracassos épicos, romance e amor proibido, Game of Thrones poderia ser comparada com Shakespeare.”, afirma Toni Kan, escritor e crítico de cultura do site thelagosreview.ng (Nigéria).

“Isso misturado com A Noite dos Mortos Vivos e O Dia Depois de Amanhã, uma fantasia pós-apocalíptica mascarada de drama histórico. Também foi uma sublime experiência cinemática com apelo global de massa.”

La Casa de Papel

“Quando as pessoas recorreram aos sites de streaming para preencher seus dias durante a pandemia de Covid-19, uma série em particular avançou além das outras, com 65 milhões de espectadores nas primeiras quatro semanas em que quase o mundo todo ficou sob confinamento: La Casa de Papel. E é óbvio o motivo: La Casa de Papel é incansável. Essa série de ação foi criada para espectadores do século 21, com mudanças na trama que nunca decepcionam, com bom ritmo e interpretações fantásticas de cada ator”, explica Ingunn Lára Kristjánsdóttir, jornalista de TV, Fréttablaðið (Iceland).

Lost

“Lost alterou o panorama de como assistir a programas de TV de várias maneiras, muitas das quais continuam sendo sentidas 17 anos depois que o drama de estilo desastre desabou na TV em 2004. Seus criadores construíram uma mitologia em torno da misteriosa ilha da série que enviou seus fãs para para decifrar pistas na internet, hoje em dia uma prática extracurricular comum para aqueles obcecados com séries baseadas em enigmas”, aponta Jen Chaney, jornalista da área de TV do site Vulture, parte da revista New York (Estados Unidos).

Grey’s Anatomy

“Com Grey’s Anatomy, Shonda Rhimes não apenas deu à luz o drama médico mais duradouro da história da TV em horário nobre, mas nos presenteou com uma série que verdadeiramente definiu uma cultura”, defende Marriska Fernandes, crítica de cinema e TV freelancer (Canadá).

O Conto da Aia

Reprodução

“Poucas séries tiveram a perturbadora ressonância social e política de O Conto da Aia. A visão distópica do Estado patriarcal Gilead, que escraviza mulheres férteis, forçando-as a ter filhos para seus chamados Comandantes, criada por Margaret Atwood em 1985, caiu como um alerta futurístico sobre ameaças aos direitos das mulheres”, segundo Caryn James, crítico da BBC Culture (Estados Unidos).

Fonte: BBC

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