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Muitas horas vendo TV aumenta o risco de trombose

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Praticamente todo mundo gosta de assistir TV, independente de qual seja a programação. Sentar no sofá ou deitar na cama em frente à TV pode ser um dos maiores prazeres da vida, ainda mais se você está vendo algo que gosta. Contudo, esse hábito pode não ser uma coisa boa e pode estar relacionado com um maior risco de trombose.

Nesse caso, a “TV” é qualquer tela. Embora os serviços de streaming realmente se transformaram no que era a “televisão” para várias pessoas e 69% delas deixaram de assistir televisão aberta para consumir os conteúdos dos streamings, elas ainda estão em frente a um tela e também correm o risco de trombose.

A trombose, nada mais é do que a formação de um coágulo no sangue, chamado trombo. Esse coágulo dificulta a circulação de um vaso sanguíneo qualquer. Dependendo do lugar que for afetado por essa obstrução, e do quão grande estiver o quadro, os sintomas podem variar. Os mais comuns são inchaço, vermelhidão, limitações de movimento e dor.

Relação

Olhar digital

O que relaciona essa doença com quem assiste muita TV foi visto pelos pesquisadores da Universidade de Bristol. No começo desse ano, eles publicaram um estudo que analisou a relação entre assistir TV durante muitas horas e o aumento do risco de trombose, seja ela o tromboembolismo venoso (TEV), ou a trombose venosa profunda.

Esses dois casos formam os coágulos de sangue, que podem até ir para os pulmões, causando embolia pulmonar, uma condição grave que pode levar à morte.

Segundo Kunutsor, autor sênior do estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Inglesa, o estudo deles foi feito através de uma revisão sistemática que reuniu evidências coletadas por três estudos. Ao todo, eles tiveram uma amostragem de 131.421 participantes com 40 anos ou mais sem TEV pré-existente.

Estudo

Tudo tecnologia

Para conseguir o resultado final, os pesquisadores usaram a combinação dos resultados, integrados em um sistema chamado metanálise. Como resultado, eles viram que assistir TV por quatro ou mais horas por dia está relacionado com 35% mais risco de que a pessoa tenha trombose, isso quando comparado às pessoas que assistem TV por menos de duas horas e meia.

“Se você vai maratonar na TV, precisa fazer pausas. Pode ficar de pé e se alongar a cada 30 minutos ou usar uma bicicleta ergométrica. E evite combinar televisão com lanches não saudáveis”, ressalta Kunutsor.

Vício

Tem alguém assistindo?

Esse vício em TV, quando se torna problemático, não é definido pelo número de episódios que alguém assiste, mas sim por um número específico de horas que se gasta na frente da televisão ou da tela do computador.

Assim como acontece com outros comportamentos de vício e dependência, o ponto mais importante para se levar em consideração em um possível vício em TV é se essa compulsão está causando um impacto negativo em outros aspectos da vida da pessoa.

Da mesma forma que outros vícios, como em sexo, trabalho e exercícios, não se reconhece o vício em assistir televisão oficialmente por nenhum manual psiquiátrico. Além do mais, não se tem estimativas precisas da prevalência desse problema. No entanto, pesquisas a esse respeito estão crescendo.

“Sugiro definir limites diários realistas. Para mim, são duas horas e meia se eu tiver trabalho no dia seguinte, ou até cinco horas se não tiver. E só comece a assistir como uma recompensa para si mesmo depois de fazer tudo o que precisa em termos de trabalho e obrigações sociais”, disse o pesquisador Marque Griffiths, que passou anos estudando o vício em TV.

Além disso, um ponto importante a ser lembrado é que a diferença entre um entusiasmo saudável em ver TV e um vício é que, no primeiro caso, a atividade soma na vida da pessoa, já no segundo ela prejudica.

Fonte: Tecmundo

Imagens: Olhar digital, Tudo tecnologia, Tem alguém assistindo?

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