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Esse foi o naufrágio mais mortal da história

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Apesar de o naufrágio mais famoso do mundo ser o Titanic, o mais mortal foi o do navio Wilhelm Gustloff em 1945. Notícias da imprensa internacional apontam que o Wilhelm Gustloff  levou à morte seis vezes mais pessoas que o Titanic.

De acordo com o site El Español, “em 1945 o navio nazista Wilhelm Gustloff foi atingido por três explosivos de um submarino soviético. Como consequência afundou no Mar Báltico com, pelo menos, 9 mil refugiados a bordo.” Isso representa seis vezes mais que o número de mortes provocadas pelo Titanic.

O nome do navio foi uma “homenagem ao mártir” suíço do nacional-socialismo, assassinado em 1936. O Wilhelm Gustloff foi construído entre 1936 e 1937 em Hamburgo para a Força pela Alegria, organização civil que disponibilizava atividades culturais e recreativas para trabalhadores alemães.

As dimensões do navio eram de 208 m de comprimento, boca (largura) de 23.5 m, e calado de 6,5 m. Somente a tripulação era de 417 pessoas, e o transporte ainda comportava até 1.465 passageiros.

Logo após ficar pronto, uma das rotas mais regulares era o arquipélago da Madeira com escala em Lisboa. No entanto, com a guerra, o navio se tornou um hospital que trazia para casa os feridos da campanha de Narvik na Noruega. 

Em seguida, ele foi transformado em navio alojamento e entregue à escola de submarinos para ser utilizado como sala de aula e quartel.

O naufrágio mais mortal da história

Foto: Wikimedia Commons

Nesse período, a Segunda Grande Guerra estava no fim. Berlim ameaçava cair devido ao avanço russo. 

Assim, de acordo o El Español, o navio foi utilizado nos últimos meses da guerra para resgatar pessoas que tentavam fugir dos avanços soviéticos, partindo de Gotenhafen (Gdynia, na Polônia), rumo ao norte.

Mesmo com a sua capacidade de 1.500 passageiros e cerca de 400 tripulantes, o caos na cidade polaca acabou por levar a bordo uma massa de pessoas impossível de calcular. 

Testemunhas afirmam que durante o naufrágio haviam em torno de 10 mil pessoas. Entre eles, mil oficiais e marinheiros, 300 órgãos auxiliares do corpo feminino da Armada e 4 mil crianças.

Noite fria

Foto: Wikimedia Commons

Devido ao avanço soviético, a população alemã, civis e militares deslocaram-se para a cidade que estava o Wilhelm Gustloff. Mas viram-se encurralados.

Por causa disso, a única salvação era a fuga pelo navio. De acordo com o documentário do National Geographic Channel, The Last Voyage of the Wilhelm Gustloff , “estima-se que 9.400 pessoas morreram no naufrágio. Esta seria a maior perda de vida durante um naufrágio na história marítima”.

A noite fria fez com que aproximadamente 10 mil pessoas se espremessem para achar um canto abrigado dos ventos. Segundo o El Español, “o navio recebeu uma pequena escolta, contudo pouco efetiva. Em primeiro lugar, o único navio que o acompanhava estava com o sensor detector de submarinos congelado”.

Além disso, a matéria aponta que em um ponto, o navio acendeu brevemente as luzes para evitar colidir com um caça-minas. Um intervalo curto que foi o suficiente para evitar a sua ruína, permitindo que o submarino soviético S-13 identificasse o clarão.

O primeiro torpedo explodiu contra a proa, ativando as anteparas e isolando os sobreviventes, o que se tornou uma armadilha mortal. O segundo destruiu a piscina coberta esvaziada para abrigar ajudantes da marinha, que faleceram instantaneamente. Já o terceiro, destruiu a sala de máquinas e tornou o navio inviável.

Após isso, foram 50 minutos agonizantes de luta e caos entre as pessoas que estavam no naufrágio. Além disso, o navio contava com um pequeno número de botes salva-vidas e muitos não foram baixados devido ao congelamento dos cabos.

O naufrágio também contou com cenas terríveis, em que militares atiraram nos próprios parentes para evitar a morte por afogamento. O site Smithsonian Magazine afirma que:

“O Gustloff foi palco de uma luta louca pela sobrevivência. Um deles, Horst Woit, que tinha apenas 10 anos, viu pessoas – muitas delas crianças – pisoteadas até à morte em um esforço para subir as escadas e entrar em um bote salva-vidas”, conforme repercutido pelo portal Mar Sem Fim.

Morte na água gelada 

Foto: Reprodução/ Aventuras na História

As pessoas que ficaram no navio notaram que a morte era iminente. Schön, que acabou dedicando anos para estudar o naufrágio do qual conseguiu sair vivo, contou no documentário do National Geographic Channel a agonizante decisão de um pai pendurado no navio inclinado de atirar na esposa e no filho.

No entanto, ficou sem munição na horar de atirar contra a própria cabeça. “Então soltou-se e deslizou atrás de sua esposa morta e seus filhos pelo convés gelado”, lembrou.

Já os barcos de resgate acionados pelo Gustloff enfrentaram o problema de quem buscar e quando parar os resgates. Eles também estavam em risco com o S-13 .

O comandante do torpedeiro Robert Hering, a bordo do T-36, precisou deixar muitos para trás quando seu barco estava em plena capacidade. Logo em seguida, ele teve que fazer manobras evasivas para não sofrer o mesmo destino que o Gustloff.

Aproximadamente uma hora depois de os torpedos o atingirem, o Gustloff afundou. 

Veja abaixo o vídeo do naufrágio mais mortal da história:

Fonte: Mar Sem Fim

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