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Como é determinada a força de um terremoto?

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Os terremotos são eventos na crosta terrestre causados devido à ruptura repentina de rochas. A força dos terremotos está associada a fortes tensões, responsáveis por liberar grande quantidade de energia na forma de ondas sísmicas. 

Os geofísicos utilizam diversas técnicas para determinar a velocidade dessas ondas nas rochas. Além disso, eles conseguem determinar onde aconteceu o terremoto e a que profundidade. Do ponto de vista científico, também é necessário conhecer qual é a energia liberada nos terremotos.

Agora imagine um terremoto em uma grande cidade. As ruas oscilando e rachando, os prédios desabando, as questões de energia, e os tsunamis em regiões litorâneas, provavelmente te deixaria em pânico.

Para nós, as informações acima ajudam a ter noção da força desse desastre. Já para a ciência, isso ajuda a determinar a sua classificação, sendo a mais conhecida a escala Richter. Mas além dela, existe outra escala, a Mercalli. Elas representam, em números, o poder do terremoto de duas perspectivas diferentes.

Escala Richter

Terremoto no Chile (Foto: Getty Images)

A escala Richter foi desenvolvida em 1935 por Charles F. Ricchter. Ela é utilizada para determinar a magnitude ou a energia liberada de um terremoto por meio das informações obtidas por sismógrafos.

Esta escala utiliza um padrão logarítmico, o que significa que cada aumento de um ponto na escala representa um aumento de 10 vezes na amplitude da onda sísmica do terremoto. 

Vale destacar que a energia transportada por uma onda é proporcional ao quadrado de sua amplitude. Sendo assim, ela é 101.5 vezes a sua amplitude, e por isso, cada magnitude representa um crescimento de aproximadamente 32 vezes na força de um terremoto.

Com isso, um terremoto de magnitude 7 na escala Richter libera 10 vezes mais energia que um de magnitude 6, e 100 vezes um na escala 5.

Mesmo que possua um impacto devastador, os terremotos de grande magnitude têm uma ocorrência baixa. A maior parte deles tem uma magnitude extremamente pequena, menos que 3 na escala Richter. 

De acordo com os especialistas, somente 15% de todos os eventos sísmicos têm intensidades maiores que 2.

Segundo o portal Eureka, o maior terremoto que se tem registro aconteceu no Chile em 1960. O terremoto teve magnitude estimada de 9,5, causou 1.900 mortes e um prejuízo de aproximadamente 4 bilhões de dólares em valores de hoje.

A escala de Richter dá uma ideia aproximada do impacto real de um terremoto. No entanto, o poder destrutivo dele muda dependendo da composição das rochas e do solo. Para fazer esta avaliação é usada a escala Mercalli.

Escala Mercalli

Terremoto no Haiti (Foto: EPA/ BBC)

A escala Mercalli é composta de níveis crescentes de intensidade que mudam de imperceptível para destruição total. Essa escala é apresentada em algarismos romanos. Além disso, não possui uma base matemática, mas sim um ranking arbitrário baseado em efeitos observados.

O valor da escala de Mercalli é determinado depois do terremoto. Como ela é baseada nas consequências do evento, é uma medida mais significativa para os cidadãos e para operações emergenciais.

Quando o terremoto tem baixa intensidade e somente algumas pessoas sentem a vibração, e não possui danos materiais, é classificado como um II. A classificação mais alta, um XII, é quando o desastre provocou destruição na  estrutura, o solo foi rachado e ainda causou outros desastres naturais, como deslizamentos de terra ou tsunamis.

As classificações de Mercalli são determinadas depois de os pesquisadores conversarem com diversas testemunhas oculares para descobrir o que ocorreu durante o terremoto.

Logo em seguida, eles usam os critérios da Mercalli para decidir sobre uma classificação apropriada.

Previsão dos terremotos

Terremoto na Indonésia (Foto: Reuters/ Syahir Muhammad)

Mesmo com a grande quantidade de informações sobre o que gera terremotos, e da grande quantidade de danos que foram coletados após os eventos, o que os cientistas conseguem atualmente é indicar zonas com possibilidade de eventos.

Essas zonas são próximas às placas tectônicas. No entanto, os geofísicos ainda não conseguem informar quando, exatamente onde e qual será a intensidade do terremoto.

Mas vale destacar que pesquisas recentes apontam que flutuações do campo magnético da Terra, flutuações da densidade eletrônica, sinais de rádio e mudanças no comportamento de animais podem ser usadas como indicadores de que um terremoto pode acontecer.

Embora isso possa ajudar, nenhuma das propostas citadas acima possui uma resposta significativa ao ponto de a comunidade científica conseguir prever o próximo evento.

Fonte: Eureka Brasil

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