História

Estátua de 11 mil anos na Turquia retrata homem gigante segurando pênis

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Em Göbekli Tepe e Karahan Tepe, na Turquia, considerados os “marcos zero” da história, os arqueólogos fizeram descobertas intrigantes de uma estátua com um homem gigante.

Inicialmente, em Göbekli Tepe, encontraram uma estátua esculpida em calcário de um javali em tamanho real. Enquanto isso, em Karahan Tepe, descobriram uma escultura de quase 11 mil anos representando um homem em uma cena ousada, possivelmente segurando seu próprio órgão genital. Sim, ele segurava o pênis.

A estátua do homem, com impressionantes 2,3 metros de altura, foi localizada dentro de uma estrutura firmemente ancorada ao solo.

Sua postura sentada, com destaque para costelas, coluna vertebral e ombros, sugere que a representação pode ter sido feita após a morte da pessoa.

O Ministério da Cultura e Turismo da Turquia destacou a expressão facial extremamente realista como uma das características mais impressionantes da arte pré-histórica.

Outras esculturas

Via Revista Galileu

Na mesma região de Karahan Tepe, os arqueólogos também descobriram uma escultura de um abutre fixada na parede e pratos de pedra colocados no chão.

Em Göbekli Tepe, a estátua do javali, datada do início do Período Neolítico Precoce (por volta de 8.700 a 8.200 a.C.), revelou-se única ao apresentar resíduos de pigmentos vermelhos, brancos e pretos em sua superfície.

O Instituto de Arqueologia Alemão, cujos pesquisadores contribuíram para a descoberta, detalhou que a língua do javali tinha tinta vermelha, enquanto os pigmentos preto e branco estavam em outras partes de seu corpo.

Essa estatueta do homem gigante é notável como o primeiro exemplo conhecido de uma estátua pintada desse período.

Homem gigante e animal

A estátua do animal repousa sobre um banco de pedra entre pilares. O lado frontal do banco, onde ela estava, possui adornos com baixos-relevos representando um símbolo “H”, um crescente, duas serpentes e três faces humanas, ou máscaras.

O propósito das recentes descobertas escultóricas permanece um mistério. O professor de antropologia Ted Banning, da Universidade de Toronto, que não participou da pesquisa, especula que o homem gigante segurando o órgão genital pode ser uma representação fúnebre de “um ancestral significativo associado ao edifício onde estava”, conforme compartilhou com o site Live Science.

Ele sugere que a representação da figura segurando o órgão genital é consistente com essa interpretação, possivelmente simbolizando que essa pessoa foi o progenitor de um grupo social, como uma linhagem ou clã, associado ao edifício.

O professor também levanta a possibilidade de que algumas estruturas eram originalmente coloridas, como a estátua do javali.

Segundo afirma, acredita-se que a maioria das esculturas sejam locais, pintadas naquele mesmo lugar.

Via Revista Galileu

Por que é o marco zero?

A descoberta do homem gigante e seu pênis em Göbekli Tepe e Karahan Tepe se tornou ainda mais significativa pela simbologia do marco zero.

O termo “marco zero” da história serve para descrever esses sítios porque desafiam as narrativas anteriores sobre o desenvolvimento da civilização. Eles indicam que a complexidade social e cultural pode ter surgido muito antes do que se pensava.

Assim, as descobertas nesses locais fornecem pistas valiosas sobre a evolução humana, indicando que sociedades mais complexas podem ter coexistido com comunidades nômades em uma escala muito anterior à compreendida anteriormente.

Inicialmente, eles remontam a cerca de 9600 a.C., tornando-se um dos mais antigos complexos arquitetônicos conhecidos. Assim, as descobertas de lá trazem noções únicas sobre as sociedades que se formaram inicialmente.

Além disso, ambos os locais apresentam monumentos complexos, como pilares de pedra esculpidos, relevos e estátuas, indicando uma sofisticação arquitetônica surpreendente para o período.

Ainda, as esculturas e os relevos encontrados nesses locais indicam propósitos ritualísticos e culturais. Representações simbólicas de animais e figuras humanas sugerem práticas cerimoniais, também ajudando a entender como a sociedade se organizava.

 

Fonte: Revista Galileu, Qual Viagem

Imagens: Revista Galileu, Revista Galileu

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