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Composto raro detectado na “Mona Lisa” revela um novo segredo, diz estudo

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É quase impossível alguém nunca ter ouvido falar da Mona Lisa, até porque ela é uma das obras de arte mais famosas do mundo. Também chamada de La Gioconda, ou Mona Lisa del Giocondo, a obra de Leonardo da Vinci ultrapassou todas as barreiras, e fez dele um dos homens mais eminentes do Renascimento Italiano.

O pintor começou essa obra em 1503, e representou uma mulher com sua expressão introspectiva e um semblante facial tímido. Em toda a história da arte, nenhum retrato conseguiu ser mais famoso e respeitado do que a Mona Lisa. Claro que por ser tão famoso, o quadro também é rodeado de perguntas e teorias da conspiração.

Claro que nem todas as teorias fazem sentindo, mas a de que a obra de arte esconde segredos pode sim ser verdadeira. Tanto é que, agora, Da Vinci pode também ser considerado um químico inovador.

Descoberta em Mona Lisa

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Isso porque ele foi ainda mais experimental com a Mona Lisa do que se imaginava. Além disso, de acordo com um novo estudo, o pintor provavelmente foi o criador de uma técnica vista em outras obras feitas um século depois.

O estudo foi feito por uma equipe de cientistas na França e na Grã-Bretanha que usaram difração de raios-x e espectroscopia infravermelha para detectar um composto mineral raro dentro da Mona Lisa. Essa descoberta dá uma nova visão a respeito de como o trabalho do começo de 1500 foi pintado.

O composto que foi encontrado junto com o pigmento branco-chumbo e o óleo é conhecido como plumbonacrite. Ele estava na camada base da tinta. Esse mineral já tinha sido identificado em várias obras de Rembrandt do século XVII em um estudo publicado em 2019. Contudo, até essa nova análise os pesquisadores não tinham encontrado o plumbonacrite em obras de arte do Renascimento italiano.

Esse composto se forma quando os óxidos de chumbo se combinam com o óleo. De acordo com o estudo, fazer a mistura dessas duas substância em uma paleta é uma técnica que outros artistas mais tarde, como Rembrandt, usaram para ajudar a tinta a secar.

De acordo com Gilles Wallez, autor do último estudo e professor da Universidade Sorbonne em Paris, essa descoberta rara na Mona Lisa deu a entender que Da Vinci poderia ter sido o precursor original dessa técnica.

“Tudo o que vem de Leonardo é muito interessante, porque ele era um artista, claro, mas também era um químico, um físico – ele tinha muitas ideias, e era um experimentador… tentando melhorar o conhecimento de sua época. Cada vez que você descobre algo sobre os processos dele, você descobre que ele estava claramente à frente de seu tempo”, disse ele.

Assim como várias outras obras do século XVI, a Mona Lisa foi feita em um painel de madeira que exigia uma espessa camada de base. Por isso que os pesquisadores acreditam que Da Vinci fez mistura de pó de óxido de chumbo com óleo de linhaça para criar essa camada de tinta espessa que era necessária como sendo a primeira camada, mesmo sem saber que estava criando o composto raro.

Análise das obras

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“Hoje em dia, os pesquisadores não estão autorizados a colher amostras da obra-prima, que fica no Louvre, em Paris, e é protegida por um vidro”, disse Wallez.

Mesmo assim, através de uma microamostra que foi retirada em 2007 de uma parte da pintura logo atrás da moldura, os pesquisadores são capazes de analisar a tinta com uma máquina de alta tecnologia chamada síncrotron. Foi justamente essa máquina que deu a eles a possibilidade de estudar a composição da partícula em um nível molecular.

“Essas amostras têm um valor cultural muito alto. Você não pode se dar ao luxo de coletar grandes amostras de uma pintura, então um síncrotron é a melhor maneira de analisá-las”, pontuou Wallez.

O estudo mostrou que, além da Mona Lisa, a camada de base do mural da “A última ceia” também tinha a mesma composição química, mesmo o mural tendo sendo feito em uma parede. E os pesquisadores tinham um conjunto bem mais amplo de amostras da “A última ceia” para serem analisadas. Ao todo eram 17 vindas de lascas de tinta que descascaram da parede ao longo do tempo.

Como “Mona Lisa” e “A Última Ceia” são duas das menos de 20 pinturas conhecidas que Da Vinci fez em sua vida, os pesquisadores esperam descobrir mais coisas a respeito dele e das suas obras com o passar do tempo.

“Há muito que sabemos que Leonardo era um experimentador inveterado”, disse William Wallace, ilustre professor e catedrático de história da arte e arquitetura na Universidade de Washington, em St. Louis.

“Portanto, não é de surpreender que o vejamos experimentando outros meios, especialmente dada sua busca dedicada pelas melhores técnicas pictóricas (muitas vezes não tradicionais) para criar suas obras de arte ‘vivas’”, concluiu Wallace.

Fonte: CNN

Imagens: CNN

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