Desde o começo dos tempos o ser humano tem um fascínio pelo seu próprio fim. Isso pode ser visto nas várias histórias que exploram o fim da Terra. O assunto é explorado em livros, filmes e séries.
É sabido que, em algum momento, a Terra como a conhecemos e vivemos vai acabar. Tanto é que as previsões do fim do mundo são muitas. Até hoje, várias já foram feitas, mas nenhuma se concretizou. E muito se fala sobre o planeta continuar e os humanos serem extintos.
A realidade é que a história dos humanos na Terra nunca foi linear. E um momento dela é conhecido como ‘”teoria do gargalo” e é um momento bastante importante na evolução humana.
Teoria do gargalo
De acordo com ela, em algum momento da história antiga a população humana do mundo sofreu uma diminuição drástica. Por quê? Por vários motivos, como por exemplo, doenças, pressões competitivas e catástrofes ambientais. Mesmo assim, o número reduzido de pessoas foi quem carregou o legado genético de todos os humanos futuros.
Isso aconteceu há quase um milhão de anos, quando várias espécies de humanos primitivos eram vivos. Contudo, conforme a história foi se desenrolando, uma série de eventos cataclísmicos quase colocou fim a tudo isso.
O acreditado é que na fase do gargalo, os humanos estiveram à beira da extinção por mais de 100 mil anos. Com a diminuição drástica da população, isso resultou em uma menor diversidade genética. E foi essa concentração menor que serviu como base para o que viria depois.
Superação
E por mais que tenha tido essa redução, a adversidade enfrentada pelos humanos tem um lado positivo. O evento do gargalo pode ter aberto um caminho para que os humanos modernos surgissem. Tanto é que de acordo com o que mostram os dados mais recentes, o Homo sapiens surgiu entre 2000 e 300 mil anos atrás onde atualmente é a África, e esse surgimento é compreendido com algumas pistas da teoria do gargalo.
Isso porque um rescaldo dessa época pode ter fragmentado os humanos primitivos em grupos menores e isolados e com o passar do tempo eles podem ter evoluído de forma separada. Com isso, foram criando características de comportamento e anatômicas diferentes. Foi disso que surgiram os neandertais, denisovanos e nossa espécie de humanos.
Toda essa história mostra que os humanos são bastante resilientes e que mesmo passando por grandes adversidades a espécie conseguiu se recuperar, adaptar-se e prosperar.
Humanos
Claro que os humanos não foram extintos do planeta com essa época do gargalo, mesmo assim, os cientistas não param de tentar prever quando e como isso acontecerá. E em dezembro do ano passado, uma equipe de pesquisadores dos Estados Unidos encontrou, pela primeira vez, um exoplaneta em espiral que está destinado a colidir com o seu satélite conforme vai envelhecendo. Esse mesmo cenário poderia acontecer com o nosso planeta e o sol. Portanto, esse seria um dos possíveis fins para a Terra.
O que os pesquisadores esperam por agora é que estudando o planeta chamado Kepler-1658b, que também é conhecido como Júpiter quente, eles consigam obter informações a respeito de como os planetas morrem à medida que suas estrelas envelhecem.
Até o momento, eles já descobriram alguns coisas importantes sobre a órbita desse exoplaneta. De acordo com as observações, Kepler-1658b completa sua órbita ao redor da sua estrela hospedeira em menos de três dias. E esse tempo tende a diminuir ainda mais. Segundo as estimativas do estudo, a cada ano, esse tempo diminui 131 milissegundos.
De acordo com um comunicado feito pelo Centro de Astrofísica, “a morte por estrela é um destino que se pensa aguardar muitos mundos e pode ser o último adeus da Terra daqui a bilhões de anos, à medida que o nosso Sol envelhece”.
Por conta desse comunicado, Vissapragada disse que “o destino final da Terra é um pouco incerto”.
Esse exoplaneta que pode mostrar o possível fim do nosso planeta foi observado pelo telescópio espacial Kepler. Mesmo que o telescópio tenha sido lançado em 2009, ele já conseguiu confirmar a existência do exoplaneta. Mas a mudança de órbita de Kepler-1658b demorou 13 anos para ser notada.
Fonte: Mistérios do mundo, Olhar digital
Imagens: G1, BBC, Olhar digital
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