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Estrela mais distante da Via Láctea é descoberta por astrônomos

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Se você acredita que o Universo é grande, vai se espantar com a estrela mais longe da Via Láctea, descoberta recentemente pelos astrônomos. Isso acrescenta uma nova perspectiva ao tamanho do espaço sideral e quantas coisas ele ainda tem para nos mostrar.

Segundo a Universidade da Califórnia de Santa Cruz, nos Estados Unidos, a descoberta inclui a estrela mais afastada da Terra até o momento, a qual está a mais de um milhão de anos-luz de distância.

O estudo envolveu 208 estrelas, conhecidas como RR Lyrae, que se destacam pela sua luminosidade e estão nos limites da galáxia, no chamado “halo”, quase meio caminho da vizinha Andrômeda, a 2,5 milhões de anos-luz de distância.

Via UOL

De acordo com a instituição, essas estrelas permitem aferir com mais facilidade as medidas da Via Láctea. O professor e diretor de Astronomia e Astrofísica da universidade, Raja GuhaThakurta, destacou que o estudo está “redefinindo o que constitui os limites externos de nossa galáxia” e que a Via Láctea e Andrômeda “são tão grandes que quase não há espaço entre as duas”.

Uma ilustração anexa à divulgação oficial mostra os halos internos e externos da Via Láctea. Trata-se de uma nuvem em formato esférico que fica ao redor do conjunto de estrelas e planetas da galáxia em questão.

Essa exposição ajudou na explicação de onde ficam as estrelas mais antigas e mais longínquas do nosso espaço. Isso porque elas seguem por centenas de milhares de anos-luz para longe, em todas as direções.

Batimento cardíaco da estrela mais longe

Via UOL

O especialista disse, em comunicado, que a descoberta da estrela mais longe da Via Láctea surpreendeu os astrônomos com o seu brilho. Segundo a fala, ele se assemelha a um eletrocardiograma, exame que verifica as batidas do coração.

Por esse motivo, pode ser vista como os batimentos cardíacos da galáxia. Isso porque o brilho aumenta e diminui em alguns ciclos, como as linhas de um exame eco. E como o ciclo se repete de maneira padronizada e até mesmo sem defeitos, aproxima-se de forma característica com os batimentos cardíacos.

Essas descobertas especiais puderam ser feitas com o Telescópio Canadá-França-Havaí (CFHT na sigla em inglês). Como ele está em posição em uma  ilha havaiana, permite alcançar visões mais longas do que as normalmente impressas por aparelhos na costa, e não no litoral.

Esse fenômeno não existia antes para observação, e impressiona pelo formato e pela forma que as ondas se comportam. Isso porque seu brilho, que está há milhões de anos-luz de nós, continua forte e com emissão suficiente para formar as linhas.

Qual a galáxia mais longe?

Via Wikimedia

Atualmente, não há consenso científico sobre qual é a galáxia mais distante do universo observável.

A distância de uma galáxia é medida em unidades de comprimento como anos-luz, e a distância máxima que podemos observar é limitada pela idade do universo e pela velocidade da luz.

As galáxias mais distantes observadas até agora estão a bilhões de anos-luz de distância da Terra, o que significa que a luz que estamos vendo foi emitida por elas quando o universo era muito jovem.

Por isso, esses elementos espaciais geralmente passam por um estudo com telescópios poderosos, que capturam a luz emitida por elas ao longo do tempo. Os astrônomos continuam a explorar o universo em busca de galáxias mais distantes e informações sobre a sua formação e evolução.

Agora, com a estrela mais longe observável, será possível avaliar onde ela está e qual o conjunto de planetas ao seu redor. Dessa forma, será mais simples traçar outras distâncias da Terra e mensurar qual o tamanho conhecível aproximado do universo.

Além disso, existem os batimentos cardíacos do espaço, um fenômeno único e raro para os astrônomos. Isso acrescenta novas perspectivas para o entendimento científico, e vale a pena observá-los com maior atenção.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, UOL, Wikimedia

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