Curiosidades

Estudo revela temperatura máxima que o corpo humano pode tolerar

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. O aquecimento global é um dos principais culpados pela alta. Todos os anos, vemos notícias sobre as ondas de calor que atingem todo o globo. As altas temperaturas têm afetado a vida de todos e em casos graves, levam inclusive à morte.

Vendo os termômetros aumentarem com o tempo, não é de se surpreender que venha a dúvida: qual é o limite de temperatura que o corpo humano aguenta? De acordo com um estudo recente, ele pode ser bem menor do que se imaginava. Isso é mais um agravante conforme os eventos de calor extremo se tornam cada vez mais intensos e frequentes.

No caso de uma pessoa jovem e saudável, o organismo dela consegue resistir a seis horas a 35° Celsius com 100% de umidade antes de sofrer as consequências letais do calor. Esse ponto crítico é conhecido como “temperatura de bulbo úmido”, e quando ele é atingido, a principal forma que o corpo tem de se resfriar, que é a transpiração, ela não evapora. Consequentemente, a pessoa tem insolação, falência de órgãos e, em algum momento, a morte.

Embora essa temperatura de bulbo úmido de 35° Celsius seja extremamente rara na história da Terra, de acordo com Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a frequência dela dobrou nos últimos 40 anos. Tanto é que ele categorizou esse aumento como “grave risco decorrente das mudanças climáticas causadas pelo homem”.

Variação dos limites de temperatura

DW

A temperatura máxima que cada pessoa consegue suportar varia muito porque depende de vários fatores, como por exemplo, estado de saúde, idade e condições socioeconômicas.

Para se ter uma noção, em 2022 aconteceram 61 mil mortes de pessoas durante o verão na Europa por conta do calor. E lá, a umidade dificilmente atinge os níveis perigosos das temperaturas de bulbo úmido. Infelizmente, as previsões dos cientistas mostram que eventos perigosos como esse ficarão cada vez mais comuns.

O assunto preocupa vários estudiosos. Tanto é que os pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, fizeram experimentos para entender mais a respeito desses limites de temperatura para a sobrevivência humana. Como resultado, eles viram que o “limite ambiental” foi de 30,6°C de temperatura de bulbo úmido, bem menos do que os imaginados 35°C.

E dentre todas as pessoas, crianças pequenas, que têm uma menor capacidade de regular sua temperatura corporal, e idosos com menos glândulas sudoríparas são as pessoas mais vulneráveis, além das pessoas que trabalham ao ar livre no calor extremo ou os que não têm acesso a locais para se resfriarem.

Os estudos se juntam a tantos outros como mais um grito de urgência por ações globais que diminuam o perigo crescente trazido pelas mudanças climáticas.

Calor extremo

Jornal Franca

De acordo com um estudo feito pela Universidade Britânica de Exeter, a temperatura da superfície do planeta está caminhando para ter um aumento de 2,7° Celsius até 2100 com relação à era pré-industrial. Por conta desse aumento, duas bilhões de pessoas enfrentarão um calor nunca antes visto.

Conforme pontuaram os autores, esse estudo é um dos raros que mostra o custo humano e reforça a urgência climática. Isso porque, normalmente, os estudos mostram outros pontos, como por exemplo, prejuízos financeiros. No entanto, esse focou no número de pessoas que será afetado com esse calor extremo.

“Precisaremos de uma remodelagem profunda da habitabilidade da superfície do planeta, o que poderia resultar potencialmente em uma reorganização em grande escala dos lugares onde as pessoas vivem”, afirmou Tim Lenton, líder do estudo.

Ainda de acordo com o estudo, os países que mais irão sofrer são Índia, Nigéria e Indonésia. Esses países irão enfrentar um aumento de temperatura tão grande que pode acabar colocando a vida dos seus habitantes em risco.

Entretanto, conforme aponta Lenton, se o aquecimento global for limitado em 1,5° C, que era o objetivo do Acordo de Paris de 2015, a quantidade de pessoas que será exposta a um calor extremo irá diminuir e ser menos de meio bilhão. “Para cada acréscimo de 0,1°C acima dos níveis atuais, são 140 milhões de pessoas a mais que sofrerão com um calor perigoso”, pontuou ele.

O aquecimento da Terra atual é de aproximadamente 1,2° C por conta da atividade humana, especialmente pelo uso de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás. Com essa temperatura já é possível sentir as consequências com as ondas de calor, que estão cada vez mais extremas, além dos incêndios florestais, das secas e de mais outras coisas.

O estudo estipulou o parâmetro de “calor mortal” com a média anual de 29°C. Os riscos vão ficando maiores em locais perto da linha do Equador que, mesmo com um calor menos extremo, a umidade impede que o corpo se refresque através da transpiração.

Fonte: Socientifica,  UOL

Imagens: Jornal FrancaDW

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