Muitas pessoas já estão sentindo as consequências da mudança climática na pele, pois os últimos oito anos apresentaram a temperatura mais quente da Terra desde o início dos registros.
A elevação no calor está atingindo níveis cada vez mais altos. Segundo o serviço de monitoramento climático Copernicus Climate Change Service, da União Europeia, o último ano foi considerado o quinto ano seguido mais quente da história.
A agência europeia confirmou que esse é o período com as maiores temperaturas já vividas na Terra, ao menos em comparação ao século XIX, quando os registros começaram a ser feitos. Além disso, especialistas indicam que os últimos oito anos apresentaram a temperatura mais quente da Terra a cada novo ciclo.
O ano anterior já apresentou consequências físicas e reais das mudanças climáticas, marcado por desastres naturais em todo o mundo. Por exemplo, o norte da Índia sofreu com ondas de calor e temperaturas extremas, acima de 40 graus. Enquanto isso, o Paquistão enfrentou o mesmo clima, e também sofreu com inundações que afetaram mais de 33 milhões de pessoas.
Os recordes médios também afetam a Europa. A França, Grã-Bretanha, Espanha e Itália registraram temperaturas cada vez mais altas nas estações, sofrendo com o clima que apresenta o dobro da média da temperatura mais quente dos últimos 30 anos. O aumento foi mais alto na Europa do que em qualquer outro continente.
O que explica a temperatura mais quente dos últimos anos?
As mudanças climáticas são as principais vilãs para o registro da temperatura mais quente dos últimos anos durante 8 ciclos consecutivos. Os recordes extremos estão relacionadas ao aquecimento global, potencializado por uma série de atividades que ainda não recebem o devido controle governamental.
Essas são as consequências de uma exploração predatória e falta de preservação natural, que não apenas contribuiu para o aumento do efeito estufa, como também está prejudicando permanentemente a qualidade da vida humana na Terra.
Segundo previsões, com o aquecimento global, a Terra pode ter a temperatura mais quente da história, aumentando sua média em 1,5°C até 2026.
A China, Oriente Médio, Ásia Central e o norte da África também estão sofrendo com recordes de calor nos últimos meses, o que está começando a afetar o transporte fluvial, a agricultura e o gerenciamento de energia.
Isso porque as mudanças graduais promoveram problemas em regiões supergeladas, como na Antártica Oriental. Ela contabilizou o maior recorde de temperatura dos últimos 65 anos, com calor que chegou a 17,7 graus negativos. Dessa forma, o descongelamento se torna um perigo cada vez maior em regiões que deveriam ficar submersas a menos 30 graus.
Além disso, a extensão do gelo no mar da Antártica também teve os menores níveis dos últimos 44 anos.
Emissão de gases
A emissão de gases do efeito estufa estão promovendo a temperatura mais quente que a superfície terrestre já enfrentou, e o aquecimento global está promovendo cada vez mais efeitos colaterais.
O principal problema se relaciona com a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, proposto por uma série de atividades industriais em larga escala. Nem mesmo iniciativas de pequeno porte, como redução na produção energética de queima de combustível, estão sendo capazes de aplacar o aumento.
Além disso, o último ano registrou níveis de emissão altíssimos de CO2. É a maior concentração de gás na atmosfera dos últimos 2 milhões de anos. Enquanto isso, o metano também está em elevação, e nunca se identificou uma massa tão densa há 800 mil anos.
Em outras palavras, as práticas que contribuem para o aquecimento global estão apresentando consequências, e, sem intervenções bruscas, a Terra terá a temperatura mais quente da sua história em poucos anos, minando a qualidade e a segurança da vida como conhecemos hoje.
Fonte: TecMundo