Por Esta semana trouxe mais desenvolvimentos na repercussão do lançamento do chip Kirin 9000s pela Huawei.
Durante uma audiência no Comitê de Comércio do Senado dos Estados Unidos, a Secretária de Comércio, Gina Raimondo, expressou sua profunda preocupação, chamando o lançamento do componente de “incrivelmente perturbador” e solicitando novas sanções contra a Huawei.
Raimondo detalhou que uma investigação foi iniciada após a apresentação do chip, destacando a necessidade de fortalecer as leis de controle de exportação de produtos nos EUA.
Isso se traduziria em restrições mais severas no envio de itens para a Huawei, dando ao Departamento de Comércio dos Estados Unidos maior autoridade para implementar novas regras em todas as vendas de produtos e tecnologias americanas.
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Ela enfatizou a importância de aumentar os esforços para garantir o cumprimento dessas leis, referindo-se a uma recente multa de US$ 300 milhões imposta à empresa de hardware Seagate por violar tais regulamentos ao vender discos rígidos para a Huawei.
O lançamento do Huawei Mate 60 Pro com o chip Kirin 9000s provocou uma crise interna nos EUA, pois Raimondo estava na China durante a apresentação do dispositivo.
Embora inicialmente planejada como uma missão diplomática, especulações de que Raimondo pode ter envolvimento no desenvolvimento do chip surgiram, considerando-o mais avançado do que a China seria capaz de fabricar.
Chip Kirin
O Kirin 9000s, com suporte nativo para 5G, arquitetura de 7 nm e desempenho comparável ao Snapdragon 888 de 2020, levanta questões sobre avanços tecnológicos significativos na fabricação de chips pela Semiconductor Manufacturing International Corporation (SMIC) na China, desafiando a dependência anterior da TSMC em Taiwan.
Para a Huawei, enfrentando sanções desde 2019 por supostos casos de espionagem, essa possível independência na produção de chips pode ter implicações importantes.
Isso especialmente considerando a queda de sua relevância no mercado de smartphones desde então.
Raimondo, anteriormente, havia declarado que a China não teria a capacidade de produzir em massa esses chips de 7 nm.
Sobre a Huawei
A Huawei é uma gigante de tecnologia global sediada na China, fundada em 1987 por Ren Zhengfei.
Inicialmente focada em telecomunicações e infraestrutura de redes, a empresa expandiu suas operações para uma ampla gama de produtos e serviços. Dessa forma, tornou-se uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
Agora, ela é uma líder global em equipamentos de telecomunicações, fornecendo soluções para redes de comunicação, incluindo equipamentos para redes 5G, 4G, e infraestrutura de banda larga.
Além disso, a Huawei é conhecida por sua linha de smartphones, incluindo a série Huawei P e Mate. Seus dispositivos muitas vezes incorporam tecnologias inovadoras e câmeras de alta qualidade.
Além de smartphones, a Huawei fabrica uma variedade de dispositivos de consumo, como tablets, laptops, smartwatches e acessórios relacionados.
Por isso, investe pesadamente em pesquisa e desenvolvimento, sendo uma das empresas líderes em inovação tecnológica.
Isso é evidente em seus avanços em 5G, inteligência artificial, inteligência artificial em nuvem e outras tecnologias emergentes.
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Desafios
No entanto, a Huawei enfrenta desafios significativos em relação à segurança cibernética e questões geopolíticas, e desde muito tempo.
Isso porque os Estados Unidos, em particular, impuseram restrições à empresa devido a preocupações com a segurança de seus produtos e supostas ligações com o governo chinês.
Essas restrições impactaram suas operações internacionais, especialmente no mercado de telecomunicações.
Por outro lado, apesar das controvérsias, inclusive do chip Kirin, a Huawei mantém uma presença significativa em muitos mercados globais. Com isso, é uma concorrente importante em diversos setores tecnológicos.
Agora, também busca estratégias de autossuficiência, desenvolvendo seus próprios processadores, sistemas operacionais (como o HarmonyOS), e reduzindo sua dependência de fornecedores estrangeiros.
Dessa forma, desempenha um papel crucial no avanço da tecnologia de todo o mundo, e não serão as sanções norte-americanas que prejudicarão seu posicionamento global.
Fonte: Canaltech
Imagens: Canaltech, Canaltech
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