Ciência e Tecnologia

Telescópio Euclid encontra estrelas-guia e pode começar a estudar o Universo escuro

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Conforme divulgado pelo Olhar Digital, o Telescópio Euclid, da Agência Espacial Europeia (ESA), lançado em julho, encontra-se nos estágios iniciais de sua crucial missão de explorar o Universo escuro, porém, enfrenta desafios.

Desenvolvido pela Europa com o propósito de investigar o Universo escuro, ele foi lançado em 1º de julho e transmitiu as primeiras imagens de teste um mês após o lançamento.

Ao analisar essas imagens, os cientistas observaram que a espaçonave não estava detectando estrelas de baixo brilho.

Como resposta, o processo de comissionamento foi interrompido temporariamente, mas está programado para ser retomado agora que o problema foi resolvido.

Além disso, após percorrer aproximadamente 1,6 milhão de quilômetros da Terra, na direção oposta ao Sol, para alcançar seu ponto de destino, o observatório iniciou a fase de comissionamento, planejada para durar cerca de sete meses.

Neste estágio, os instrumentos e subsistemas de uma espaçonave são implantados, conectados, testados e calibrados.

No caso do Telescópio Espacial Euclid, essa fase incluiu o envio de imagens de teste para o controle da missão em solo.

Via Olhar Digital

Anomalias

Entretanto, uma anomalia surgiu, impedindo o Telescópio Euclid de rastrear estrelas de baixo brilho. Os cientistas identificaram a causa: uma falha no dispositivo chamado Sensor de Orientação Fina (FGS).

O FGS é uma tecnologia inovadora que utiliza sensores ópticos para selecionar e capturar estrelas identificadas pela missão Gaia.

Essas estrelas servem como referências para a navegação do Euclid, orientando-o precisamente no vasto Universo.

As informações de coleta passam por integração no chamado “Sistema de Controle de Atitude e Órbita”, responsável pela orientação e pelo movimento orbital do observatório.

A equipe percebeu que o FGS enfrentou dificuldades em rastrear estrelas de baixa luminosidade, uma falha prevista.

Em órbita, o telescópio enfrenta o verdadeiro céu em condições espaciais reais, desafios que são difíceis de simular antes do lançamento.

Além disso, os raios cósmicos solares e galácticos introduzem interferências nas observações, tornando o trabalho do FGS ainda mais desafiador.

Diante desse problema, o controle da missão optou por estender a fase de comissionamento do Euclid para implementar uma atualização de software capaz de corrigir a anomalia do sistema.

Em um comunicado subsequente, a ESA anunciou que, após a atualização e os 10 dias de testes em órbita, o Sensor de Orientação Fina está operando conforme o esperado, e as estrelas-guia do Euclid foram novamente identificadas.

Exploração do Universo com o telescópio Euclid

Via Olhar Digital

Segundo a agência, a espaçonave está agora preparada para retomar a fase de verificação de desempenho, anteriormente interrompida em agosto. Durante esta etapa, eles conduzirão os testes finais.

Conforme afirma Giuseppe Racca, gerente de projeto da missão Euclid, o recomeço dessa fase de verificação de desempenho já está acontecendo.

Mesmo com interrupção anterior em agosto de 2023, agora todas as observações seguem conforme expectativa.

Além disso, Racca também disse que essa etapa seguirá até o final de novembro, mas todos estão confiantes de que o desempenho da missão será excepcional.

Assim, permitirá o início das observações científicas de maneira regular, sem interrupções.

Isso representa um importante passo antes do telescópio Euclid adentrar a investigação do Universo obscuro. A sonda realizará essa exploração ao examinar aproximadamente um terço do céu acima da Terra, retrocedendo ao longo de 10 bilhões de anos na história cósmica.

Dessa forma, o telescópio espacial mapeará modelos tridimensionais de galáxias para compreender como o Universo de 13,8 bilhões de anos adquiriu sua forma atual, e qual foi a contribuição da matéria escura nessa evolução.

Além disso, o Euclid analisará as perturbações galácticas em larga escala para investigar a influência da energia escura, observando como ela afasta as galáxias e impulsiona a expansão cósmica.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Olhar Digital, Olhar Digital

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