Curiosidades

Ex-chefe de segurança da Uber é condenado por esconder vazamento de dados

0

A Uber foi fundada em 2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick, com o objetivo inicial de ser um serviço parecido com um taxi de luxo. No caso, a empresa ofereceria carros como Mercedes e Escakade, na cidade de São Francisco. Em 2010, o aplicativo foi lançado e foi um dos pioneiros no conceito apresentado.

Hoje em dia, é quase impossível se imaginar sem esse serviço. Contudo, assim como outras plataformas, a Uber também enfrenta problemas com o vazamento de dados. Tanto que, na última quinta-feira, o ex-chefe de segurança da empresa foi condenado por não ter divulgado para as autoridades reguladoras do governo norte-americano sobre o vazamento de dados de clientes e motoristas.

Nesse processo, movido pela Comissão Federal de Comércio (FTC) americana, Joe Sullivan foi condenado por obstrução de justiça e detenção de provas. Essa foi a primeira vez que um executivo da Uber enfrentou um processo criminal por conta de um ataque hacker.

Vazamento de dados

Bit mag

De acordo com o processo, em 2016, a FTC estava investigando uma violação dos sistemas do Uber que aconteceu em 2014. Nesse período, Sullivan teria recebido um e-mail de um hacker que expôs uma falha de segurança e o avisou que ele tinha baixado dados de 57 milhões de passageiros e 600 mil motoristas.

Por conta disso, o hacker tentou extorquir a empresa em 100 mil dólares para revelar qual tinha sido a vulnerabilidade encontrada por ele. No entanto, a equipe de Sullivan encaminhou a mensagem do criminoso para o programa de recompensa de bugs do Uber, que limita os pagamentos em 10 mil dólares.

Entretanto, no fim das contas, a empresa concordou em pagar o valor total pedido pelo criminoso e assinar um acordo de confidencialidade. Por conta disso, apenas em 2017 foi que esse ocorrido foi informado à FTC. Isso aconteceu junto com a entrada do novo CEO na empresa, Dara Khosrowshahi.

Em 2019, os criminosos se declararam culpados pelo crime. Até porque, nos EUA, e em vários países, existem leis estaduais que obrigam as empresas a divulgarem publicamente qualquer violação se houver acesso a dados pessoais de usuários.

Ex-chefe de segurança da Uber

Olhar digital

Segundo os promotores do processo, Sullivan escondeu o ataque porque tinha medo de que uma investigação da FTC durasse muito tempo e por medo de manchar sua reputação. Justamente por isso que ele tomou várias medidas para que a FTC não ficasse sabendo sobre o ataque.

“Esta foi uma retenção deliberada e ocultação de informações”, disse Benjamin Kingsley, advogado assistente dos EUA.

Na visão de especialistas legais americanos, esse caso abre um precedente novo que mudará as maneiras com as quais os ataques de hackers e vazamentos de dados são tratados por todas as empresas.

“A forma como as responsabilidades são divididas vai ser impactada por isso. O que está documentado e a maneira como os programas de recompensas por bugs são projetados serão impactada por isso”, disse Chinmayi Sharma, acadêmico residente no Robert Strauss Center for International Security and Law e professor da University of Texas at Austin School of Law.

Empresa

Garagem 360

Por mais que a Uber tenha sofrido esse vazamento de dados, alguns detalhes sobre ela são divulgados pela própria e de forma anual. Como por exemplo, a sexta edição da “Uber Lost & Found Index”. Esse é o levantamento anual da empresa de itens esquecidos pelos seus passageiros. A lista de achados e perdidos divulgada é referente às viagens realizadas em 2021.

Claro que dentre os objetos mais deixados nos carros estão carteiras, telefones e chaves. Colocamos aqui o top 10 dos objetos mais deixados no Uber nos Estados Unidos.

1 – Celular/ câmera

2 – Carteira

3 – Chaves

4 – Mochila/ bolsa

5 – Fone de ouvido

6 – Óculos

7 – Roupas

8 – Cigarro eletrônico

9 – Joias

10 – Documentos de identidade

O curioso é que, de acordo com o levantamento, cada dia da semana tem um tipo de objeto que é mais esquecido no Uber.

Na segunda-feira, as pessoas são mais propensas a esquecerem óculos, carregadores e cartões.

Nas terças-feiras, os itens mais propensos a serem deixados são itens infantis, como assentos de carro, chupetas, leite e carrinhos de bebê

Quarta-feira as pessoas esquecem mais passaportes e livros dentro do Uber.

Nas quintas-feiras, mais mantimentos e laptops são esquecidos.

No famoso “sextou”, as pessoas esquecem mais dinheiro e pochetes dentro do Uber.

No sábado, roupas, identidades e chaves são os objetos que as pessoas mais esquecem.

Aos domingos, as pessoas são mais propensas a esquecer telefones, carteiras, joias e maquiagem.

Fonte: Yahoo, G1

Imagens: Olhar digital, Bit mag, Garagem 360

Veja a rotina do adolescente de 14 anos aprovado em medicina e direito

Artigo anterior

Falso investidor foge após aplicar golpe em amigos e familiares no DF

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido