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Falso investidor foge após aplicar golpe em amigos e familiares no DF

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está investigando a empresa Evolution Trend, propriedade de Fabrício Araújo Rocha, por estelionato. Um grupo de pessoas, de diferentes estados do Brasil, registraram boletim de ocorrência apontando o homem como suposto autor de um golpe de pirâmide financeira. 

De acordo com o Metrópoles, os valores investidos pelas vítimas somam quantias milionárias.

“O cara era amigo do meu esposo desde garoto e, por isso, quando ele [Fabrício] chegou falando sobre investimentos rentáveis, eu e meu marido confiamos. Fizemos empréstimos no banco para investir com ele e, pelo fato de no início termos tido um certo retorno, o indicamos a outras pessoas”, disse Maria (nome fictício), ao Metrópoles.

A vítima, que mora no Distrito Federal, contou que tempos depois, o golpista teria “sumido com milhões de reais”. “Hoje em dia, sabemos que ele lesou pessoas até mesmo em Portugal, onde chegou a morar por dois anos após sair do DF. Temos conhecimento de que ao menos 50 pessoas foram roubadas por ele”, acrescentou.

Quem é Fabrício Araújo Rocha

Foto: Redes Sociais/ Metrópoles

De acordo com Maria, depois de aplicar o golpe, o homem desapareceu, parou de atender telefonemas, não respondia mensagens e mudou de endereço. Por causa da vergonha que sentiu, e da situação financeira difícil que diversas pessoas ficaram, Maria e o esposo se endividaram, outra vez, para ressarcir quem eles indicaram.

“Um colega nosso saiu do emprego e pegou um empréstimo de R$ 100 mil para investir com ele. Hoje está desempregado, atolado em dívidas e com depressão, sem esperança para recuperar os valores. Meu marido, que tinha indicado até mesmo colegas do trabalho, agora fez empréstimo para ressarcir essas pessoas. É muito difícil, porque esse homem realmente tinha a confiança do meu esposo. Ele não era um desconhecido, mas mesmo assim nos enganou”, disse ao Metrópoles.

Como o golpe funcionava

Foto: Redes Sociais/ Metrópoles

As vítimas contaram que Fabrício convencia pessoas próximas a ele a investirem em sua empresa, afirmando que era legal e não um esquema de pirâmide financeira. Por considerá-lo de confiança, familiares e amigos de infância passaram a entregar grandes valores ao suspeito.

No começo, o suspeito depositava entre 5% e 10% do valor investido nas contas das vítimas, para que elas continuassem depositando dinheiro e captando outras pessoas. Com isso, o golpe se tornou nacional e até agentes de segurança pública investiram na empresa.

De acordo com as vítimas, as promessas de altos lucros atraíram centenas de investidores, incluído a família do próprio Fabrício. Muitos afirmam que nem mesmo receberam um retorno do que investiram.

José (nome fictício) contou ao Metrópoles que desejava comprar um apartamento e, por isso, decidiu aplicar o dinheiro. O objetivo era retirar uma quantia maior e concluir a compra do imóvel. No entanto, ele caiu em um golpe que pode custar a própria casa.

“Vendi uma casa e entreguei todo o dinheiro na mão dele. A intenção era fazer o valor render para comprar um novo apartamento. Fora isso, também repassei outros valores como décimo terceiro e férias. Para mim ele era uma pessoa de confiança, né? O que deixa tudo ainda pior. Ele enganou a própria família, enganou os amigos de infância. O prejuízo foi tão grande que eu provavelmente terei de devolver minha casa, que comprei confiando nele”, disse o homem.

Falso banco digital

Foto: Redes Sociais/ Metrópoles

Em entrevista ao Metrópoles, João (nome fictício) informou que conheceu Fabrício em Portugal e, com o tempo, os dois tornaram-se amigos. Após isso, o suspeito teria o abordado afirmando que estaria à procura de pessoas para montar uma corretora de investimentos e, depois, um banco digital. Como confiava no amigo, João topou.

Sem saber, a vítima do golpe investiu dinheiro no suposto esquema criminoso. João conta que no começo recebia um certo retorno, o que fez com que ele indicasse Fabrício a conhecidos no exterior.

“No início não consegui desconfiar dele. Ele [Fabrício] sempre me passou confiança. Era alguém em quem eu acreditava. Ele, inclusive, chegou a fazer um contrato para criarmos um banco digital. Acredito que esse seja o padrão da execução de um ladrão, né? Ele primeiro trabalha para conquistar a confiança da pessoa para então dar o bote”, disse João.

De acordo com a vítima, com o tempo, Fabrício começou a “sumir” e voltar informando que teve as contas bloqueadas. “Foi quando eu desconfiei e fiquei desesperado, pois havia indicado amigos e familiares para o negócio dele. Eu mesmo perdi mais de R$ 400 mil reais nesse golpe. Hoje estou tentando ressarcir todos que indiquei e quero justiça. Ele precisa pagar pelo que fez para não continuar destruindo vidas”, declarou.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que o caso está sendo investigado e por isso não será comentado.

Fonte: Metrópoles

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