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Ex-paciente volta como médica ao hospital onde se curou da leucemia para salvar mais pessoas

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Quando uma ex-paciente vira médica no mesmo hospital onde se curou da leucemia, existem razões para acreditar. Essa é a surpreendente história de Marina Aguiar, que realizou seu sonho em Goiânia.

A garota começou a sentir os sintomas da sua doença em meados de 2006, logo após ser aprovada no vestibular de odontologia. As dores na perna foram substituídas por anemia, palidez e cansaço. Foram quatro meses investigando a causa para se chegar ao diagnóstico definitivo.

Marina chegou a tentar quimioterapia, mas não teve bons resultados. Foi quando o transplante de medula óssea se tornou sua última esperança. No entanto, as campanhas para encontrar um doador compatível não tiveram sucesso.

Algum tempo depois, mesmo sem encontrar doador, Marina fez um novo mielograma, exame de avaliação da medula óssea. Ela estava tentando o tratamento com as quimioterapias para ganhar tempo.

Para sua surpresa, os resultados não detectaram a presença de células cancerígenas. Com isso, repetiram os exames, mas a doença estava regredindo. Sua última internação no hospital foi em 2007.

Teoricamente, a medicina não a considera curada, e sim em remissão. Isso não foi o bastante para frear Marina e seu sentimento de ter renascido.

Via BBC

Ex-paciente virou médica

Foi quando a ex-paciente virou médica. Ela optou por prestar medicina por ter sentido na pele a doença e as dificuldades de cura. Após vencer a leucemia, ela começou a estudar para o vestibular, e queria se tornar especialista em transplante de medula óssea, para salvar pessoas com a doença.

Para sua surpresa, os anos em remissão continuaram, até que os exames voltavam nulos, sem qualquer vestígio das células. Assim prosseguiu até os dias de hoje, sem atrapalhar sua rotina e seus sonhos.

A cada ano, uma vitória para Marina, que chegou ao dia da sua formatura em medicina curada. Após conseguir o diploma, ela conseguiu iniciar a sua residência em hematologia no mesmo hospital onde foi curada anos atrás.

Depois da residência, a ex-paciente passou um ano estudando transplante de medula óssea no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro. Atualmente, trabalha em Goiânia, no mesmo hospital onde foi curada.

A luta contra a doença

Maria recebeu o diagnóstico de Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), que afeta as células linfoides, responsáveis pela defesa do organismo.

Embora não seja o tipo mais agressivo, é uma leucemia grave, que poderia ter evoluído para outras agudas, como a Leucemia Mieloide Aguda (LMA), que afeta as células de sangue.

Além disso, começou a lutar com a doença aos 18 anos, mesmo sendo mais comum em crianças. Por estar fora da faixa etária, as probabilidades de cura eram menores.

A quimioterapia não teve resultado por muito tempo, e seus pais decidiram engravidar para buscar um doador sanguíneo. Sua mãe chegou a fazer inseminação artificial, com esperança de gerar um filho compatível.

A surpresa foi que geraram gêmeos, mas infelizmente não compatíveis com Marina, além de nascerem prematuros, o que aumentou a luta da família.

Foi durante a segunda rodada de quimioterapia que surgiu a vontade de estudar medicina, pois ela sentia, na pele, que gostaria de ser a cura de outras pessoas.

Ela prestou o vestibular sem estudar, e conseguiu passar na mesma época em que os resultados da remissão apareceram.

Com isso, a ex-paciente virou médica, e Marina venceu seus obstáculos mais de uma vez. Agora, já exercendo a profissão como especialista em transplantes, ajuda crianças e jovens de todo o País.

Sua história não apenas teve um final feliz, mas também se tornou uma fonte de inspiração para pessoas que lutam diariamente contra a leucemia, e buscam força para atingir seus sonhos.

Por isso, vale a pena lutar, e acreditar que o melhor está por vir!

 

Fonte: Razões para Acreditar, G1

Imagens: BBC

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