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Exercícios em excesso podem causar rabdomiólise, conhecida como doença da urina preta

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Os vídeos sobre jovens que foram diagnosticados com rabdomiólise após treinarem intensamente estão se tornando populares nas redes sociais.

Essa condição, também conhecida como “doença da urina preta”, realmente pode ser causada por um esforço muscular intenso.

Quando os treinos são exagerados, ocorre uma lesão nas células musculares, levando à liberação de uma substância chamada mioglobina na corrente sanguínea. É essa substância que dá à urina uma coloração escura e afeta os rins.

Além da mudança na cor da urina, que se assemelha à cor do café, os sintomas mais comuns incluem fraqueza, dor muscular intensa, inchaço, náusea, vômitos, falta de ar, dor abdominal e palpitações. A potência dos sintomas é diferente em cada caso.

Diagnósticos mais graves podem afetar a função renal, algo que exige tratamento mais complexo. Além disso, podem ocorrer complicações como arritmias, alterações neurológicas, insuficiência respiratória e lesão hepática.

Quem tem maior risco?

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Especialistas indicam que qualquer pessoa tem risco de desenvolver rabdomiólise caso não respeite o condicionamento físico individual, tanto em termos de intensidade quanto de volume de treinamento.

Durante a prática de exercícios, é essencial:

  • Buscar a orientação de um profissional de educação física para garantir um treinamento adequado e personalizado.
  • Realizar exames regulares e levar em consideração quaisquer condições patológicas pré-existentes ao planejar um programa de exercícios.
  • Priorizar o descanso e respeitar os intervalos entre os treinos, permitindo a recuperação muscular adequada.
  • Manter uma comunicação constante com o professor, de forma a ajustar a intensidade do exercício de acordo com as necessidades individuais.

Ainda, profissionais reforçam que é fundamental não buscar treinos extremos nem associar o sucesso ao desconforto muscular excessivo.

Por isso, o foco deve estar em promover um exercício seguro e eficaz, levando em consideração o bem-estar e a saúde do indivíduo.

Como é o tratamento?

O tratamento da rabdomiólise geralmente depende da gravidade da condição e das complicações associadas.

Os objetivos principais são preservar a função renal, prevenir danos adicionais aos tecidos musculares e tratar quaisquer complicações subjacentes.

A princípio, em casos leves a moderados de rabdomiólise, o tratamento pode envolver hidratação e monitoramento.

A hidratação intravenosa é fundamental para auxiliar na eliminação das substâncias tóxicas e proteger os rins.

Além disso, a administração de líquidos em grandes quantidades ajuda a diluir a mioglobina e a promover a sua excreção pelos rins.

Também é essencial acompanhar a função renal por meio de exames de sangue para avaliar os níveis de creatinina, ureia e eletrólitos. Isso permite detectar qualquer dano renal e ajustar o tratamento conforme necessário.

Se houver desequilíbrios nos níveis de eletrólitos, como potássio, cálcio e fósforo, é necessário corrigir por meio da administração de suplementos ou medicamentos.

Caso ocorram complicações adicionais, como arritmias cardíacas, alterações neurológicas ou insuficiência respiratória, essas devem ser tratadas conforme a necessidade, com intervenções específicas e suporte adequado.

Em casos mais graves de rabdomiólise, em que há falência renal ou risco de insuficiência renal aguda, pode ser necessário recorrer à diálise, um procedimento que filtra o sangue para remover os resíduos e as substâncias tóxicas.

É fundamental que o tratamento ocorra com profissionais de saúde qualificados, como médicos e nefrologistas, que podem avaliar a gravidade da condição e determinar a melhor abordagem terapêutica para cada caso individual.

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Prevenção entre jovens

Como a rabdomiólise está viralizando entre os jovens, é de extrema importância se prevenir para evitar o desenvolvimento dessa condição perigosa.

Além da orientação de um profissional de educação física qualificado, vale apostar na progressão gradual. Muitas pessoas que começam nos exercícios querem aumentar imediatamente.

No entanto, vale ter exercícios de baixa a moderada intensidade, e aumentar gradualmente a carga e a duração dos treinos.

Isso permite que os músculos e o corpo se adaptem progressivamente ao estresse físico, reduzindo o risco de lesões musculares graves.

Outro ponto é o descanso, para não potencializar o surgimento da rabdomiólise. Por isso, os jovens devem garantir períodos adequados de descanso entre os treinos, permitindo que os músculos se reparem e se fortaleçam.

Ainda, vale se atentar para os sinais e sintomas da doença, como dor muscular intensa, fraqueza, urina escura e outros sintomas associados.

Se esses sinais aparecerem, busque atendimento médico imediato.

Dessa forma, poderá aproveitar os benefícios do exercício físico, mas com moderação e de forma saudável.

 

Fonte: UOL

Imagens: Freepik, Freepik

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