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Existe razão científica para explicar por que as pessoas não retornam carrinhos de supermercado?

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Muitos podem defender que deixar carrinhos de supermercados no meio do estacionamento seja um delito sério que demonstra falta de educação, cuidado com o próximo e até falta de humildade. Já outros acreditam que é um ato comum.

A verdade é que o fato de guardar ou não os carrinhos de compras é algo presente na nossa sociedade e mostra como o cliente pode agir de forma a não pensar no próximo. Mas por que isso acontece?

Em um estudo publicado no Scientific American, Krystal D´Costa examinou alguns possíveis motivos que explicam a razão pela qual clientes deixam carrinhos em qualquer lugar menos no lugar certo. Assim, pode ser porque o carro está longe demais, a pessoa pode estar com uma criança que dificulta a devolução, o tempo pode estar frio ou chuvoso, ou eles têm limitações físicas.

Ou então, eles podem simplesmente acreditar que isso seja trabalho do supermercado ou do funcionário do mercado. Segundo D´Costa, pessoas que devolvem o carrinho podem estar motivados pela pressão social, visto que eles temem um olhar de reprovação ou precedente. Se mais ninguém abandonou os carrinhos, eles certamente não querem ser os primeiros.

Dessa forma, as pessoas que são mais motivadas por metas não estão necessariamente preocupadas com esses fatores. Seu desejo de chegar em casa, cuidar da criança ou continuar seco passa por cima das convenções sociais.

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Carrinhos de supermercado

Reprodução/ O Joio e o Trigo

Ignorar essas convenções de guardar os carrinhos se a pessoa sente que não é a única foi objeto de estudo em uma pesquisa da revista Science, em 2008. Dessa forma, no experimento, pesquisadores observaram duas ruas em que as pessoas deixaram suas bicicletas. Ambas as ruas possuíam placas proibindo o grafite, mas, apesar da placa, uma delas havia marcas de tinta.

Então, os pesquisadores grudaram panfletos nas bicicletas para ver como as pessoas iriam reagir. Na rua com pichações, 69% das pessoas jogaram o panfleto no chão ou grudaram em outra bicicleta. Já na rua sem grafite, só 33% teve essa atitude. Com isso, podemos observar que as pessoas podem estar mais dispostas a abandonar convenções sociais se percebem que seu ambiente já apresenta sinais de negligência.

Em outra pesquisa, pesquisadores fizeram um experimento do panfleto com um estacionamento que apresentava carrinhos organizados uma hora e carrinhos desorganizados em outra. O que eles viram foi que, com a desorganização, 58% das pessoas jogaram o panfleto no chão, em comparação com 30% quando os carrinhos estavam guardados.

Pressão social dos carrinhos

Dessa maneira, é claro que o ambiente influencia nas decisões das pessoas. Quanto mais pessoas devolvem os carrinhos, maior a chance do resto fazer o mesmo. No entanto, sempre existem aqueles que são a exceção, guardando os carrinhos quando todos estão bagunçados ou então deixando-os apesar da organização.

Como resultado da pesquisa, D´Ccosta recebeu algumas mensagens de leitores explicando que eles deixavam carrinhos em qualquer lugar para manter os funcionários ocupados, garantindo seus empregos. Porém, vale ressaltar que o trabalho dessas pessoas é de pegar os carrinhos de onde foram guardados e levá-los de volta para a entrada do supermercado. Além disso, eles não são contratados apenas para tal atividade.

Portanto, a não ser que retornar os carrinhos de supermercado se torne uma ação obrigatória ou tão socialmente importante que seria um absurdo abandonar o item no meio do estacionamento, ainda vamos ver alguns por ai.

Se você se incomoda, pode sempre ser a pessoa que olha com desprezo para aquele que deixa o carrinho. Ou então, sirva de exemplo e guarde o seu ou faça ainda mais, recolha aqueles ao seu redor. Isso certamente irá causar uma pressão social no momento, aumentando as chances do resto seguir suas ações.

Fonte: Mental Floss

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